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Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, hoje vamos repercutir o clássico Choque-Rei diante do São Paulo FC. A partida foi disputada no Allianz Parque em jogo válido pela oitava rodada do campeonato paulista 2017. Muitos dizem que paulista não vale muita coisa, mas vencer clássico é importante. Vencer com um time mesclado é importante. Vencer um time que pode ter limitações no papel, mas que só tinha uma derrota em 2017 é importante. Mais importante que tudo isso será mencionado no fim da crônica. Vamos ao jogo.

O Palmeiras entrou em campo armado no esquema 4-2-3-1 com: Fernando Prass, Fabiano, Mina, Vitor Hugo, Egídio, Thiago Santos, Tchê Tchê, Michel Bastos, Guerra, Dudu e Willian. Durante a partida, foi possível observar que o time variava também para o esquema 4-3-3, algo que se assemelhou e muito com os primeiros esquemas montados por Cuca em seu princípio de trabalho.

O jogo começou bem truncado e com pouquíssimas chances. Palmeiras assustava pouco, tanto que a melhor chance foi um chute de fora da área de Michel Bastos. Do lado do tricolor paulista, a chegada era mais perigosa em bolas paradas e em uma quase que Cícero guardou para o São Paulo. De resto, o primeiro tempo seguiu na mesma: Palmeiras correndo atrás da bola tentando se impor e o São Paulo se defendendo, saindo com bola tocada, bem no estilo do agora técnico Rogério Ceni. Mas as vezes sair tocando não é bom. Ainda mais quando o adversário tem qualidade, tem jogadores que podem decidir clássicos como... Dudu! Ele mesmo! Aproveitou vacilo da defesa do São Paulo e marcou mais um golaço de cobertura nesse clássico.

Dudu acerta belo chute de longe e aproveita má colocação de Dênis para abrir o placar

Veio o intervalo e os palmeirenses críticos de Eduardo Baptista pensaram: "ele vai recuar o time" ou então "agora sim tomaremos um enorme sufoco". Confesso que pensei assim e fiquei muito feliz de estar errado. Palmeiras voltou mais aceso para o segundo tempo, com aquela postura de time que quer vencer clássico. Dudu chegou mais uma vez perto de ampliar o placar, mas o feito foi realizado por mais um golaço: Tchê Tchê em seu retorno acertou um belo chute no canto esquerdo de Dênis e jogou qualquer esperança de reação tricolor nos ralos do Allianz.

Eduardo resolveu soltar ainda mais o time: sacou Willian para por Borja, Dudu para por Keno. Duas trocas sem qualquer mudança tática, mas que mantinham a mesma pegada inicial da equipe. Não tardou muito para que em uma bola lançada, Borja disputasse com Dênis que foi com mão de manteiga pra bola e ela sobrar para Guerra marcar seu primeiro tento com a camisa alviverde. No segundo tempo, Fernando Prass apenas assistiu a partida de sua área. Palmeiras simplesmente não deixou o São Paulo jogar que encontrou muitas dificuldades. Fim de papo.

Muito bom ganhar clássico e merecendo. Apagando a "apatia" diante do Corinthians, hoje o time teve o espírito para ganhar um clássico. Time voltou bem do intervalo, sem medo, manteve a postura ofensiva e organizada. O time do Palmeiras não é para defender e sim para atacar, já que o material humano condiz com isso. Eduardo Baptista parece que está largando mão do 4-1-4-1, mostrando que pode não ser o técnico limitado que "muitos críticos" dizem por aí. No campo a resposta vem sendo muito positiva e espero que Baptista mantenha as boas escalações e os jogadores, a correspondência dentro de campo.

Importante também é vencer com uma equipe que não seja aquela titular. Muitos falam de elenco valoroso do Palmeiras (e realmente é valoroso), mas de nada adianta se não for confirmado dentro das quatro linhas. Vejo o time crescendo de produção, por mais que muitos "especialistas" achem errado, o time vem sim em uma boa crescente. É manter a pegada nessa sequência e agora é voltar a chave para a Libertadores. Temos que continuar assim.

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Leonardo Paioli Carrazza

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