Salve, amigos! Amantes do futebol e da seleção brasileira, mais uma análise de jogo da canarinho aqui nos Jovens Cronistas hoje para falar da importante e imponente vitória por 5x0 diante da Bolívia, na Arena das Dunas em Natal. O jogo fechou a participação da seleção verde e amarela no turno das eliminatórias com uma segunda posição com 18 pontos, atrás apenas do Uruguai com 19 pontos. Ou seja, quando tínhamos o "técnico" Dunga, víamos nossa vaga ameaçada na Copa; agora com Tite, já é uma realidade. Muitos podem pensar que o resultado foi largo pelo simples fato de "ser a Bolívia" - muito inferior ao Brasil. Mas não há favoritismo que se concretiza caso não haja jogo com seriedade e objetividade. Vamos à partida.

Tite escalou o Brasil com Alisson, Daniel Alves, Miranda, Marquinhos, Filipe Luís, Fernandinho, Renato Augusto, Phillipe Coutinho, Giuliano, Neymar e Gabriel Jesus. Em suma, um time que possui um ataque leve e um meio campo bem criativo com Renato e Fernandinho que aparecem bem quando solicitados no ataque. Nada melhor do que um time leve, com muita movimentação para tentar quebrar uma retranca bem postada da Bolívia.

E não era de se esperar outra maneira de jogo. Os bolivianos vieram para tentar segurar a seleção brasileira, por vezes, postando suas linhas de marcação até a intermediária ofensiva. Mas dar espaços para um time leve pode ser mortal. Neymar roubou a bola e deixou Gabriel Jesus na cara do goleiro. O centroavante retribuiu a gentileza e deixou Neymar com gol aberto para fazer o 1x0 e arruinar todo e qualquer plano de retranca boliviana.

Neymar, Jesus e Giuliano comemoram o primeiro gol brasileiro (goal.com)
Agora a Bolívia se resumia apenas em dar pancadas nos jogadores brasileiros. Em uma delas, Neymar revidou infantilmente que lhe rendeu o segundo cartão amarelo, portanto, suspenso da próxima partida. Em cobrança de falta, Renato Augusto por pouco não anotou o segundo gol brasileiro. Mas ele não tardou. Bela jogada pela direita, toque de letra de Daniel Alves que encontrou Giuliano (muitos questionaram sua convocação), que cortou o marcador e serviu Philippe Coutinho para fazer um belo gol. 2x0.

Coutinho comemora seu belo gol (uol.com)
E o Brasil não parou apenas nos 2x0. A marcação brasileira foi adiantada e novamente Neymar serviu o ataque; desta vez, Filipe Luís apareceu para fazer o terceiro gol. Neymar apareceu em posição irregular, mas o bandeira deixou passar. E veio o Brasil de novo com Neymar que, desta vez, serviu Gabriel Jesus que mandou para o fundo das redes bolivianas, fechando um ótimo primeiro tempo da seleção brasileira.

Gabriel Jesus toca sobre o goleiro para fazer o quarto gol do Brasil (youtube.com)
Veio a segunda etapa e a seleção brasileira simplesmente gastou o tempo, criando uma chance ou outra isoladamente e, mesmo jogando esse tal "futebol burocrático", jogava melhor que na época do tal Dunga. Tite então mexeu na equipe ao colocar Firmino no lugar de Jesus e foi dele, ao som de "vai Safadão" - em homenagem ao cantor - o quinto gol da seleção brasileira em cruzamento pelo alto. Ainda deu tempo de Tite colocar William no lugar de Neymar que saiu após tomar cotovelada e Lucas Lima no lugar de Giuliano. Brasil gastou o tempo e fim de papo.

Para quem acompanha as análises de seleção brasileira aqui nos Jovens Cronistas sabe que o tom não era de otimismo antes do jogo diante do Equador. Porém, desde que Tite assumiu, é possível notar uma enorme diferença de padrão de jogo na seleção brasileira. Há intensa movimentação no setor ofensivo, além de muito apoio dos jogadores que jogam mais atrás. Os volantes se aproximam da zaga quando têm que ajudar na saída de bola e também do ataque quando têm que apoiar na criação; Renato fez muito isso nos jogos anteriores, hoje Fernandinho fez mais essa função.

Destaque vai também para o ataque leve e mortal com Neymar inspirado e Gabriel Jesus aproveitando uma das únicas chances que teve para guardar. Interessante ver também como o Brasil explora bem todos os lados no ataque; seja com Daniel apoiando, seja com Filipe infiltrando, Coutinho fazendo a diagonal, etc., ou seja, várias opções e variações de jogo que apenas TRABALHO consegue fazer. Tite vem treinando e muito bem essa seleção.

"Era só a Bolívia". Mas jogar contra times inferiores é obrigação vencer. Vencer jogando bem é melhor ainda. Que a seleção brasileira continue entrando nos eixos e consiga manter um bom futebol. Podemos não ser a melhor seleção como já fomos por muitos anos, mas temos alguém com competência e capacidade de extrair o máximo de cada jogador em campo. Isto já está sendo feito.
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Leonardo Paioli Carrazza

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