Caros palestrinos, estão vivos? Deem um sinal de vida e leiam esta matéria por favor. Palmeiras recebeu o Rosário Central da Argentina no Allianz Parque pela Libertadores precisando de uma vitória e ela veio. De uma maneira bem dolorosa e sofrida, mas veio. Por enquanto, Marcelo Oliveira sobrevive no cargo. Vamos à partida.
 
Mesmo em má fase no paulista, a torcida do Palmeiras lotou mais uma vez o Allianz Parque (aqui pode falar, escrever Allianz). O time foi a campo com algumas alterações de última hora como Thiago Martins e Cristaldo no ataque no lugar do Alecsandro. O Rosario Central não jogou com sua força máxima, já que parece que estão priorizando o campeonato argentino. Pois bem, o Palmeiras não tinha nada a ver com isso.
 
O verdão começou melhor e chegou duas vezes com perigo. Em uma delas, Dudu chuta e a bola resvala na trave pra depois sair pela linha de fundo. Em seguida, Robinho chuta de dentro da área, mas a bola vai pra fora.
 
Mas em um lance típico de Libertadores, muitos carrinhos e muitas lutas na poça d'água, Cristaldo batalha pela bola, o goleiro Sosa sai mal do gol e deixa escancarado pro hermano abrir as contas no estádio do Palmeiras. A seguir, alguns lances mais de perigo do Palmeiras e uma reclamação de pênalti em cima de Gabriel Jesus.
 
Fim do primeiro tempo com muito empenho e alma do time alviverde. O time colocou a bola no chão, ou melhor, na água algumas vezes e conseguiu levar perigo. O que não poderia voltar eram os chutões para evitar sufoco. Mas eles voltaram no segundo tempo. O segundo tempo parecia que estava acontecendo lá em Rosario na Argentina.
 
Mesmo sacando Thiago Santos para colocar o apagado Arouca em mais uma substituição 6 por meia dúzia de Marcelo Oliveira, o Palmeiras não conseguia acompanhar o ritmo intenso da equipe argentina. O time argentino bem postado taticamente trocava passes de forma rápida e chegava com perigo, obrigando Fernando Prass a fazer boas intervenções em chutes de Da Campo e Herrera.
 
Mas a maior intervenção veio em um pênalti infantil cometido por Robinho e parece que o gol que consagrou o título da Copa do Brasil tem um espírito que não deixou o pênalti entrar. Fernando Prass voou no canto para buscar.
 
Apesar do pênalti perdido, o Rosario não desanimou e continuou sua busca pelo gol. Envolvia o Palmeiras, tocava de lado, rodava pelos setores do campo, mas mesmo assim, o Palmeiras conseguia destruir todas as jogadas. Era chutão pro campo de ataque, a bola voltava e o Palmeiras tornava a dar chutão e destruir as jogadas.
 
Fernando Prass ainda conseguiu fazer outros milagres e contou também com a sorte em um chute de cobertura da equipe argentina. Mas o Rosario tentou, tentou, tentou e tem aquela máxima do futebol: "quem não faz, toma". Sim! Rafael Marques entrou no lugar de Cristaldo (alteração que repudiei a princípio) puxou contragolpe e deixou para Allione (que por ironia poderia ter parado no Rosario Central) deixar Sosa para trás e guardar o gol do alívio. 2x0 e fim de papo.
 
Marcelo Oliveira continua no cargo após a vitória com certeza. Mas felizmente, erros hoje não custaram caro, porém, poderiam. Muitos chutões em lances desnecessários quando o melhor seria tocar a bola e buscar um gol a mais, já que qualidade o time tem. O Palmeiras precisa de mais mudanças táticas na equipe e não 6 por meia dúzia, de jogadores que fazem a mesma função. A vitória foi o importante, mas tomamos um baile tático mais uma vez.
 
Do que não posso reclamar? Raça. O time do Palmeiras contou com sorte, etc., mas se empenhou bastante em campo. Isso é necessário em uma competição como a Libertadores. Tem que manter essa alma no time, mas voltar a jogar com qualidade. Só assim poderemos sonhar com algo maior nessa competição sulamericana.
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Leonardo Paioli Carrazza

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