Olá fãs de Fórmula 1! Nos reencontramos novamente depois de um longo período para falar sobre o GP da Malásia, a 16ª prova do Campeonato Mundial de Fórmula 1. Desta vez em outubro, a corrida não trouxe a habitual chuva que tradicionalmente movimentava as madrugadas brasileiras, o que não significou uma corrida monótona, muito pelo contrário! Várias surpresas determinantes para o campeonato marcaram o amanhecer desse dia 2 de outubro. Acompanhe-as conosco na crônica do GP malaio de 2016.
A corrida começou quente (literalmente!). Além do forte calor em Sepang, Vettel pulou bem e ultrapassou Ricciardo antes mesmo da curva 1. O alemão se empolgou, ficou por dentro na primeira perna da chicane inicial e tentou frear mais tarde, buscando ganhar a posição de Max Verstappen. Porém, Vettel passou do ponto e acertou fortemente Nico Rosberg, abandonando a corrida e jogando o compatriota para o 17º lugar.
Sebastian assumiu o risco ao retardar a freada, pois sabia que se não arriscasse na largada, dificilmente acompanharia o ritmo das Mercedes e das Red Bull. Calculou mal o espaço e tocou inclusive em Verstappen antes de acertar Rosberg. Um erro "aceitável" até certo ponto, afinal o princípio básico de um piloto é arriscar, e veremos daqui a pouco como essa atitude pode ter diferentes interpretações variando de acordo com suas consequências. Vettel errou ao calcular mal o espaço para a tentativa de ultrapassagem, mas não pode ser crucificado por essa manobra. É algo tão comum para um piloto que, provavelmente, a maioria dos demais pilotos da F1 teria feito o mesmo em situação semelhante.
Seguindo a prova, Rosberg se via numa situação complexa, necessitando de muitas ultrapassagens para se aproximar dos pontos e diminuir a diferença para Lewis no campeonato. Mesmo assim, a equipe Mercedes manteve a calma e optou pela mesma estratégia inicial para o decorrer da corrida, ciente do poder de seu equipamento. Equipamento este que dava a Hamilton todas as condições para disparar na ponta e seguir rumo a uma importante vitória, tendo como adversários as Red Bull de Ricciardo e Verstappen.
Ainda no início da prova, o acidente de Grosjean provocou um novo VSC, que fez Max Verstappen ir aos boxes mais cedo, colocando novos compostos macios e virando uma ameaça iminente na vida de Lewis. Verstappen chegou a liderar a prova (com pneu macio) por algumas voltas, mas Hamilton o desbancou mesmo com pneus duros, forçando o holandês a colocar os compostos obrigatórios mais novos. Mesmo assim, Hamilton seguia imbatível, virando muito rápido e abrindo uma diferença de 14 segundos para o vice-líder da prova, Daniel Ricciardo.
Um pouco mais atrás, Rosberg seguia remando forte para alcançar o lugar mais alto possível. Ao se deparar com Kimi Räikkönen, o alemão não quis perder tempo, deixou o carro por fora na primeira perna da chicane e se atirou por dentro na segunda, tocando com a Ferrari, mas ganhando a posição.
A manobra, em muito, lembrou a ousadia de Vettel em tentar ganhar a posição de Verstappen na largada da prova. Rosberg porém, resolveu arriscar na segunda perna da chicane, onde a velocidade já é menor e o toque não é tão propício a um abandono. Nico também se posicionou melhor, ficando completamente lado a lado de Räikkönen ao tentar a ultrapassagem. O fato é que ambos correram riscos, buscaram o limite, exatamente o que os fãs de Fórmula 1 pedem algum tempo. Corridas são assim, e necessitamos entender a beleza delas.
Sim, as corridas são exatamente como foi o GP da Malásia, com voltas e reviravoltas (e que reviravoltas). O GP que começou desastroso para Nico Rosberg, mudou completamente de figura quando o alemão ocupava o quarto lugar. Inesperadamente, o motor de Hamilton começou a soltar fumaça na reta de largada, e o inglês abandonou. Desesperado, Lewis pôs as mãos na cabeça, assim como Toto Wolff, nos boxes. Depois de um belo fim de semana e uma corrida aonde se sobressaia perante as Red Bull, o destino lhe tirava a vitória. E logo atrás, vinham Ricciardo e Max, duelando pelo segundo lugar, que passou a ser uma disputa pela vitória assim que fora acionado mais um VSC.
Com o carro de segurança virtual, quase todos os pilotos voltaram aos boxes para uma parada de segurança. Entre os que não foram, destaque para Pérez e Bottas, o último que fez uma excelente corrida, com apenas uma parada, redimindo o péssimo fim de semana de Felipe Massa, que largou dos boxes e teve um pneu furado ainda no início da prova. Aliás, Force India e Williams vem travando uma briga interessantíssima pelo quarto lugar no Mundial de Construtores. Um dinheiro a mais que pode dizer muito sobre as ambições dos times para o próximo ano.
Em condições iguais na pista, se esperava um duelo de gigantes entre Ricciardo e Verstappen na luta pela vitória. De início, Max até chegou a encostar no australiano, porém a constância de Daniel foi determinante para a vitória. Enquanto Verstappen alternou entre voltas boas e ruins, Ricciardo manteve o desempenho e a diferença de mais de um segundo, evitando qualquer chance de Max.
No final, muita comemoração de Ricciardo, que conquistou sua primeira vitória no ano, a segunda da Red Bull em 2016. Mesmo com todos os precalços, incluindo uma punição bastante questionável por parte da FIA (com relação ao lance envolvendo Räikkönen), Nico Rosberg completou a prova num excelente terceiro lugar, seguido por Kimi, Bottas, Pérez e Alonso, que saiu de penúltimo (visto que Massa largou dos boxes)! Vale lembrar também de Button, que completou a corrida em nono lugar.
Finalmente a tão aguardada evolução dos motores Honda parece estar a caminho. Podemos esperar para ano que vem uma McLaren mais presente na zona de pontuação. E por que não, a possibilidade de um pódio?
No Mundial de Pilotos, Rosberg abre uma importante vantagem de 23 pontos sobre Hamilton (288 a 265), restando cinco corridas para o final do campeonato (125 pontos em disputa). É, sem dúvida, um golpe muito duro para Lewis. Veremos se o inglês tem força mental para o assimilar e talento para tirar a diferença nas corridas que lhe restam.
No Mundial de Construtores, o título da Mercedes foi adiado graças ao abandono de Hamilton, porém o destaque vai para a Red Bull, que abriu 46 pontos de vantagem sobre a Ferrari na luta pelo vice-campeonato. E segue a luta acirrada pelo quarto lugar entre Force India (124 pontos) e Williams (121 pontos).
Confira a classificação do GP da Malásia:
A próxima corrida é semana que vem, dia 9 de outubro, em Suzuka no Japão. Mais uma vez, a madrugada brasileira vai acompanhar grandes momentos de definição da Fórmula 1. Não deixe de acompanhar nossa cobertura pelo Facebook ou pelo Twitter. Abraços e até a próxima!
A corrida começou quente (literalmente!). Além do forte calor em Sepang, Vettel pulou bem e ultrapassou Ricciardo antes mesmo da curva 1. O alemão se empolgou, ficou por dentro na primeira perna da chicane inicial e tentou frear mais tarde, buscando ganhar a posição de Max Verstappen. Porém, Vettel passou do ponto e acertou fortemente Nico Rosberg, abandonando a corrida e jogando o compatriota para o 17º lugar.
Sebastian assumiu o risco ao retardar a freada, pois sabia que se não arriscasse na largada, dificilmente acompanharia o ritmo das Mercedes e das Red Bull. Calculou mal o espaço e tocou inclusive em Verstappen antes de acertar Rosberg. Um erro "aceitável" até certo ponto, afinal o princípio básico de um piloto é arriscar, e veremos daqui a pouco como essa atitude pode ter diferentes interpretações variando de acordo com suas consequências. Vettel errou ao calcular mal o espaço para a tentativa de ultrapassagem, mas não pode ser crucificado por essa manobra. É algo tão comum para um piloto que, provavelmente, a maioria dos demais pilotos da F1 teria feito o mesmo em situação semelhante.Seguindo a prova, Rosberg se via numa situação complexa, necessitando de muitas ultrapassagens para se aproximar dos pontos e diminuir a diferença para Lewis no campeonato. Mesmo assim, a equipe Mercedes manteve a calma e optou pela mesma estratégia inicial para o decorrer da corrida, ciente do poder de seu equipamento. Equipamento este que dava a Hamilton todas as condições para disparar na ponta e seguir rumo a uma importante vitória, tendo como adversários as Red Bull de Ricciardo e Verstappen.
Ainda no início da prova, o acidente de Grosjean provocou um novo VSC, que fez Max Verstappen ir aos boxes mais cedo, colocando novos compostos macios e virando uma ameaça iminente na vida de Lewis. Verstappen chegou a liderar a prova (com pneu macio) por algumas voltas, mas Hamilton o desbancou mesmo com pneus duros, forçando o holandês a colocar os compostos obrigatórios mais novos. Mesmo assim, Hamilton seguia imbatível, virando muito rápido e abrindo uma diferença de 14 segundos para o vice-líder da prova, Daniel Ricciardo.
Um pouco mais atrás, Rosberg seguia remando forte para alcançar o lugar mais alto possível. Ao se deparar com Kimi Räikkönen, o alemão não quis perder tempo, deixou o carro por fora na primeira perna da chicane e se atirou por dentro na segunda, tocando com a Ferrari, mas ganhando a posição.
A manobra, em muito, lembrou a ousadia de Vettel em tentar ganhar a posição de Verstappen na largada da prova. Rosberg porém, resolveu arriscar na segunda perna da chicane, onde a velocidade já é menor e o toque não é tão propício a um abandono. Nico também se posicionou melhor, ficando completamente lado a lado de Räikkönen ao tentar a ultrapassagem. O fato é que ambos correram riscos, buscaram o limite, exatamente o que os fãs de Fórmula 1 pedem algum tempo. Corridas são assim, e necessitamos entender a beleza delas.
Sim, as corridas são exatamente como foi o GP da Malásia, com voltas e reviravoltas (e que reviravoltas). O GP que começou desastroso para Nico Rosberg, mudou completamente de figura quando o alemão ocupava o quarto lugar. Inesperadamente, o motor de Hamilton começou a soltar fumaça na reta de largada, e o inglês abandonou. Desesperado, Lewis pôs as mãos na cabeça, assim como Toto Wolff, nos boxes. Depois de um belo fim de semana e uma corrida aonde se sobressaia perante as Red Bull, o destino lhe tirava a vitória. E logo atrás, vinham Ricciardo e Max, duelando pelo segundo lugar, que passou a ser uma disputa pela vitória assim que fora acionado mais um VSC.Com o carro de segurança virtual, quase todos os pilotos voltaram aos boxes para uma parada de segurança. Entre os que não foram, destaque para Pérez e Bottas, o último que fez uma excelente corrida, com apenas uma parada, redimindo o péssimo fim de semana de Felipe Massa, que largou dos boxes e teve um pneu furado ainda no início da prova. Aliás, Force India e Williams vem travando uma briga interessantíssima pelo quarto lugar no Mundial de Construtores. Um dinheiro a mais que pode dizer muito sobre as ambições dos times para o próximo ano.
Em condições iguais na pista, se esperava um duelo de gigantes entre Ricciardo e Verstappen na luta pela vitória. De início, Max até chegou a encostar no australiano, porém a constância de Daniel foi determinante para a vitória. Enquanto Verstappen alternou entre voltas boas e ruins, Ricciardo manteve o desempenho e a diferença de mais de um segundo, evitando qualquer chance de Max.
No final, muita comemoração de Ricciardo, que conquistou sua primeira vitória no ano, a segunda da Red Bull em 2016. Mesmo com todos os precalços, incluindo uma punição bastante questionável por parte da FIA (com relação ao lance envolvendo Räikkönen), Nico Rosberg completou a prova num excelente terceiro lugar, seguido por Kimi, Bottas, Pérez e Alonso, que saiu de penúltimo (visto que Massa largou dos boxes)! Vale lembrar também de Button, que completou a corrida em nono lugar.
Finalmente a tão aguardada evolução dos motores Honda parece estar a caminho. Podemos esperar para ano que vem uma McLaren mais presente na zona de pontuação. E por que não, a possibilidade de um pódio?
No Mundial de Pilotos, Rosberg abre uma importante vantagem de 23 pontos sobre Hamilton (288 a 265), restando cinco corridas para o final do campeonato (125 pontos em disputa). É, sem dúvida, um golpe muito duro para Lewis. Veremos se o inglês tem força mental para o assimilar e talento para tirar a diferença nas corridas que lhe restam.
No Mundial de Construtores, o título da Mercedes foi adiado graças ao abandono de Hamilton, porém o destaque vai para a Red Bull, que abriu 46 pontos de vantagem sobre a Ferrari na luta pelo vice-campeonato. E segue a luta acirrada pelo quarto lugar entre Force India (124 pontos) e Williams (121 pontos).
Confira a classificação do GP da Malásia:
A próxima corrida é semana que vem, dia 9 de outubro, em Suzuka no Japão. Mais uma vez, a madrugada brasileira vai acompanhar grandes momentos de definição da Fórmula 1. Não deixe de acompanhar nossa cobertura pelo Facebook ou pelo Twitter. Abraços e até a próxima!
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