Amigos, mais um Resumão Olímpico, analisando essa reta final dos jogos Rio 2016 em seus 12º e 13º dias de competições, com muitas emoções no Vôlei, com o Brasil avançando na quadra, com ouro no masculino e prata no feminino nas areias. Com mais medalha de Isaquias Queiroz na busca do recorde. O ouro espetacular no Iatismo com Martine Grael e Kahena Kunze. E mais destaques, vamos juntos.




E a Vela nos deu uma alegria gigante, Martine Grael e Kahena Kunze entraram na medal race da classe 49er FX com reais chances de ouro, mas também com reais chances de ficar apenas na 4ª posição na classificação.

Mas nossas meninas foram perfeitas, em desvantagem na penúltima passagem, elas tiveram a leitura estratégica de mudar sua posição para pegar uma corrente diferente, as únicas que foram para essa estratégia, o que surtiu efeito e fez com que abrissem vantagem, na última virada de boia o time de Maloney e Meech/NZL, mas a vitória veio com drama, uma aproximação perigosíssima nos metros finais da prova. Mas as brasileiras acabaram cruzando a linha de chegada com uma vantagem mínima de dois segundos, o suficiente para garantir o ouro. O bronze ficou com Hansen e Iversen/DIN.

Seria triste bater na trave como com Robert Scheidt e Jorge Zarif em suas respectivas classes. O primeiro com sua missão mais do que cumprida no Iatismo, com nada menos que cinco medalhas olímpicas e que teve de se readaptar á classe laser, com a exclusão da classe star do programa olímpico. E Zarif com toda uma carreira pela frente e que vem forte pra Tóquio 2020.

O Iatismo é talvez o esporte olímpico com mais estrutura, muito pela iniciativa privada, com os Iate Clubes, sobretudo no Rio, mas também com apoio da Marinha. Foi cumprida a missão de manter a escrita histórica de medalhas olímpicas na modalidade em grande estilo, com o sobrenome Grael seguindo representando muito bem o país e a certeza de novas medalhas nos próximos ciclos.




Vôlei Masculino - Num jogo de fortes emoções, o Brasil derrotou a Argentina por 3-1, com tons de dramaticidade para ambos os lados com as lesões de Lucarelli e Lipe do lado brasileiro e do principal jogador argentino Conte. Mas valeu a festa no final para o time comandado por Bernardinho, que avança as semifinais para encarar a Rússia. 

O jogo se desenvolveu de forma muito franca e equilibrada. No primeiro set o Brasil foi preciso para vencer por 25-22. No segundo preocupação, a Argentina passou a acertar tudo que tentava e fez 17-25. Mas o time brasileiro conseguiu se impôr no terceiro set vencendo por 25-19. No set final muita disputa, os hermanos venderam caro a derrota por 25-23, numa grande atuação de Lucão e Wallace, destaques da partida.



Vôlei de Praia

No masculino, um jogo perfeito de Alison e Bruno Schmidt, ante os italianos Nicolai e Lupo. Com o primeiro usando toda sua experiência em bloqueios, em ataques precisos, com o segundo fazendo jus ao apelido de "mago" e derrubando bolas decisivas. Era necessária uma atuação perfeita para ganhar a medalha de ouro e ela veio, com parciais de 21-19 e 21-17, uma vitória por 2-0 rápida e inconteste, que pra quem realmente acompanha o esporte é de suma importância, visto que o Brasil não é hegemônico no esporte, ao contrário do que muitos colocam.


No feminino, Larissa e Talita caíram ante o time americano da lenda Walsh e de Ross. Num jogo onde Talita parou no bloqueio adversário, o resultado foi de 2-1 para as adversárias (21-17, 17-21 e 15-9) o time não conseguiu virar as bolas de ataque no tie-break e acabou ficando sem o bronze. 

Na disputa da medalha de ouro, Ágatha e Bárbara também caíram ante as alemãs Ludwig e Walkenhorst por 2-0, (21-18 e 21-14), num jogo de total domínio das adversárias. No primeiro set as adversárias já haviam aberto frente, equilibramos no final, mas não o suficiente para impedir o fechamento. No segundo bateu o desespero, a dupla cometeu erros que somados ao jogo de altíssimo nível das adversárias, impossibilitaram a vitória. Mas valeu a prata, pra quem não acompanha o esporte, essa ideia de que o Brasil é hegemônico na praia é utópica. Muito pelo contrário, basta analisar os resultados das últimas edições dos jogos. Importante ver revelações como Ágatha, Bárbara e Talita já jogando num nível tão alto, tem muito ainda pela frente e vejamos qual a decisão de carreira que tomará Larissa. 




No Handebol, nossa equipe masculina se despediu nas quartas de final com um bom jogo ante a França, campeã olímpica e mundial. O time fez um primeiro tempo muito equilibrado, enxergou a possibilidade de vitória e acabou perdendo um pouco o prumo do jogo na etapa final, onde os adversários conseguiram abrir vantagem e vencer por 34-27. Mas foi uma campanha histórica, o time foi embalado pelo sucesso do time feminino e pela torcida espetacular na Arena do Futuro. É uma geração nova, o time perde somente o goleiro Maik para o próximo ciclo, é fazer com que esse êxito tanto no masculino como no feminino (apesar do time feminino ter chegado com claras chances de medalha, foi nosso melhor resultado na história) fomente um incentivo maior á modalidade, desde a base, até a criação de uma liga nacional forte. 


Vale destacar também na Luta Olímpica um feito histórico, Kaori Icho/JAP sagrou-se nada menos que a única feminina atleta a ser tetracampeã olímpica, ficando com o ouro na categoria até 58 kg. 



No Basquete masculino, o destaque evidentemente vai para a vitória dos EUA ante a Argentina, que fez um grande começo de jogo com Campazzo novamente muito feliz nos arremessos, bem como Scola e Nocioni. Mas antes ainda do fim do primeiro período o time americano acordou e deu show. Durant foi o cestinha do jogo com 27 pontos mas quando o time largou na frente as atuações individuais do time foram todas excelentes, não permitiram em momento algum que a Argentina fizesse menção de encostar no placar. A despedida de Manu Ginobili foi emocionante, assim como ele, devem se despedir da seleção os demais remanescentes do ouro em 2004: Nocioni, Scola e Delfino, sob o comando de Rubén Magnano que hoje comanda a seleção brasileira. O time americano encara nas semi a Espanha que sem dificuldades superou a França por 92-67. Do outro lado da chave semifinal, o confronto é entre Austrália e Sérvia. 



No Atletismo, destaque para o revezamento 4x100m onde nossa equipe masculina se qualificou para a final com o oitavo tempo, com 38.19s. Já no feminino tivemos o nono tempo e ainda fomos desqualificados por invadir a raia americana, que inclusive derrubou o bastão e recorre se dizendo atrapalhada pelas brasileiras.

E destaque claro para Usain Bolt que segue fazendo história nos jogos Rio 2016. "Com o pé nas costas", o jamaicano venceu os 200m rasos e faturou o tricampeonato olímpico com o tempo de 19.78s. De Grasse/CAN ficou com a prata e Lemaitre/FRA foi a surpresa da prova ficando com o bronze.

Vale destacar também no Arremesso de peso, o desempenho do brasileiro Darlan Romani, que estabeleceu novo recorde brasileiro com a marca de 21.02m, garantindo assim a 5ª posição na prova, um atleta jovem que tem ao menos mais um ciclo pela frente. O ouro ficou com Crourser/EUA que bateu o recorde olímpico com 22.52m, a prata com Kovacs/EUA e o bronze com Walsh/NZL.




Na Canoagem de velocidade, 200m individual, Isaquias Queiroz segue fazendo história, em busca do recorde de medalhas para um atleta brasileiro em uma única edição dos jogos. O atleta conquistou sua segunda medalha, o bronze, ao ficar na terceira colocação. 

Ficou para ele um sentimento de frustração pela largada ruim, ainda mais após o desempenho que teve na semifinal, mas medalha não tem cor, valeu a recuperação na chegada da prova pelo bronze e nas duplas C2 1000m, o atleta ainda briga por mais uma medalha, quem sabe não pinta recorde em grande estilo, com ouro. Valeu Isaquias, nosso "Oea". O ouro ficou com o atual campeão olímpico ucraniano, Iurii Cheban e a prata ficou com Demyanenko do Azerbaijão. 




Com as medalhas conquistadas nestes dois dias de competição, o Brasil atinge 15 medalhas no total, cinco de ouro, cinco de prata e também de bronze, momentaneamente na 13ª posição no quadro de medalhas. Um grande desempenho e ainda temos no mínimo mais uma medalha, que pode ser de ouro no futebol masculino, além de possibilidades no hipismo, possibilidades com o próprio Isaquias Queiroz e claro, a possibilidade do bronze com nossas meninas do futebol. Vamos Brasil!




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Imagens: Reuters, AP, AFP e COB. 





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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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