Caros palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a primeira vitória do Palmeiras na Libertadores 2017, diante do Jorge Wilstermann no Allianz Parque. Um jogo que estava sendo desenhado como fácil por muita gente, mas que na prática não foi. Muito pelo contrário. Um jogo que não teve sufoco defensivo, mas sim uma enorme dificuldade em penetrar em uma retranca armada pela equipe boliviana. Vamos ao jogo.

O Palmeiras foi a campo com Prass, Jean, Mina, Dracena, Zé Roberto, Felipe Melo, Tchê Tchê, Michel Bastos, Guerra, Dudu e Borja. Um 4-2-3-1 só que hoje com Felipe Melo e Tchê Tchê na linha de volantes com mais qualidade na saída de bola.

O jogo começou de maneira complicada. Poucas chances mesmo com uma equipe bem armada do Palmeiras, mas que criava pouco. O time boliviano desarmava muito e com facilidade. As pontas do Palmeiras não conseguiam jogadas de profundidade e o verdão foi obrigado a tentar algumas jogadas de cruzamentos. Resultado: poucas conclusões a gol e uma com perigo realizada por Borja. A equipe de Cochabamba teve uma chance em que a bola esbarrou em Michel Bastos e obrigou Fernando Prass a realizar boa intervenção, para não dizer que foi a única na partida.

Veio a segunda etapa e o Palmeiras voltou um pouco mais agressivo. A marcação voltou mais adiantada e o Palmeiras tentou jogadas mais agudas. Criou três chances de gol nos primeiros 15 minutos e em uma delas teve um gol bem anulado em que Mina estava com o joelho à frente da zaga boliviana (para quem não sabe, joelho entra na regra do impedimento). Palmeiras ainda perdeu uma chance clara com o preciosismo de Guerra que tentou um chapéu desnecessário no arqueiro.

Eduardo Baptista resolveu mexer, sacou Michel Bastos para a entrada de Keno, no caso, para buscar mais mobilidade pelo lado do campo ou quem sabe rodar no setor com Dudu que encontrava dificuldades também. Não surtiu muito efeito e sacou Guerra para colocar Roger Guedes, o que colocou um pouco mais de correria em campo, mas a marcação boliviana seguia firme e forte para bloquear as investidas alviverdes.

Veio a última cartada que foi a entrada de Willian no lugar de Tchê Tchê, o que teoricamente acabaria com o meio de campo do Palmeiras, mas na prática, vimos o Palmeiras buscando mais efusivamente o gol, porém, com muita ansiedade e nervosismo. Tudo parecia liquidado até que em uma falta, Dudu lançou, Keno pegou o rebote, Willian reclamou de pênalti, mas no rebote, Roger Guedes achou Mina que empurrou para o fundo das redes para explosão e alívio no Allianz Parque. Fim de papo!

Palmeiras poderia ter jogado melhor. Arriscar mais, tentar penetrar de maneira rápida na defesa de um time bem limitado, etc. Jean e Zé Roberto hoje não foram bem, errando quase tudo que tentaram, Dudu foi simplesmente bloqueado pelos bolivianos em tudo que tentava, apesar de ter sofrido a falta decisiva. Eduardo Baptista estava ouvindo as cornetas soarem, mas no final seu plano deu certo, o time não se desorganizou durante o abafa final, mas acredito que faltam jogadas mais ríspidas que não sejam apenas cruzamentos na área. E Guerra, pelo amor de deus! Em jogo de poucas chances, a que aparecer é para mandar pro GOL!

Sobre o gol do Palmeiras, ainda não vi em uma câmera boa, mas parece que Mina está na mesma linha da bola. Caso o gol fosse marcado por Edu Dracena, neste caso teria que ser anulado, visto a posição irregular do defensor. Próxima parada é o Peñarol do Uruguai, adversário tradicionalíssimo e precisamos botar nervos e cabeças no lugar. Hora de ter cabeça, tentar mais e deslanchar nessa fase de grupos. Não queremos o filme de 2016 de volta.
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Leonardo Paioli Carrazza

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