Amigos! Nação Corinthiana! O Timão foi até SC nesta quarta de cinzas encarar o valente Brusque pela Copa do Brasil. E sua camisa de "zebra" quase foi uma tremenda ironia, pois o jogo que terminou 0 x 0 foi tenebroso e ela "sobrevoou" a cabeça do torcedor, que assistiu atônito o jogo ir para os pênaltis, de terrível prognóstico. Mas dessa vez os adversários desperdiçaram duas cobranças e, mesmo sem fazer um jogo digno,o Corinthians avançou na competição.
Vejam, não estou aqui para adotar o expediente que grande parte dos colegas de imprensa adota, de desmerecer o adversário para tornar o resultado e o desempenho ainda mais gritantes. O time catarinense se mostrou organizado, bem treinado pelo nosso ex-volante Pingo. Os meias do time mostraram certa qualidade, tanto Leílson como Eliomar. E, de fato, apesar da pouquíssima tradição e de o time ter a minha idade (É, "jovens são os que aqui revelamos") é um time que cada vez mais se estrutura, a prova disso é ter dois ex-atletas nossos, Boquita e Carlos Alberto (este aliás se destacou positiva e negativamente no jogo, com 39 tem mais disposição que muitos). Time que é atualmente vice líder do Catarinense, que venceu a Chape no campeonato local e eliminou nada menos que o Remo, então, é preciso dar a eles os méritos também.
Mas apesar de tudo isso, é evidente que um fator foi preponderante para que o jogo fosse a desgraça (me perdoem o termo) que foi, a falta de poder de fogo do Corinthians. Ok, ficamos todos animados com a boa exibição do primeiro tempo e a luta do segundo no Dérbi. Mas não é todo dia que teremos essa atmosfera, que TRANSFORMARÁ estes jogadores em jogadores capazes de colocar o Corinthians no nível competitivo que nos acostumamos a ver. Este FATO e esta exibição horrenda que vimos nos levam a entender, que teremos de ter muita PACIÊNCIA com o time nesta temporada, pois em muitos jogos, a coisa não vai funcionar. Afinal, nem todo jogo é um clássico com "torcida única" e ainda bem que não é assim.
Bem, acho que foi nítido para todos que Jadson (e não estou falando da perda do penal, que acontece nas melhores, nas piores e nas medianas famílias) está bem fora de forma ainda. Mas que mesmo assim, como um cara que foi ídolo e hoje é animador de TV, mesmo GORDO, a qualidade que Jadson tem é diferenciada, o toque, a visão, a centralização da distribuição do jogo. É nítido que há vaga pra ele nessa meia, nessa função. Acredito que a vaga de Gabriel (mesmo este exagerando ainda um pouco nas chegadas) está garantida, mais uma boa partida, sendo o cão de guarda e tendo chegada na frente, agora é ajustar essa virilidade e tomar menos cartões.
Fiquei feliz ao ver que na entrada de Jadson, Carille tirou de campo Bastos e não Maycon, é por aí, apesar que ainda creio (os amigos que me perdoem) que Romero não saia do time, até por que, se sair Kazim ficará ainda mais isolado no ataque do que vimos ante o Brusque. Então se pensa um meio pra frente com: Gabriel, Rodrigo (Maycon ou Camacho), Jadson, Marlone (este pode ser adiantado, mas na prática o centroavante ficaria isolado na frente); Romero e Kazim ou Jô. Creio que com o material humano que temos e visando o equilíbrio ofensivo do time, que é o que mais falta no momento, essa é a formação com todos 100%.
O que vale dizer é que esse jogo voltou a ligar uma chave de alerta, o duelo ante o Santos no sábado é novamente na Arena Corinthians, a expectativa pela venda antecipada é que novamente o clima seja fantástico e que o time novamente "se transforme", mas é preciso que o time se consolide, que o time saiba também protagonizar sem esse elemento, pois nem sempre isso vai funcionar. O adversário não vive um bom momento e está sedento pela recuperação ante um rival e na Copa do Brasil o time tem pela frente o Luverdense, time ainda mais estruturado e perigoso, que mesmo em dois jogos, com a decisão aqui, se segurar um empate ou mesmo vencer em casa, endurecerá muito na volta.
Pra finalizar esse texto que é mais um "balanço" do que uma análise do jogo em si, afinal, não há muito o que analisar. Quero responder algumas críticas que recebi no texto anterior por "falar mal de Cássio". Primeiro que eu "não falei mal" de Cássio ou quem quer que seja, eu ANALISO FUTEBOL, com visão de jogo, com linguagem jornalística, e em se tratando de Corinthians, uma dose de coração. O que eu disse simplesmente é que Cássio ante o Mirassol (Clique) FALHOU no gol de Zé e ficou parado sem razão no gol de Xuxa e que um goleiro de "nível de seleção" e nível mundial como ele, ÍDOLO, não pode, ou teria de minimizar esse tipo de falha, a da bola rasteira tecnicamente é até pior, mas é aceitável por que o ser-humano é sujeito a erro.
Mas NÃO IR NA BOLA é pecar pela omissão, a bola aliás, nem foi no ângulo, um goleiro de 1.95 (mesma altura do citado Dida, aliás) não precisaria em uma falta, sair antes da batida pra um lado qualquer e ficar no contrapé, essa é sim uma discussão TÉCNICA e não uma "perseguição" ao nosso camisa 12 como sugerido por aí. Aliás, um desses que nos criticou foi um tanto infeliz, dizendo que: "Todo mundo erra", ok man, evidente, o problema foi a continuação do "argumento": "Lá na frente perdem um monte de gols..."..Opa, justamente, quando LÁ NA FRENTE PERDEM UM MONTE DE GOLS, ok, não fazemos, mas o placar NÃO SE ALTERA, temos que seguir tentando e converter as chances. Mas se FALHARMOS ou NOS OMITIRMOS na posição de goleiro, A BOLA ENTRA, o PLACAR MUDA DESFAVORAVELMENTE. E pra correr atrás, com essas deficiências ofensivas que todos conhecemos e tanto critico? Esse é o ponto.
Por fim, eu ELOGIEI Cássio pela sua atuação ante Audax e Palmeiras e no meu entendimento achei que deveria CRITICAR pela atuação ante o Mirassol. Mas eu não "persigo" ninguém, eu não dou "na guela" de ninguém, eu analiso futebol, analiso o Corinthians e quando um jogador merecer elogio, receberá, quando merecer uma CRÍTICA CONSTRUTIVA, receberá, fazemos CRÔNICAS, quem quiser o óbvio é com Caio Ribeiro e outros nessa linha, aqui a gente efetivamente analisa além das obviedades. E, a sua opinião leitor, a sua crítica, seja no Facebook, no Twitter e espero que também aqui, é muito válida, mas terá sempre uma resposta, não a "correta", a "verdadeira", ninguém é dono da verdade absoluta. Mas será, tenha certeza, uma resposta coerente com o que pensamos, a quem doer.
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Foto: Ag. Corinthians
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