Fórmula 1 - O inferno de Rosberg em casa

Amigos, amantes da velocidade! Hoje excepcionalmente estou de volta, substituindo o nosso Rica Machado, titular da seção Velocidade. E hoje o assunto é o GP da Alemanha de F1, último antes da parada para as "férias de Verão" da categoria. Uma prova que se desenhava no treino oficial favorável á Rosberg, que superou seus limites para arrancar uma pole fantástica. Porém, tudo caiu por terra para o Alemão já nos primeiros metros da largada e Hamilton pulou para a ponta, para dela não sair mais e vencer mais uma vez de forma brilhante, abrindo 19 pontos de vantagem na luta pelo título. Vamos juntos aos detalhes da prova e á análise.


Como já dito, tudo caiu por terra para Rosberg já na largada, onde (como tem se tornado peculiar) tracionou muito mal e acabou caindo para a quarta posição. Hamilton pulou na frente com Ricciardo em segundo e seu companheiro Verstappen em terceiro. O Alemão tentou atacar nas primeiras voltas sem êxito, enquanto seu companheiro e inimigo abria cada vez mais na liderança. Já no meio do grid, Massa foi tocado na primeira curva por Palmer, nada se percebeu na telemetria, mas o rendimento do Brasileiro foi péssimo durante toda a prova e a Williams acabou recolhendo o carro próximo já ao fim da prova após muitas posições perdidas e trocas sem êxito. Já a largada de Nasr deu esperança com várias ultrapassagens, mas o piloto brigou com o carro durante toda a prova, voltou pra rabeira e também não completou.

Destaque para o alto desgaste dos pneus, que tornou impensável uma estratégia de duas paradas. Todos os ponteiros acabaram partindo pra três, com Nico e Max escolhendo para o primeiro pit a troca pelo super macio, enquanto Lewis e Ricciardo foram pra escolha mais segura dos macios (compostos mais duros da prova). Depois veio o lance que determinou a sorte do piloto Alemão na prova, uma ultrapassagem sobre Verstappen que acabou sendo punida pela direção de prova, sob a alegação de que Max teria sido jogado pra fora da pista. Vejam, de fato Rosberg freou muito dentro, tirando totalmente o espaço do piloto Holandês, o que nas atuais regras sugere uma punição. Por outro lado, muitos pedem que as regras sejam mais flexibilizadas para que a competitividade prevaleça, dentro das atuais regras, coube sim no meu entendimento a punição. Se essas regras no entanto são o melhor pra categoria ou não, o debate já é mais profundo.

Quando Nico foi cumprir a sua punição, que por si já o afetaria, ainda perdeu no mínimo mais três segundos por erro da equipe no pit. O que praticamente inviabilizou a tarefa de passar as Red Bulls. A corrida assim caminhou para o fim com disputas no pelotão intermediário, Bottas que era o nome da Williams na prova arriscou fazer duas paradas, vinha em 7º mas perdeu totalmente a aderência nas voltas finais, sendo ultrapassado por Hulkenberg e Button e caindo para 9º. Alonso que (como sempre) esbravejava no rádio, fazia prova razoável em 10º, mas sofreu fantástica ultrapassagem de Perez e acabou não pontuando.

Nas voltas finais alguns pingos de chuva ameaçaram dar emoção á prova, mas não houve tempo para tal infelizmente. Hamilton cruzou a linha de chegada para vencer mais uma e ampliar sensivelmente a vantagem ante o "inimigo" de equipe. E os pilotos da Red Bull completaram o pódio para colocar o time á frente da Ferrari, assumindo assim a vice-liderança no mundial de construtores.


Quem nos acompanha sabe que nosso forte é a opinião. Portanto, sem medo de errar afirmo, ficou muito difícil para Rosberg, é claro que em automobilismo tudo pode acontecer, até mesmo uma infelicidade e Hamilton ficar fora da temporada, pode, não é o desejo de ninguém, mas acontece evidentemente. Porém, no MEU entendimento, eventos atípicos são a única maneira de Rosberg tirar o título do Inglês, pela diferença de qualidade entre os pilotos, por que Lewis (ou "Louis" para Luís Roberto) está finalmente focado, enquanto seu rival está mostrando certo desespero em muitos momentos, enfim. Claro que podemos errar, mas Hamilton está sim, muito perto do 4º título mundial da carreira, o Tri consecutivo.


Sobre os Brasileiros, está mais do que claro que Nasr está limitado pelo carro, é evidente seu talento e desejamos que a infelicidade que tem vivido á bordo dessa "carroça" que é a Sauber, não influa negativamente, seja na possibilidade de assinar contrato com uma equipe mais competitiva, seja num novo contrato com a atual equipe, que receberá um aporte financeiro dos novos sócios (mais para a próxima temporada, não há muito o que fazer nessa). Já Massa vem muito mal, ok, escora-se nessa prova na batida do início (cuja telemetria não detectou avaria, aliás). Mas o desempenho vem ruim de algumas provas, o piloto deseja reagir de forma urgente, afinal o seu discurso é sempre da "busca da alta performance", que isso volte a se traduzir na prática, afinal o piloto já está 21 pontos atrás de seu companheiro de time.


É isso, foi uma prova que não foi tão emocionante, mas foi bastante movimentada, inicialmente na briga pelas primeiras posições, posteriormente no meio do grid. Essa coisa dos pneus chama a atenção, se traz mais emoção o alto desgaste, é ruim evidentemente para a fabricante, que precisará se coçar para solucionar esse problema da falta de durabilidade de seus compostos. A categoria volta em quatro semanas para o GP da Bélgica, até lá Rosberg seguirá de cabeça inchada.

Classificação da Prova

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Imagens: Motorsport, FOM.