Caros amigos, torcedores da seleção canarinho, mais uma cobertura aqui nos Jovens Cronistas após um jogo da seleção brasileira e mais um resultado satisfatório. Desta vez, derrotamos a Venezuela em Mérida por 2x0 neste 11 de outubro de 2016, jogo que representou a primeira rodada do returno das eliminatórias. Se por um lado, largamos mal no turno da competição, fomos bem na largada do returno. Mas no começo sempre teve aquele pontinho de interrogação: como o Brasil se comportaria sem Neymar? Mas aí vai uma crítica. A seleção não tem só o Neymar com qualidade e esta partida demonstrou bem isso. Vamos ao jogo.

Tite escalou mais uma vez o seu esquema predileto, o 4-1-4-1 com Fernandinho fazendo o volante marcador na teoria, Renato Augusto e Paulinho mais adiantados, embora revezassem com o volante do Manchester City para fazer a função de marcar. Novidade foi William na equipe titular no lugar do Neymar, caindo mais pelo lado direito do ataque, tentando fazer sempre as jogadas em diagonal para procurar Coutinho ou Gabriel Jesus.

O jogo começou um pouco amarrado sem aquelas chances claras de gol. A Venezuela comandada pelo ex-goleiro Dudamel se portou de forma bem organizada na partida, mas faltava algo a eles: qualidade. Adiantaram a marcação, deram espaço para o Brasil e em um contra ataque com bola perdida, o goleiro Hernandez deu a pelota de lambuja para Gabriel Jesus que encobriu o arqueiro com muita categoria para fazer o 1x0.

Gabriel Jesus celebra seu belo gol - o quarto em quatro jogos pela seleção brasileira (r7.com)
A partir deste momento qualquer estratégia venezuelana de tentar segurar o ímpeto brasileiro deu uma esfriada. Eles precisavam sair do campo de defesa e tentar algo; o que deu mais espaços para o Brasil com duas chegadas perigosas com Coutinho e Paulinho - este visivelmente sem ritmo de jogo conseguia impor seu papel tático que Tite lhe pedia, mas suas principais qualidades eram mal executadas. Ainda o Brasil se deu ao luxo de perder bolas bobas no ataque com William e Daniel Alves que pareciam totalmente desentrosados na primeira etapa.

Veio o segundo tempo e a Venezuela tentou vir pra cima do Brasil. A canarinho respondia em chegadas em contra ataques até que em um deles, Renato Augusto, polivalente, foi presentado vendo sua assistência ser bem concluída por William (sim, aquele mesmo que não vinha bem na primeira etapa) que acertou belo chute no canto de Hernandez.

William celebra seu gol, terceiro nas eliminatórias e terceiro contra a Venezuela (oglobo.com)
Em seguida, a Venezuela pareceu bem entregue. O Brasil tocava bem a bola, conscientemente e procurava jogadas nos lados do campo. Em uma delas, Paulinho chegou livre para marcar o terceiro, mas parou em Hernandez. Talvez com mais ritmo de jogo o volante não perderia este tipo de chance que tanto o consagrou na carreira.

Veio então um apagão que durou 20 minutos no estádio, mas depois quem realmente apagou foi o jogo. Pouquíssimas oportunidades de gol, sendo que a mais clara foi uma cabeçada de Rondón para boa defesa do Alisson e, assim, o goleiro poder justificar a participação na partida tendo sujado o uniforme. E fim de papo.

Nada mais era esperado do que uma vitória contra a Venezuela. Mesmo sem Neymar, o Brasil não pode depender de um jogador para vencer uma seleção boa taticamente, porém, horrível na parte técnica. Foi bem ao aproveitar a falha do goleiro e ver Gabriel Jesus brilhar em fazer o gol de abertura do placar, além de controlar bem o jogo, com poucos chutões, novamente vendo os volantes se aproximando hora da zaga, hora do setor ofensivo. Renato Augusto foi mencionado como polivalente, pois estava presente em quase todos os setores do campo. Paulinho foi o mais abaixo, tendo que melhorar seus aspectos técnicos, mas de resto, com um time, com padrão de jogo,  etc., o Brasil mostrou capaz de jogar um futebol vencedor, mesmo sem sua principal estrela.

Próxima rodada, teremos nada mais e nada menos que o clássico contra a Argentina. Apesar de não haver favoritos em clássicos, o melhor momento sem menor sombra de dúvidas está conosco. Temos uma equipe sendo formada, um futebol coletivo bem desenvolvido, além de talentoso. Precisamos colocar isso em prática diante de um adversário duro. Somos superiores na técnica, mas não podemos subestimar os "Hermanos"; vão dar a vida na próxima rodada e com a tradicional "huevo en la cancha" (para nós, raça) podem complicar qualquer adversário superior tecnicamente. Vai ser uma guerra!
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Leonardo Paioli Carrazza

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