Na estreia do Luis Fabiano, o Vasco jogou mal e
ficou no empate com o Macaé. Torcida não gostou e criticou bastante o técnico
Cristóvão Borges e o presidente Eurico Miranda.
Luis Fabiano passou em branco na sua estreia pelo
Vasco (Foto: Thiago Ribeiro/Framephoto/Estadão Conteúdo)
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Após o empate em casa para o Vitória em jogo válido pela terceira rodada da Copa do Brasil, o Vasco empatou novamente, só que dessa
vez no estádio Nilton Santos contra o Macaé pelo placar de 2 a 2. Os gols foram
marcados por Nenê e Rodrigo para o Vasco e Hudson e Rafinha para o Macaé.
O primeiro tempo começou com ritmo baixo, com o Macaé
jogando recuado, atrapalhando a parte ofensiva do Cruzmaltino. A primeira
chance surgiu aos seis minutos, com Jean, mas Milton Raphael defendeu. Aos
quatorze minutos, Nenê recebeu dentro da área, driblou Aislan e fazendo um belo
gol, abrindo o marcador para o Vasco. Estreante do dia, Luís Fabiano, teve
chance de fazer seu primeiro gol com a camisa cruzmaltina. Aos 20, chutou
firme, forçando Milton Raphael a fazer uma bela defesa. Aos 26 minutos, Hudson,
de cabeça, empatou para a equipe do Macaé e aos 44’, Rafinha recebeu passe pela
direita do ataque, invadiu a área e guardou. virando para o leão deixando os vascaínos
revoltados e atacando o técnico Cristóvão Borges com vaias e gritos de 'Ei, Cristovão,
vai tomar no c...' sendo ouvidos das arquibancadas do Nilton Santos.
No segundo tempo, o Vasco quase empatou logo aos
quatro minutos, com Rodrigo, cabeceando no travessão. Aos onze minutos, Douglas
chutou e assustou em cobrança de falta, mas no lance seguinte, a linha
defensiva do Vasco falhou e quase entregou o terceiro gol, mas Alan cabeceou
pela linha de fundo. Aos 20 minutos, Luís Fabiano cabeceou em cima de Milton
Raphael, dando o rebote para o Rodrigo, que chutou firme e empatando para o
Vasco. Aos 36’, o Vasco virou com uma bela cobrança de falta de Nenê, mas a
bola bateu na trave.
Após o empate em 2 a 2 diante do Macaé, Cristóvão
Borges falou em coletiva após deixar o gramado do estádio Nilton Santos, reconhecendo
a apresentação abaixo da expectativa de seus comandados, mas visando o jogo de
volta contra o Vitória, no Barradão, válido pela terceira rodada da Copa do
Brasil.
“Não
conseguimos porque foi o dia em que jogamos mal. Não jogamos bem. Tivemos
muitas dificuldades em fazer coisas que fazemos normalmente. Não encaixamos a
marcação. Permitimos ao Macaé que tocasse a bola sem conseguir pressionar. E
com isso a gente foi tendo dificuldade no jogo. E eles puderam controlar com
essa distância que a gente deu na marcação (…) Agora é preparar a equipe para o
jogo decisivo. Agora estamos jogando só partidas decisivas. Na quinta-feira
vamos jogar nossa classificação para passar de fase. Preparação para um jogo
desse tipo.” Comenta o técnico vascaíno.
Até a partida anterior, eu defendia a permanência do
Cristóvão no comando do Vasco, mas depois da partida de hoje, com o time que
será o time titular no primeiro semestre desse ano, já vejo uma mudança drástica
no time. Dos reforços para o inicio da temporada: Gilberto, Kelvin e Jean
tiveram atuações muito ruins hoje. Wagner e Muriqui sumidos em campo, enquanto Luís
Fabiano teve uma boa estreia e quase fez um gol para equipe. Jean até vinha
rendendo bem quando tinha companhia, mas liberam Douglas, Wagner
e os laterais, deixando ele sozinho na proteção, acabou caindo de produção. Além das atuações péssimas desses
jogadores, o time teve não nenhum padrão
tático, vivendo apenas de chutões e cruzamentos. O destaque da partida foi Nenê. O
meia fez gol, mandou bola na trave, sendo uma das melhores partidas dele na
temporada. Douglas e Guilherme foram participativos, podendo ajudar muito o
time do Vasco, mas ainda não entendo o Guilherme ficar na reserva, pois ele
parte pra cima e, normalmente, só é parado com falta. Além disso, o Vasco
continua jogando apenas pela direita e pecando nas finalizações. Esse mesmo
lado, junto com a defesa, falhou nos gols do Macaé, mantendo a preocupação da
torcida para esse setor.
A equipe do Vasco vai precisar evoluir e muito, vários
reforços chegaram e será preciso ter muita paciência. Demitir o técnico para
trazer Micale, Luxemburgo ou PC Gusmão como vem sendo comentado nos bastidores, não é
a solução. Nesse caso, o Vasco precisa trazer alguém que a torcida possa
confiar, mas no mercado, neste momento só vejo um nome, que é o Cuca, talvez
Levir Culpi ou Ricardo Gomes. Enquanto isso não acontece, o que resta, é torcer
e que essas incertezas cheguem ao fins para todos nós vascaínos.
*José Nunes (@JosecleiNunes) é fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduado em história. Ama futebol e um bom papo de botequim.
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