Amigos! Nação Corinthiana! Na véspera do aniversário de 106 anos do Clube mais brasileiro, o Corinthians foi até Mesquita, no Rio, para encarar um duelo equilibrado, ante um Fluminense em ascensão na temporada. O temor era grande ante os problemas dentro e sobretudo fora de campo que o time vive, culminando aliás na perda de mais um jogador, desta vez Elias. Mas o time teve ostura razoável em campo e trouxe um bom resultado numericamente, mas que poderia até ter sido melhor, dada nossa falta de poder ofensivo, o 1 x 1 ficou até que de bom tamanho, mas sugere uma vitória em casa, não há nada ganho neste confronto.


O jogo começou equilibrado, mas não num bom nível. Faltava poder de fogo sobretudo ao Corinthians. Muito dessa falta de poder de fogo, apesar de razoável controle do meio campo veio da existência (ou não) de Guilherme carinhosamente apelidado por em nossa última edição de "Ninguém" e foi isso que ele representou mais uma vez durante os 45 minutos iniciais, o mais absoluto NADA. Sua função era justamente ser esse "falso 9" (o que convenhamos, ele nunca foi na sua "carreira"), mas ele não cumpriu isso e o time praticamente jogou com um a menos e acionou pouco Marlone,

Como não tínhamos poder de decisão, o Nense se aproveitou e chegou ao gol que abriu o placar com Marquinho (ex-Roma), após cruzamento de Scarpa (o mais lúcido da equipe carioca) Cássio saiu do gol, mas foi atrapalhado pelo avante adversário, não conseguiu tirar a bola de perto do gol e o meia adversário completou pra rede.


Na volta do intervalo Cristóvão foi mais uma vez inteligente ao mexer no time, tirando o ninguém que vesta a 10, para colocar Lucca. O time ganhou com isso um jogador a mais, mais determinação, mais velocidade no ataque. Com isso passamos a controlar efetivamente as ações e criar. Chegamos ao empate num lindo passe de Léo Principe que encontrou Rodrigo livre para avançar e finalizar pro gol. Seguimos dominando o jogo por mais alguns minutos e poderíamos ter virado a partida com mais eficiência no ataque, mas falta alguém com faro de gol. Logo Levir mexeu duplamente na equipe tornando o Flu mais leve no ataque e freando nossas ações ofensivas.

Com o passar dos minutos, o time parecia satisfeito com o empate e Cristóvão também. O técnico fez a troca de Marlone por Giovanni que não teve efeito prático nenhum e depois fechou com Willians na vaga de Camacho, titular nessa partida. Ficou a sensação de que nos momentos de domínio a vitória poderia vir, mas dadas as circunstâncias e o momento, o empate foi um bom resultado.


Fica uma certa frustração por essa falta de poder ofensivo, Guilherme não deu certo. Gabriel Vasconcelos foi reintegrado e Gustavo chega, são apostas. Mas aos poucos vão ganhar espaço, não são caras que chegam pra resolver o problema. Danilo poderia ser uma alternativa, apesar dessa função não ser sua melhor, mas se lesionou e volta apenas em 2017 infelizmente. Nos resta então utilizar um dos dois jogadores de frente rápidos que temos na função, Lucca ou Romero. 

Mas a mensagem que fica é dessa competitividade e que o técnico está fazendo o que pode. Para muitos, Cássio falhou de novo, é duro tu sair e ter um cara na sua frente. Mas Walter já teve a titularidade na temporada e pode sim ser testado, é um fantástico goleiro e joga quem estiver melhor, independente de história, vale lembrar que Ronaldo Giovanelli não fez a carreira inteira no clube e isso não o diminuiu como ídolo.

Rapidamente sobre Elias, por suas declarações contundentes (onde em parte ele tem razão e na que não tem, explica-se pelo nervosismo, quem nunca disse besteira á beira do campo?) já não era bem quisto no clube por grande parte da torcida. Muitos o cobraram por ser o cara técnico, por na Libertadores não ter (como um autêntico 10) pego a bola do penal e batido. Não entro nessa por que vejo como birra, evito birra pessoal com jogador, afinal, não os conheço, poucos os conhecem. Não é cabível levar questões pro pessoal. O fato é que o adquirimos por 4 Mi, havíamos pago 2 e vendemos por 3, lucrando 1 Mi Euros na negociação. Elas por elas praticamente. Isso denota o desespero diretivo por qualquer valor que seja, a falta de planejamento. Ao menos há substituição na posição, Camacho aí está. É uma pena que Marciel e Maycon já não estejam aqui, tem características similares e são crias nossas.



E essas crias nossas não estão aqui por condutas administrativas errôneas, é claro que devemos comemorar mais um ano de existência de nosso clube. Mas devemos também refletir sobre os rumos administrativos tomados nos últimos anos. É claro que o grupo diretivo que aí está trouxe avanços, sobretudo em termos de estrutura com o CT, com a Arena Corinthians. Mas esta segunda foi feita mediante parcerias um tanto quanto onerosas (pra ser comedido) para o clube, gerando um passivo que afeta claramente o time. Time que tem loteado sua base e loteado o próprio elenco, tendo percentual ínfimo dos direitos federativos de vários atletas e por sua vez colocando dezenas de jogadores em outros clubes, gerando uma conta difícil de fechar e de explicar.

É sim momento de comemorar, mas acima de tudo é momento de FISCALIZAR, REIVINDICAR, por mais TRANSPARÊNCIA, que é justamente o nome da chapa que aí está. Avanços importantes ocorreram nos últimos dias, com contribuição de grandes corinthianistas, o time teve mudanças estatutárias fundamentais. Mas não vamos parar por aí, vamos cobrar das pessoas certas, pois se chegamos a um patamar de estrutura melhor, isso deve se refletir no administrativo. Isso acontecendo, fatalmente chegará ao campo e bola e o time se manterá no patamar que alcançou de luta por todos os títulos. Se o administrativo não funcionar adequadamente, só a força da torcida e o peso da camisa não conseguirão gerar alegrias para o torcedor.




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Foto: LancePress. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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