Olá fãs da velocidade! Após quatro longos meses de muita expectativa, a Fórmula 1 ressurge no calor de Melbourne de cara nova! Carros e pneus mais largos dão um visual mais agressivo aos bólidos, e ainda uma velocidade nunca antes vista nas curvas. Mas se você acha que as mudanças pararam por aí, está enganado.
Depois de muito tempo, parece que finalmente uma equipe conseguiu efetivamente se aproximar do ritmo das Mercedes. O bom desempenho da Ferrari já era esperado por muitos, mas Vettel foi além. Contando com um bocado de sorte, o alemão superou Hamilton nos boxes e rumou para a primeira vitória da temporada, ainda que a prova não tenha empolgado tanto assim. Veja a seguir nossa crônica sobre a estreia da 'nova' Fórmula 1 em 2017.



Depois de um atraso devido a Nico Hülkenberg ter alinhado de forma errada seu carro no grid, a largada para o GP de Melbourne ocorreu sem grandes problemas. A exceção acabou sendo um toque entre Magnussen e Ericsson, lá no fundo do pelotão. Na linha de frente, as cinco primeiras posições mantiveram-se idênticas com relação ao grid de largada. Apenas no sexto lugar tivemos uma alteração, com Felipe Massa ganhando a posição de Romain Grosjean.

Ainda nas primeiras voltas, era notável a superioridade de Mercedes e Ferrari perante a Red Bull de Max Verstappen. O holandês não conseguia acompanhar de perto Kimi Räikkönen, 4º colocado, que por sua vez já se encontrava um tanto longe de Valtteri Bottas.
Apenas algumas voltas depois da largada, Daniel Ricciardo conseguiu sair dos boxes, certamente apenas para ganhar quilometragem. Mais uma vez o ano começa difícil para a Red Bull, que terá que fazer valer seu potencial de evolução se quiser brigar por algo a mais neste ano.


A imagem pode conter: carro e atividades ao ar livreA corrida seguia, e cada vez mais Hamilton e Vettel despontavam dos demais na luta pela vitória. O alemão seguia andando forte e mantendo a diferença por volta de 1,5 segundos. Mesmo com Hamilton forçando o ritmo, e por consequência gastando mais os pneus, Sebastian seguia firme perseguindo o inglês, ciente que a maior chance de ultrapassagem seria realmente na hora dos pit-stops.

E não deu outra. Com uma corrida bem no estilo "procissão", o cenário começou a mudar somente na hora das paradas. Vendo seu pneu ultra-macio ir embora, Hamilton foi forçado a parar mais cedo, o que até poderia ser bom, visto que o inglês virou mais rápido que o alemão logo após retornar à pista.
Porém, o caminho para Hamilton não estava livre. Max Verstappen, então o quarto colocado, seguia na pista buscando permanecer mais tempo com os ultra-macios para adotar uma estratégia diferente. Nesse ponto, a questão das ultrapassagens fica bem visível: mesmo com um motor melhor e com pneus em melhor estado, Lewis Hamilton sequer conseguiu dividir uma curva com Verstappen.

Sendo segurado pelo holandês, Lewis via Vettel abrir a diferença na liderança da prova. Para piorar, Hamilton parecia não se acertar com o carro e reclamava constantemente do equilíbrio de seu Mercedes. Não deu outra: Vettel parou a voltou à frente, na virtual liderança do GP!

Com pneus e um carro melhor, o alemão aproveitou para abrir uma gigantesca vantagem de seis segundos para Hamilton, que via a vitória cada vez mais de longe. Um pouco mais atrás, vale ressaltar o bom trabalho de Bottas e de Verstappen em cuidar dos pneus. Ambos conseguiram levar seus bólidos com compostos ultra-macios até um bom número de voltas, o que propiciou um carro mais rápido na segunda metade da prova, sobretudo para Verstappen, que optou por pneus supermacios.
Com a primeira e única rodada de pit-stops encerrada, pouco aconteceu no circuito australiano. Bottas e Verstappen ameaçaram e até encostaram em Hamilton e Räikkönen, respectivamente. Porém, mais uma vez sequer houve tentativa de ultrapassagem. A mais importante delas acabou mesmo sendo a de Ocon e Hülkenberg sobre Alonso.

Sofrendo com problemas na direção do carro, o espanhol, que vinha no décimo lugar, acabou perdendo o posto para ambos os pilotos antes de abandonar, mais um retrato da péssima fase da McLaren.

No mais, nada mais aconteceu. Fim de corrida bastante morno, com a primeira vitória da Ferrari e de Vettel desde Cingapura-2015.
Apesar da empolgação pela exibição ferrarista, há de se ressaltar o baixíssimo número de ultrapassagens. Ok, a pista não ajuda e ainda estamos no começo de temporada. É preciso esperar as corridas na China e no Bahrein para tirar uma conclusão mais exata. Porém hoje ficou visível que há sim um grande problema de turbulência nos carros atuais.

Estamos todos em uma nova realidade, inclusive os pilotos. Os carros funcionam de uma forma diferente, com mais downforce e um desempenho ainda mais aprimorado em curvas. A Fórmula 1 é, de novo, um mundo novo, com tempos cada vez mais rápidos em qualquer que seja o circuito.

Até que ponto essas mudanças foram positivas? Será preciso uma nova reinvenção para deixar a Fórmula 1 atrativa novamente? Ainda é cedo demais para responder essas perguntas. O prognóstico não é dos melhores, mas nada melhor que deixar o tempo nos dizer que rumos a nova Fórmula 1 irá tomar!

Confira a classificação do GP da Austrália

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Estaremos de volta daqui a duas semanas, com mais uma corrida das madrugadas: o GP da China. Siga acompanhando o JC, seja pelo Facebook ou pelo Twitter. Um grande abraço e até a próxima!
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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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