Quando Audax e Santos eliminaram respectivamente Corinthians e Palmeiras, uns, e sobretudo os torcedores desses times, bradaram em relação a ausência de um grande clássico na decisão, isso é fato, mas não será "clássica" a maneira com que estes dois times jogam? Em um grande jogo, nada de conservadorismo, o que é habitual em jogos de ida de decisões, as duas equipes não abriram mão de seu jogo tradicionalmente ofensivo e se doaram ao máximo, em tempos distintos, o Peixe foi melhor na etapa inicial, mas acabou não aproveitando essa superioridade, o time de Osasco então, assumiu o controle do jogo na etapa final e saiu na frente, e por ironia do destino, quem entrou no lugar de um craque lesionado, acabou fazendo um gol de craque e igualando os primeiros 90 minutos, da decisão do estadual de maior qualidade do país.


Na etapa inicial o Santos dominou amplamente, o time adotou uma estratégia de não ceder ao convite adversário para sufocar sua saída de bola, e por vezes o time de Fernando Diniz se enrolou com a bola, protagonizando algumas cenas bastante perigosas. O Santos perdeu no entanto, as chances de gols criadas com Ricardo Oliveira e Vitor Bueno, e assim o placar foi no zero para o intervalo.


Na volta do intervalo, o time da casa voltou com outra atitude, indo pra cima do Santos e se estabelecendo como melhor em campo, a substituição de Juninho por Wellington foi uma alteração tática, mas não foi ela propriamente dita que fez com que o time crescesse em campo, o time foi pra trocação, foi propor o jogo como fez nas fases anteriores, e isso deu resultado. O time saiu na frente aos 12 minutos após jogada de Tchê Tchê, com Mike limpando bonito dentro da área e finalizando para o gol. Praticamente em seguida, Lucas Lima recebeu uma chegada dura do defensor adversário após finalizar, e torceu o tornozelo, preocupação para Dorival Jr. para a finalíssima do próximo domingo. Após mais alguns minutos de domínio adversário, o Peixe chegou ao empate, Tchê Tchê errou na saída de bola, e a bola caiu justamente em Ronaldo Mendes, que entrou na vaga de Lucas Lima, o meia teve total liberdade e acertou um foguetaço de extrema felicidade, para vencer o goleiro Sidão que quase conseguiu o milagre, mas não conseguiu espalmar devido ao efeito da bola.

Foi um jogo equilibrado, com dois tempos distintos, o Santos tivesse sido um pouco mais preciso teria matado o jogo ainda na etapa inicial, onde o Audax deu muitas brechas para o time da Vila, mas vale destacar então a atuação ruim de Vitor Bueno, não fosse o seu preciosismo, o Santos teria aberto boa vantagem no confronto, é menino, é bom jogador, mas precisa baixar a bola. Já o Audax deve ser ressaltado por sua grande atuação no 2º tempo, poderia também ter construído seu resultado, Vanderlei foi fundamental para que isso não ocorresse, e como bem disse Tchê Tchê após o jogo, o time vai para a Vila como foi para a Arena Corinthians, sem medo, é um time atrevido, ciente do que faz, com qualidade técnica, que tem uma proposta arriscada sim, mas bem definida, é claro que o Santos só pela grandeza já teria o favoritismo, e este é ampliado por jogar em casa por uma vitória simples, mas o Audax está vivo, e todo cuidado é pouco. Por outro lado, Lucas Lima pode ficar de fora, sabemos como o Santos perde sem seu grande maestro em campo, e todos os olhos durante a semana, estarão voltados para sua recuperação, até por que ele também é uma esperança para a Seleção Brasileira.

A grande certeza dessa decisão, é que teremos mais 90 minutos de um grande espetáculo, de dois times que como já dito, jogam pra frente os 90 minutos, se pode haver algum questionamento por não ser um clássico, quem aprecia o futebol certamente terá um bom espetáculo pra acompanhar, na finalíssima do Paulistão 2016. 


*Pra quem ainda não nos conhece, temos um quadro chamado "Papo de Torcedor", se você torcedor do Santos, e de outros grandes clubes do Brasil tiver boa escrita e boa visão de jogo, pode se juntar á nós e ser comentarista do seu time, basta nos contactar através de nossa página. 


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Foto: GazetaPress


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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