Amigos, o que se viu hoje no Maracanã foi uma redenção de um time cheio de desconfiança pelas atuações nas duas primeiras partidas e com questionamentos de postura e de comando. É claro, o gol no início, na primeira bola, abriu caminho pra que de forma leve e com total controle das ações, o time construísse o três vira, seis acaba, que remete as brincadeiras antigas (hoje o negócio é ficar o dia inteiro na frente do PC jogando "Counter Strike" e derivados) nas periferias do Brasil, um 6 x 0 ante um Honduras que havia despachado a Argentina. Mas, grandes feitos geram grandes responsabilidades, o ouro precisa vir.


E foi mesmo na primeira bola, a abertura do caminho para essa grande vitória, o Brasil forçou na saída de bola, fez com que o time adversário recuasse, Neymar foi pra cima do defensor adversário e roubou a bola para abrir caminho para a vitória, com apenas 14 segundos de jogo, o gol mais rápido da história da seleção brasileira e dos jogos olímpicos (marca que anteriormente era de nossa seleção feminina com 19 segundos). O gol tirou qualquer peso que certamente estava em nossas costas e transferiu toneladas para os adversários. Que foram totalmente dominados e passaram a bater sistematicamente, Neymar que chamava o jogo e centralizava nossas ações era o grande alvo das porradas, só não precisava ter sido desrespeitoso com o árbitro.

Até então sumido no jogo, Jesus "ressuscitou" (haha), achado por Gabriel e marcou o segundo. O atleta que será comandado por Guardiola em 2017 fez também, o terceiro em jogada de Neymar, um placar acachapante na etapa inicial pra definir a ida á final e trazer de volta a torcida de vez, foi um lindo espetáculo no Maraca. 


Mas era só o primeiro tempo, havia toda uma segunda etapa pela frente e o time seguiu intenso, com Renato Augusto (pois é) distribuindo o jogo muito bem, com o time seguindo com ímpeto e seriedade. O quarto gol veio logo no início com Marquinhos após cobrança de escanteio. Quem nos acompanha sabe que tenho restrições a ele no miolo de zaga. Mas é um líder nato, um rapaz muito sério e um jogador de qualidade inegavelmente, gol pra coroar sua seriedade e liderança nesse time. Outro que merecia muito era Luan, pela sua movimentação, por dar outra dinâmica á esse time e veio seu gol após linda troca de passes. Pra finalizar a festa e completar a "brincadeira", Neymar de pênalti acabou recebendo um prêmio pela atuação convertendo penal, o melhor em campo foi o artilheiro da partida, até nisso os "Deuses do futebol" (que só pra avisar, não foi Mano Menezes quem inventou) conspiraram á favor.



É claro que o gol no início facilitou tudo, mas houve uma clara e fundamental mudança de postura desde a presença de Tite na Bahia para o jogo ante a Dinamarca, após isso o time só cresceu, o talento individual de todos passou a funcionar em prol do objetivo e do jogo coletivo. Essa foi uma mudança fundamental e não se deve polemizar e criticar essa presença e esse auxílio de Tite, afinal a seleção de base visa formar para a principal, ou não? Além disso, este é um título sonhado por todos, pela CBF (é..), pelos atletas, pela crônica esportiva e sobretudo pela população. Nenhuma adversária nestas olimpíadas tem tamanho foco e anseio dessa conquista, é mais do que natural então que os esforços se concentrem nesse objetivo e seguindo essa linha, duas cabeças focadas e inteligentes, evidentemente pensam melhor do que uma.

Porém há como dissemos lá no início, o outro lado da moeda, a responsabilidade, a expectativa, o anseio por esse título está ainda maior depois dessa convincente atuação na semifinal. Evidente que é folclórico imaginar que uma vitória sobre a Alemanha possa representar o que foi aquele 7 x 1, evidente que não, se acontecer vai ficar para a zoação esportiva, mas é um time que não é o principal, que não trouxe grandes nomes acima de 23 anos. A Alemanha encara esse torneio como um torneio de base apenas. Por isso, caso a vitória não venha será um baque muito grande para esses meninos. Vamos torcer, estão demonstrando agora sim, o futebol que podem, que façam isso também na final e consigam o inédito ouro, dentro do Maraca.




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Foto: LancePress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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