Amigos, diferentemente de nossas meninas, a atuação da seleção masculina de futebol do Brasil foi muito fraca, foi pífia. É claro que estréia sempre tem um fator tensão, mas não vejo que ele tenha sido determinante, afinal a África do Sul estreava ante a dona da casa e teve uma aplicação tática, um espírito de luta exemplares, que fizeram com que seu time fosse coletivamente melhor e arrancasse o 0 x 0 em Brasília, para as vaias do torcedor (o que é um capítulo a parte que trataremos no fim).


O time de Micale se perdeu bastante em meio á luta, á força física adversária, que até assustou em alguns momentos, sobretudo na etapa inicial. Nossa atuação ofensiva praticamente se resumiu em "dar a bola em Neymar" (que teve aliás duas boas chances em chutes da entrada dá área) que era o que nós e todos temíamos, sobretudo após a infeliz atuação pessoal dele no amistoso ante o japão (com excesso de individualismo). Faltou muito do futebol coletivo, faltou movimentação pra romper o bloqueio defensivo adversário, até mesmo com um a mais desde os 14 minutos da etapa final de jogo.

Após ficar com um a mais o time cresceu levemente no jogo, nem tanto por conta da expulsão, a luta adversária suplantou isso. E sim pelas mudanças de Micale que jogaram o time pra cima de vez. O time ganhou mais movimentação com as entradas de Rafinha e Luan nas vagas de Renato e Felipe Anderson respectivamente. O que acabou por não ser o suficiente para furar o forte bloqueio Sul-Africano.


Faltou bastante, faltou poder de fogo ofensivo, faltou habilidade, faltou recurso para furar o bloqueio adversário e na garra, na luta eles foram superiores. O que na nossa casa não deveria acontecer. Este da foto, Renato Augusto foi mais uma vez bastante "vilanizado" por parte da torcida (muito também por ter recentemente jogado no Corinthians e por ter ido pra China, é o bode expiatório sem dúvidas) mas creio que a crítica deve ser coletiva, a atuação de todo o time foi bastante insatisfatória e um alerta especial fica por conta da ausência de jogadas laterais, nossos laterais estão presos demais, talvez para que esse meio pra frente cheio de opções brilhe, mas quando isso não acontecer como nessa estréia, eles precisam ser ofensivamente acionados.


Por fim, essa coisa dos antigos comentaristas que usamos de referirmos "placar e nota" no 0 da atuação Brasileira pode parecer um tanto pesado. Mas essa é a impressão que passou ao torcedor, ainda mais se opormos essa atuação ao brilhantismo das meninas contra um adversário proporcionalmente bem mais competitivo. Sempre referimos aqui que o favorito nunca joga contra "o vento", mas nessa ocasião foi quase isso e não conseguimos nos aproveitar. Olhando pro time principal (já que honestamente não tenho referências suficientes do time olímpico para opinar), o Iraque seria um adversário até mais difícil, é um futebol em franca evolução, com um contra-ataque bastante rápido e toque de bola objetivo, teremos que jogar muito mais para fazer aquilo que devemos, que é vencer.

Ah, já íamos nos esquecendo, sobre vaias, que "não fazem parte do espírito olímpico", claro que concordamos, não fazem mesmo. Mas isso é futebol, a torcida tem um comportamento diferente da que vai comparecer as demais atividades. A seleção atuou mal e foi vaiada, Hope Solo ouviu gritos de "Zica" (em referência aos "Kit Anti-Zica" que anunciou nas Redes Sociais) enfim, tal comportamento é típico do futebol, que é uma modalidade totalmente á parte nas olimpíadas, não devemos ter vaias ou gestos constrangedores nas demais atividades, apesar de estarmos no Brasil, creio piamente nisso.



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Foto: MowaPress. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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