Coutinho comemora gol brasileiro contra o Haiti (uol)
Salve, nação brasileira! Hoje, nos  do Jovens Cronistas vamos falar de um assunto que agrada uns, preocupa outros, etc. Sim, a nossa seleção. Pela segunda rodada da Copa América Centenário, a canarinho enfrentou a seleção do Haiti e repetiu o placar amargo da semifinal de 2014, só que a favor. Porém, nada disso serve como "escape" dos problemas que a seleção brasileira demonstra ter, tais problemas que passam principalmente por uma falta de orientação dos jogadores.

Dunga mandou a campo o Brasil com Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Gil e Felipe Luis fazendo a linha de defesa, Casemiro, Renato Augusto, Willian, Coutinho e Elias no meio campo e o Jonas como centroavante caracterizando um esquema 4-5-1 que varia para 4-2-3-1 ou até mesmo um 4-4-2 de acordo com as subidas dos homens de meio campo.

O jogo começou bem morno para a seleção brasileira e o time parecia muito estagnado, sem movimentação. Cada jogador apenas em seu local no campo, sem buscar alternativas, sem jogadas em diagonal, pouco brilho individual, etc. Alguém tinha que tentar alguma coisa. E foi Coutinho que chamou a responsa no primeiro lance de perigo e acertou belo chute no goleiro adversário. Um gol que aliviou um pouco a seleção brasileira que parecia ter ficado mais solta.

O segundo gol veio após Jonas aproveitar rebote no sistema defensivo haitiano e rolar para Coutinho apenas empurrar para o fundo das redes. O jogo parecia mais simples do que era e o Brasil alcançou o terceiro tento ainda com Renato Augusto, terminando o primeiro tempo com o placar sossegado de 3x0. Um Brasil que vencia no talento.

Vendo que o jogo estava decidido, Dunga mexeu no time e sacou Jonas para a entrada do Gabriel Barbosa, o Gabigol, que acabou anotando o quarto gol na partida. Foi ainda mais ofensivo ao sacar Casemiro para a entrada de Lucas Lima que apareceu para marcar o quinto gol verde e amarelo.

Mas foi no lance seguinte que entrou para a história... do Haiti. Em três confrontos com a seleção brasileira, até este momento da partida, o placar somado de todos os confrontos era de 15 x 0. Mas James Marcelin aproveitou rebote de Alisson e deu uma certa alegria aos torcedores haitianos. Marcaram um gol na seleção brasileira. Com certeza, os haitianos que admiram futebol vão lembrar deste jogo com muito carinho, mesmo com uma derrota larga.

Enfim, voltando à partida, Dunga realizou sua terceira mudança com a saída de Elias para a entrada de Walace. Mas quem voltou a brilhar foi Renato Augusto que acertou belo chute no canto do gol, além de Coutinho que anotou o sétimo tento da partida no último lance de jogo. 7 x 1, mas um 7 x 1 que não será tão lamentado pelos haitianos, e que não servirá para muitas coisas envolvendo seleção brasileira.

Pois bem. Brasil não fez mais que sua obrigação ao atropelar um adversário muito inferior tecnicamente. Cumprir o dever sempre é bom, mas quando defeitos aparecem contra um adversário tão frágil, a preocupação precisa vir à tona. Não questiono tecnicamente o que cada jogador pode render, quão habilidosos são, etc., esses jogadores são bons. Porém, o problema vem do banco de reservas em que não temos uma pessoa capaz de extrair o que cada jogador tem de melhor a oferecer.

O que se viu até os 11 minutos do primeiro tempo foi uma seleção brasileira totalmente passiva e pragmática, sem tentativas de furar um bloqueio do Haiti. Sim, vocês leram direito... não era um bloqueio "catenaccio" italiano, não era uma retranca uruguaia, etc... era um bloqueio do Haiti! Não eram vistas jogadas em diagonal, subidas de volante, pivôs do Jonas para explorar velocidade de Coutinho, Willian, Elias, etc. Philippe foi o primeiro a chamar a responsa e fazer o 1 x 0, curiosamente em uma jogada individual e em diagonal.

Depois do primeiro gol, os haitianos abriram um pouco os espaços e possibilitou aí sim a melhor movimentação ofensiva da seleção brasileira, mas uma seleção vitoriosa como a nossa não pode ser "refém" de jogadores armarem o próprio time. Falta comando, falta competência para isso. 7 x 1 tem que ser "comemorado" pelos jogadores que se esforçaram e encontraram grande parte dos espaços por conta própria. Mas segue sendo pouco pelo conjunto de produção que uma seleção brasileira pode oferecer. Uma seleção melhorada poderia acabar com a nossa. Não haveria 5 copas do mundo que resistisse a isso.



Curta nossa página: Jovens Cronistas! (Clique)
Siga também no Twitter: @JovensCronistas


Compartilhe:

Leonardo Paioli Carrazza

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours