Caros palestrinos, mais um papo de torcedor do Palmeiras aqui nos Jovens Cronistas para falar da vitória diante do lanterna América-MG em Londrina, em jogo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016. O coelho era mandante do jogo, mas visando lucrar com bilheteria mandou o jogo em "território" palmeirense, torcida que encheu o Estádio do Café. Portanto, Palmeiras na teoria jogou em casa mesmo.

Cuca tinha desfalques dos selecionáveis como Gabriel Jesus, Barrios e o zagueiro Mina, com isso, Vitor Hugo e Dracena fizeram mais uma vez a dupla de zaga. Para a vaga de Gabriel, mais uma vez Erik foi utilizado e de retorno, o treinador contava com a volta de Dudu. Com isso, o trio ofensivo do verdão foi composto por Erik, Dudu e Roger Guedes, o que deu muita velocidade e movimentação para a equipe.

O Palmeiras começou muito bem a partida criando pelo menos quatro oportunidades de gol em 10 minutos de jogo; destaque negativo vai para Erik que quis fazer um "gol de DVD", muito afobado, ansioso e ainda quis inventar moda. Destaque positivo vai para Tchê Tchê que antes mesmo do Erik fazer a jogada ridícula dele, acertou o canto esquerdo baixo do bom goleiro João Paulo. Dois minutos de jogo, 1x0 para o Palmeiras.

Pelo menos até os 10 minutos da primeira etapa, o verdão criava oportunidades e empurrava o América, desesperado, cada vez mais para o seu campo de defesa. O palmeirense pode ter pensado que o "Palmeiras envolvente que criava muitas jogadas no começo do campeonato havia voltado". Porém, o restante do jogo não foi bem assim. Palmeiras até os 35 da primeira etapa tocava conscientemente a bola, mas não tinha mais aquela efetividade, aquela criação. América pouco criou também, mas a partir do tempo citado chegou a ganhar território.

Veio a segunda etapa e não restou outra opção ao time mineiro: teve que se lançar ao ataque para tentar alguma coisa. De fato, conseguiram alguns sustos na área alviverde em chute de longe que Jaílson espalmou e em cruzamento venenoso que o arqueiro tirou com certa tranquilidade. De resto, o Palmeiras seguiu praticando seu futebol burocrático; não criava, mas também não deixava o Coelho criar. Alguns excessos de preciosismo principalmente de Roger Guedes poderiam custar caro, mas no final, não comprometeu.

Destaque para a troca de Cuca que sacou Erik e colocou Alecsandro visivelmente fora de forma. Mas há algumas semanas ele que havia dado um chute no falso doping, deu o chute que confirmou a vitória palestrina por 2x0 e comemorou muito (tem que celebrar mesmo! Fizeram sacanagem com o centroavante). Alecsandro fez o simples, foi em direção ao gol e chutou (travado, mas chutou). Espero que o Erik tenha visto isso e aprenda a ter um pouco mais de objetividade. Fim de papo.

Palmeiras foi brilhante em 10 minutos iniciais, mas no decorrer da partida voltou aquele futebol burocrático e perigoso. Digo no sentido de que o adversário, por inferior tecnicamente que seja, pode acertar aqueles famosos chutes despretensiosos e estragarem um esquema de jogo. Portanto, vai a crítica aqui novamente: se o jogo está bom, está nas mãos, mate-o de uma vez só. Não precisa ficar depois acuado jogando burocraticamente por uma vantagem mínima.

Erik perdeu uma chance clara de gol que poderia ter deixado o verdão mais tranquilo no jogo, precisa ficar mais calmo, menos ansioso e aprender que gol bonito e gol "normal" valem a mesma coisa, tanto que a jogada do segundo gol foi simples. De ponto positivo vai para a zaga que passou sem tomar gol e para Tchê Tchê que fez o segundo gol dele com a camisa do verdão, primeiro no Brasileirão 2016.

Próxima rodada teremos um duelo palestrino: Palmeiras x Cruzeiro. A raposa vem jogando bem, portanto, não podemos jogar apenas o tal "futebol burocrático". É preciso jogar bem! Palmeiras precisa lembrar que tomou um baile no primeiro turno em Minas e precisa vir com sangue nos olhos.
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Leonardo Paioli Carrazza

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