Amigos! Estamos de volta para mais um Resumão Olímpico, para falar de conquistas para o Brasil e demais destaques dessa reta final dos jogos Rio 2016, nesta que é a penúltima edição do quadro que tive a honra de conduzir aqui. Vamos juntos!




Isaquias Queiroz "o cara que traz as medalhas pra nós", o nosso "Oea" prometeu e cumpriu. O obstinado atleta da Canoagem tinha como meta conseguir três medalhas e se tornar o brasileiro com mais medalhas em uma única edição dos jogos, conseguiu.

Ele já havia ganho a prata no individual 1000m e o bronze nos 200m. Veio a apoteose nas duplas, ao lado de Erlon de Souza o garoto de 22 anos fez uma grande prova, ficou 750 metros na primeira colocação. Eles foram pressionados pela canoa russa mas conseguiram abrir dianteira. Mas novamente a pedra no sapato Brendel/ALE foi buscar o ouro, desta vez ao lado de Vandrey. Isaquias até se irritou ao fim da prova por ter ficado com a prata, mas logo percebeu-se do feito histórico e comemorou muito, inclusive exaltando o companheiro de canoa. O bronze na prova ficou com a dupla ucraniana Ianchuk e Mishchuk. 

Isaquias é sem sombra de dúvida (além claro, do futebol que conquistou o inédito ouro e tem um impacto incomparável no Brasil) o grande destaque do "Time Brasil" nesta edição em casa, dos jogos olímpicos. Elevou a canoagem brasileira a um nível inimaginável, figurou no pódio em duas distâncias bem distintas, os 200m e os 1000m e ainda teve esse feito inédito de conseguir três medalhas, quase que duas de ouro é bom citar. Tudo isso com apenas 22 anos, é magnífico, é um atleta que tem, no mínimo mais dois ciclos olímpicos pela frente, vem muito mais por ai. Tomara que decisões erradas não perdurem, como tirá-lo das duplas, por que um outro atleta estava e ficou triste, isso não é critério, o critério é desportivo, quem estiver melhor que vá para as competições e Isaquias mais do que mostrou do que é capaz, que essa decisão de seu treinador seja revista. E não seria exagero nenhum, tirar o nome do portuga e tornar a Lagoa Rodrigo de Freitas em Lagoa Isaquias Queiroz, um brasileiro, com traços indígenas, que veio do interior da Bahia pra orgulhar o Brasil, seria uma medida justa e patriótica.




No Vôlei masculino, o time brasileiro fez um jogo irretocável ante a Rússia para avançar á final, que acontece neste último dia dos jogos ás 13:15.

Lucarelli e Lipe, que manifestaram lesões na batalha ante a Argentina jogaram e jogaram bem, como todo o time que se manteve á frente do placar o tempo todo do jogo, ante uma equipe forte que não se entregava e tentava á todo custo equilibrar as ações, sem êxito. Vitória por 3-0, parciais de 25-21, 25-20 e 25-17. Vamos ficar na torcida para comentar mais um ouro para o Brasil, o sétimo nesta edição dos jogos, que já tem superado o recorde de medalhas para o Brasil.




No Futebol Feminino infelizmente não veio também o bronze. O time entrou em campo claramente ainda desnorteado pela perda da vaga na final, errou bastante, cedeu espaços ao jogo físico do Canadá, que acabou aproveitando e vencendo por 2 x 1. Nada de "fracasso" em relação á esse time, quem diz isso realmente não acompanha o que essas jogadoras passam, a maioria sequer tem clube pra jogar. Não basta termos o talento de Marta e Cristiane (que devem deixar a seleção) e também de Formiga (que com 38 anos, deixa a seleção), é preciso investimento em estrutura, estimular a criação de um calendário de temporada completa para o futebol feminino no Brasil, fazendo com que grandes clubes tenham departamentos profissional e de base ativos, também para as mulheres. A renovação não é um processo fácil, já vimos isso nestes jogos e a tendência não é boa. Vale o apelo de Marta, não vamos como população deixar de apoiar o futebol feminino, ao contrário, vamos exigir que haja a devida valorização.


Atletismo

 Outro feito histórico foi desse cara ai, Usain Bolt fechou a trinca de ouros nos 100, 200 e 4x100m rasos nestes jogos Rio 2016. O atleta que anunciou que não vai para Tóquio 2020 (e que esperamos que mude de ideia) venceu o revezamento com larga margem como sempre, ao lado de Asafa Powell, Nickel Ashmeade e Johan Blake, com o tempo de 37.27s. A prata ficou com o Japão e o bronze com o Canadá de De Grasse, após a eliminação dos EUA por pisarem na linha. O time brasileiro passou a linha de chegada em 8º, mas ficou com a 6ª posição após as punições de EUA e Trinidad & Tobago. 


Na Marcha Atlética 50km masculina um momento marcante que chegou a ofuscar o ouro, o atleta francês, favorito na prova Yohann Diniz passou mal, teve um problema intestinal, desmaiou. Mas não desistiu, ele que liderava a prova então, conseguiu voltar heroicamente e terminar a prova na 8ª colocação. Mais uma prova de que não pode continuar havendo preconceito com a modalidade, ninguém "rebola", são as regras do esporte, imagine ter de "andar" em alta velocidade, sem tirar um dos pés do chão em momento algum, tendo que pisar com o calcanhar passando pela planta até a ponta do pé, sem erro? É uma modalidade dificílima, talvez a mais dura do Atletismo, (há também, claro, Triatlo, Decatlo, pentatlo que são duríssimas) portanto é preciso respeitar, entender e admirar esses verdadeiros heróis e heroínas.

O ouro na prova ficou com Toth, da Eslováquia, a prata com Tallent/AUS e o bronze com Arai/JAP. O brasileiro Caio Bonfim foi o 9º, novamente o melhor brasileiro na prova, que contou com o 29º Jonathan Rieckmann e com Mário Santos que abandonou no Km 15. No feminino estivemos perto da medalha com Érica Sena, que ficou na 7ª posição. O ouro ficou com Liu/CHN, a prata com Gonzalez/MEX e o bronze com Lu/CHN. 




E mais uma "surpresa", mais uma medalha para o   Brasil nos jogos Rio 2016. Maicon Siqueira conquistou o bronze no Taekwondo, na categoria acima 80Kg, ao bater Cho/GBR numa luta duríssima, onde o brasileiro começou atrás na contagem dos golpes, mas foi obstinado para conquistar a virada e mais uma medalha para o país, além claro de um feito pessoal magnífico, outro atleta que viveu muitas dificuldades. O placar da luta foi de 5-4 para o brasileiro, que fez história sem sobra de dúvidas. Foi a segunda medalha na modalidade, a primeira no masculino. A anterior havia sido em Pequim 2008 com Natália Falavigna, também um bronze na categoria acima 67Kg. O ouro ficou com Isaev do Azerbaijão, a prata com Alfaga do Niger, que havia eliminado o brasileiro da disputa pelo ouro e o outro bronze com Cha/COR. 




E fica o convite novamente, para acompanharem nossa crônica do ouro no futebol (clique) e nossa edição final deste quadro, tomara que comentando o ouro no vôlei masculino.





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Imagens: AFP, Reuters e COB. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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