Amigos, mais um jogo duro para a Seleção Brasileira, e duro de se assistir, os comandados de Dunga foram nesta quarta (29) até o Defensores del Chaco, onde é sempre difícil encarar o Paraguai e há um tabu de 31 anos, mas sempre foi difícil jogar contra eles por que eles se defendiam excessivamente, batiam, tinham um medo que impunha respeito (no futebol essa lógica funciona) em relação ao time brasileiro, mas não foi o que se viu dessa vez, o adversário viu a fragilidade do selecionado canarinho e foi pra cima, construiu uma vitória, mas acabou no final do jogo voltando ao velho jogo, chamando o Brasil pra cima, e não salvando Dunga, mas propiciando um ponto que dentro do que foi o jogo e dentro do desastre que seria abrir-se um hiato de diferença, um bom resultado em 2 x 2. 


O jogo começou com o time brasileiro tentando o ataque, mas só procurava Willian pela direita, na linha de 4-1-4-1 que Dunga copia de seu provável substituto, quem apoia por dentro Willian na direita é Fernandinho, que não tem qualidade pra dar continuidade nas jogadas. O Paraguai então percebeu que a saída do selecionado canarinho estava pensa pro lado direito, o que facilitou para que eles marcassem pressão, e com isso as descidas pro ataque ficassem raras, logo o time Paraguaio tomou conta do jogo. Alisson fez duas grandes defesas evitando que o adversário saísse na frente cedo, Dani Alves tomava um baile pelo lado direito de Edgar Benitez, e foi numa dessas jogadas agudas que os comandados de Ramón Diaz abriram o placar, falha nesse gol também de Filipe Luís, que mais uma vez marcou a bola, e deixou livre o outro infernal atacante Lezcano para marcar.

Na volta do intervalo, Dunga tentou dar companhia a Ricardo Oliveira e mais poder de fogo ao time, colocando Hulk na vaga do inútil camisa 5, porém um duro golpe, Roque Santa Cruz, um centroavante clássico, lento e nada habilidoso, passou por três jogadores brasileiros na esquerda, rolou para Ortigoza que fez o passe para a antecipação de Benitez sobre Dani Alves em péssima jornada, o camisa 11 tocou sem chances para Alisson, e com isso o time Paraguaio abriu dois gols de frente. Com o time brasileiro perdido em campo, Dunga resolveu abrir o time, sacando Luiz Gustavo e colocando Lucas Lima no time, com isso, o time tinha uma saída melhor pro araque, com Renato Augusto e o meia Santista criando á partir da saída, o Paraguai achando que o jogo estava ganho recuou, e com isso o Brasil foi pro abafa, sem qualidade, mas com muita garra. Ricardo Oliveira que estava afobado e perdeu por isso algumas chances, conseguiu marcar em seu último lance na partida, após chute forte de Hulk, lá estava o camisa 9 pra pegar o rebote. O gol abalou de vez o Paraguai que foi todo pra dentro da sua área, com isso o Brasil passou a estar dentro da grande área adversária nos minutos finais, Jonas fez uma boa jogada no bico esquerdo da primeira área mas faltou quem concluísse, e nos acréscimos quando parecia que o empate não viria, Dani Alves que foi muito mal na defesa, redimiu-se no ataque, viu o espaço, fez a jogada individual, trouxe pra perna esquerda e empatou a partida. O Brasil já sem posicionamento definido em campo, quase marcou no lance final com o mesmo Dani chutando da intermediária, mas Jonas e Filipe não conseguiram aproveitar o rebote.


Algumas situações precisam ficar muito claras pra sequência, com esses jogadores que aí estão, não é possível fazer o 4-1-4-1, nas centrais desse esquema apenas três jogadores se adaptam criando e fazendo a recomposição com combatividade pra não deixar a defesa vendida, Elias, Hernanes e Renato Augusto, e é um esquema onde tu não aproveita o melhor da safra. O que tem de acontecer é uma formação que aproveite o que hoje temos como destaque, Neymar (se entender que hora de melhorar a pele é uma, e de atuar pela Seleção é outra) atuando onde gosta e sabe pela esquerda, com dois meias na criação, que podem ser Willian até caindo pela direita por vezes e Lucas Lima ou Coutinho, e na volância caso siga sendo convocado (afinal ele quis ir pra China) Renato Augusto que atuou bem nos dois jogos saindo mais e Casemiro a seu lado fazendo a saída de bola e também aparecendo como surpresa, ou seja, um 4-2-2-2, com um centroavante a frente, que não precisa ser um 9 tradicional, pode ser Jonas que mostrou qualidade no pouco tempo que teve e briga pela chuteira de ouro, pode ser Firmino onde aí o time ficaria com dois de movimentação na frente, um de cada lado, e nessa mesma visão pode até ser Hulk, que errou um chute e é alvo de piada, mas tem poder de decisão, tem boa finalização, um lance não o mata.

Passada essa questão do esquema, a defesa brasileira precisa ser repensada, nos dois jogos o que vimos foi uma defesa que marca a bola e não o atacante adversário, isso é inadmissível na Matonense, imagine na Seleção Brasileira. Dani Alves foi muito mal, mas segue sendo nosso principal lateral direito, tomara que tenha sido apenas uma jornada ruim, para a Copa América é complicado avaliar, nem todos podem ser liberados, e com isso há o temor de que Marcelo fique novamente de fora, já que Dunga não fará esforço para chamá-lo, e Filipe Luís que tem como trunfo a defensividade é uma decepção sobretudo nesse aspecto. Miranda passou a reproduzir na seleção as atuações infelizes que tem tido na Inter, será o fim? Enfim, Dunga falou em virilidade, o Brasil dá porrada, Luiz Gustavo só sabe fazer isso, e isso nada ajuda, sobretudo marcando a bola, como estamos na bola aérea. O Brasil precisa ter é um time mais compacto, onde todos ataquem e defendam, onde os jogadores tenham os fundamentos básicos de defesa ajustados, não se trata de porrada, se trata de qualidade defensiva.


Por fim, teremos a Copa América em Junho, com os convocados se apresentando no fim de maio e disputando um daqueles amistosos "legais" que a CBF costuma agendar antes, e depois as olimpíadas, vejamos a convocação que (talvez) Dunga fará, já que nem todos serão liberados por seus clubes, e um insucesso na competição talvez o tire do comando antes das olimpíadas. Tite é o nome do momento, porém há uma dúvida se tal qual Muricy ele não recusaria, afinal apesar de sonhar em treinar a Seleção, não é um profissional que se sujeite as práticas da entidade. O time brasileiro volta as eliminatórias apenas em Setembro, em jogo decisivo ante o Equador vice-líder fora, se vencer se recoloca bem, se perder fica num buraco muito fundo, hoje o time é 6º e estaria fora da repescagem, é preciso mudar, é preciso criar um padrão com base em conhecimento e não de cópia de um esquema, dessa forma o time é favorito apenas ante os últimos do grupo, e vencendo apenas eles, não se classificará para a Copa, o pesadelo, a possibilidade de estar fora de 2018 é real, é preciso mudar essa linha de trabalho de forma urgente, os prejuízos de ficar fora de uma Copa para o futebol Brasileiro, seriam irreparáveis.



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Foto: AFP



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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