Caros palestrinos, passada a frustração da Libertadores, o Palmeiras encarou o São Bernardo nesta segunda-feira 18 de abril no Allianz Parque (aqui pode ser falado Allianz, sem problemas) e venceu por um placar seguro de 2x0. Algumas alternâncias entre momentos seguros e organizados da equipe e outros com um pouco mais de desordem e deficiência técnica. Vamos ao jogo.
Sem invenções, Cuca armou o time no tradicional 4-4-2 com Jean na lateral direita, Matheus Salles e Arouca de volantes, Alecsandro e Gabriel Jesus na frente. O Palmeiras começou melhor, em cima do Bernô em uma mistura de ansiedade com intensidade (mesmo fato que ocorreu diante do River Plate quinta passada). Porem, aos quatro minutos, Gabriel Jesus sofreu toque por trás de Luciano Castán dentro da área e o juiz nada marcou (arbitragem será comentada no final).
O Palmeiras chegava muito ao ataque novamente puxado pelo lado de Egídio e Robinho, apesar do camisa 27 estar bem apagado. Do outro lado, Allione e Jean não se entendiam muito na parte ofensiva. Mas quem começou a se entender na partida foi a equipe aurinegra do ABC Paulista. Em jogadas no meio tramadas por Cañete e aparições "surpresas" do camisa 8 Alyson, do 9 Henan no ataque geraram certo sufoco e boas intervenções de Fernando Prass. Parecia que os velhos problemas técnicos do setor defensivo apareceriam.
Falando em velhos problemas, por que não dizer em volta das velhas armas também? Bola parada eficiente do Palmeiras. Sim, foi em um cruzamento de Egídio, em falta na esquerda que Alecsandro resvalou a nuca para mandar a redonda na bochecha da rede do São Bernardo. Gol que trouxe um alívio em mais um jogo decisivo.
Veio o intervalo e o Palmeiras foi para cima. Gabriel Jesus conseguiu boa jogada na linha de fundo, mas Robinho por excesso de preciosismo mandou a bola nos pés do zagueiro Castán. Chance desperdiçada que fez o Tigre acordar. O São Bernardo passou a sair mais pro jogo com velocidade, mas não conseguia chegar com aquela facilidade na área do verdão. Em alguns momentos, o sistema de marcação como um todo foi bem no bloqueio de investidas do ataque aurinegro.
Cuca mexeu no time sacando Robinho para a entrada de Dudu e Arouca para a entrada de Gabriel. Assim reforçaria a marcação com "sangue novo" e teria uma opção mais rápida na saída de bola. O Palmeiras ainda se deu ao luxo de dar alguns chutões desnecessários quando poderia explorar mais a saída de bola. O São Bernardo voltou a ser perigoso em cobranças de falta e saídas esquisitas de Fernando Prass.
Cuca fez a última mexida que foi sacar o empenhado Alecsandro e colocar o estreante Roger Guedes que deu assistência para o segundo gol, marcado por Gabriel Jesus. Fim de Papo!
Palmeiras não foi aquele primor, mas como sempre falo nas conclusões, há sempre uma melhoria. Em certos momentos o time foi perfeitamente organizado e cabe ao Cuca mostrar isso para o time. Se a zaga não é uma barreira, o sistema de marcação como um todo pode funcionar como tal. Ainda sinto a carência de um homem de criação, já que Robinho parece que só joga contra o São Paulo. Com condições físicas ideais, Cleiton Xavier deve entrar facilmente nesse meio de campo.
A arbitragem foi bem mal também. Poderia ter deixado a situação do Palmeiras mais tranquila caso marcasse pênalti em Gabriel Jesus no começo da partida. Além de tudo, faltou critério em algumas faltas que seriam chances claras de gol ao verdão, enfim, não gostaria que esse Vinícius Furlan voltasse a apitar jogos do Palmeiras.
Agora, temos nada menos que o Santos fora de casa pela semifinal. De alento, serve a semana cheia para treinar, algo que Cuca não teve até agora. Quem sabe consiga posicionar melhor a defesa ou aprimorar o sistema de marcação como um todo. O caminho para o sucesso é por aí. Porque contra o Santos, tenham certeza de que vamos precisar disso.
Já ia me esquecendo. Em 2015, a partida entre Palmeiras x São Bernardo ficou marcada pela famosa entrevista de Oswaldo de Oliveira. Então, fica aqui, na memória, uma homenagem ao gol de Gabriel Jesus!
Ga riéééllll
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