Amigos! Nação Corinthiana! Quem diria que da "terra arrasada" que uns estavam pintando após a "não goleada" ante um rival e um empate (esse sim um resultado a se lamentar bastante) ante o Figueira. Estaríamos aqui falando de liderança. É claro que a vitória por 1 x 0 ante um grande rival que é o Inter, fora de casa, não demonstra que tudo está perfeito e nem a atuação foi dessa forma. Cristóvão ainda faz ajustes no time, ainda busca a melhor formação, o time ainda não produz de forma adequada e ainda não conclui de forma adequada o que produz. Mas evidente que reforça o entendimento de que Cristóvão precisa trabalhar e que estamos no caminho certo. Afinal, se não temos um time "perfeito", quem tem? Podemos mesmo com as deficiências que ainda apresentamos, onde muitas delas teremos de resolver de forma caseira e com dificuldade, lutar sim pelo título, lutar.


O jogo começou bem ruim, com os dois times bastante presos, errando muito na saída de bola. Marcações encaixadas, muitos chutões, o que acabou denotando um defeito dessa nova ideia de formação de Cristóvão, que era a centralização excessiva do jogo, as jogadas pelas pontas já praticamente não existiam. No primeiro tempo, além de algumas chegadas de Romero pela ponta direita, outro lance "positivo" foi o terceiro cartão amarelo de André, que "reforça" o time ficando suspenso na próxima rodada, o duelo duro ante o CAP fora de casa. Pelo lado Colorado Valdivia (o bom) finalizou uma bola na pequena área para exigir defesa de Cássio, essa foi a grande chance do adversário na etapa inicial.

Porém, numa jogada confusa após lateral o Corinthians acabou saindo na frente antes do intervalo, aos trancos e barrancos a bola chegou até Romero e que consertou o lance e entregou para Elias (o "odiado" por não ser batedor de pênaltis) que finalizou para abrir o placar.


A etapa final acabou sendo muito mais eletrizante que a primeira. Houve uma "pressão" inicial do Colorado, após as mexidas de Falcão, que não surtiu efeito prático. Posteriormente o Timão teve uma postura bastante elogiável, atacando bastante, ainda centralizando muito, mas não se recolhendo na defesa, não recuando sob a alegação de ser o visitante. O jogo acabou tendo quatro reclamações de pênalti, duas pra cada lado, mas nenhuma das quatro na minha avaliação foi. A que mais gera discussão é o lance de Uendel após bola levantada na dividida com Ariel, mas não vejo como um pontapé, uma falta clamorosa, uma das interpretações cabíveis foi a de deixar o jogo seguir.

Do meio pro fim do segundo tempo, o Inter tinha um volume de jogo enganoso, muito mais no desespero do que na organização, era lançar pro Nico Lopez (que poderia estar aqui não é, Robertinho) e Ariel e fosse o que Deus quisesse. Não surtiu efeito, ao contrário, o Corinthians era muito mais perigoso nos contra-ataques, Danilo entrou no jogo e melhorou essas triangulações ofensivas (vão criticar hoje também?), Cristóvão resolveu deixar o comando de ataque mais leve com Luciano, que novamente não aproveitou seus minutos e no fim, tinha de tirar Elias que não aguentaria até o fim.


O jogo caminhou para o fim portanto, com um Corinthians muito mais próximo de ampliar o placar, perdeu inclusive muitas chances de gols nos contragolpes e poderia ter sido castigado por isso no fim, do que o Inter de empatar a partida. Claro que não foi um jogo espetacular, mas foi um bom jogo, sobretudo na etapa final, o time centralizou demais, faltaram as jogadas pelas pontas, faltou a descida dos laterais, mas dadas as circunstâncias compreende-se, até por que sem pontas, se os laterais apoiarem toda hora fica um buraco atrás. É uma questão de adaptação e evolução, pode dar certo essa formação sem tanta ênfase nas pontas, mas o ideal é ter a possibilidade de criação sim no meio, mas com jogadas pelas pontas também.


Esse resultado reforça o que temos aqui colocado, o time tem defeitos? evidente que tem. Defeitos importantes? Claro, e temos debatido esses problemas aqui em todos os nossos textos. Mas QUE TIME no Brasil é "perfeito"? Que time tem qualidade em todos os setores e nas reposições? Reflita e responda se puder/quiser. Se a sua resposta for a mesma que a minha, chegaremos juntos á conclusão de que mesmo com os defeitos que o time tem, e as ingerências diretivas que tem o Corinthians, temos condições de com este elenco e este técnico, brigarmos até o fim pelo título e quem sabe conquistar.

Portanto, é deixar Cristóvão trabalhar, descobrir o time, temos que "aceitar" que á essa altura dificilmente supriremos o problema do ataque e sou CONTRA gastar 12 Mi em jogador da Série B, se é pra apostar que se traga de volta o Vasconcelos e ainda assim ele não chegaria, meteria a nove e faria todos os gols, é ilusão isso, a Diretoria não se mexeu por que NÃO QUIS (ou não pôde) afinal lá está Nico Lopez no Inter e outros atacantes do mercado sul americano estiveram em nosso "radar".

Agora é buscar vencer "apesar" do comando de ataque que temos, e compreender o trabalho e as opções do treinador. Marlone tem de seguir trabalhando para ter sua chance, nos momentos difíceis sempre será lembrado, exigido, mas se o time vencer sem ele, dificilmente seguirão com essa de colocar todos os problemas na conta de uma ausência, como se ele fosse um "gênio do futebol", é um bom jogador que pode ser importante na composição de grupo, mas nossa coletividade, o jogador e seu staff, todos precisamos entender que num time onze jogam e três entram no decorrer das partidas. Um bom elenco precisa de ao menos trinta jogadores, com trabalho ele voltará a ter sua chance.



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Foto: GazetaPress. 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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