Salve palestrinos, mais um papo de torcedor do verdão agora com um pouco mais de preocupação do que o anterior. Pela segunda vez consecutiva, o time não jogou bem, manteve erros da partida passada que lhes custaram caro: derrota e perda momentânea da liderança do campeonato. Nem tudo pode ser colocado nas costas da ausência de Gabriel Jesus, e sim em pequenos equívocos individuais e táticos.
Palmeiras começou o jogo contra o Botafogo com Moisés no meio campo depois de estar lesionado, mas contava com a ausência de Tchê Tchê. Com isso, Thiago Santos foi para a posição de primeiro volante, dando um toque mais conservador ao verdão fora de seus domínios. Mas em campo, o que se viu foi o Palmeiras indo para cima do Botafogo nos primeiros minutos. Isso deu espaços para que Neílton aproveitasse para crescer na partida.
Tanto que no primeiro gol, a jogada saiu de espaços deixados. Roger Guedes vinha conduzindo a bola, reclamou de falta e a bola terminou em Neílton que abriu 1x0. A falta realmente existiu, pois foi falta de levantar a cabeça, falta de calma, falta de soltar a bola que possibilitou a jogada do primeiro gol alvinegro. Neílton aproveitou e ganhou na corrida de Zé Roberto para deixar o seu tento.
Palmeiras então parecia um time de formiga depois que você cutuca um formigueiro: uma ZONA. Cada um corria para um lado, ninguém sabia o que fazer com a bola. O Botafogo sabia, tanto que Neílton deixou Jean e Dracena para trás e fez o 2x0. Dracena que saiu sentindo uma torção no tornozelo. Thiago Martins veio para o seu lugar. Para alívio dos Palmeirenses, o intervalo veio.
Cuquinha mexeu na equipe, sacou Roger Guedes e Cleiton Xavier para as entradas de Rafael Marques e Dudu. A princípio, o Palmeiras começou a buscar mais o ataque, mas eram muitas jogadas na base do chuveirinho na área; em uma delas Leandro Pereira mandou no travessão. Palmeiras não é time de chuveirinho e sim de bola no chão. Com isso, Moisés acertou belo chute que Erik apareceu no rebote de Sidão para descontar.
Tempo ainda havia. Mas em lance isolado na ponta da área, o goleiro Vagner foi extremamente infantil e caiu na onda do jogador do Botafogo. Pênalti que a meu ver não foi, mas o culpado maior foi Vagner que caiu na ladainha do jogador carioca. Lance certo ou errado, não influenciou no resultado final da partida, já que Camilo decretou a vitória por 3x1. Fim de papo.
Melhoras não foram vistas. Palmeiras insiste em jogadas pelo alto, sendo que não tem jogadores para isso. Leandro Pereira não consegue fazer pivô? Então coloquem Barrios ou Alecsandro. Eles sabem! Erik tem chamado bastante jogo, mas precisa jogar mais na diagonal em direção ao gol, idem para Guedes do outro lado. Aliás, Guedes está devendo, muita bolinha enrolada pra linha de fundo e pouco jogo em direção ao gol. Dizem as más línguas que virou baladeiro na capital Paulista. Espero que seja mentira se não eu sento a bota mesmo. Elogio quando merece, mas tem que ser criticado quando vai mal também!
Moisés ou Cleiton precisam se aproximar um pouco mais da área para justamente municiar Erik, Guedes e Pereira (Barrios ou Alecsandro). Ir para a linha de fundo, deixa que Jean ou Zé Roberto façam esse papel, não Guedes, Dudu ou Erik. Vagner pelo amor de Deus não seja mais tão infantil e espero que no próximo jogo, a postura mude.
Palmeiras tinha que aproveitar o desespero do Botafogo. Segura um pouco atrás, deixa que eles venham para cima e deixem os espaços. Fechado e com o gol não saindo, o desespero de um time que briga para não cair começa a falar mais alto. Mas o Palmeiras deu justamente os espaços que o time carioca queria. E não soube usufruir de sua qualidade no setor ofensivo que apareceria com o que foi citado acima.
Palmeiras precisa fazer algumas perguntas e responde-las: no que o adversário foi superior a nós? Temos condições de implantar isso a nosso favor? (Tem, porque o time já mostrou essa capacidade). E está na hora de reagir. Não é hora de jogar bonito. É hora de fazer mais gol que o adversário.
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