Salve, palestrinos. Palmeiras venceu o São Paulo no choque-rei disputado no Pacaembu neste domingo 13 de março de 2016. Era um duelo de dois times incógnitas: o São Paulo nunca se sabe se vai jogar bem ou mal e o Palmeiras não se sabia como o time ia reagir (mal ou bem) após a saída do Marcelo Oliveira. Bom, acompanhem aqui como foi a partida.
 
A verdade é que o Palmeiras entrou modificado em campo. Edu Dracena jogou, Arouca começou de titular ao lado do Matheus Salles, Allione também começou a partida, etc. O ataque foi composto por Dudu e Alecsandro. Mas quem começou mandando na partida foi a equipe do São Paulo. Muitas chegadas principalmente por bolas aéreas e algumas chances desperdiçadas por Rogério e Rodrigo Caio em cobrança de escanteio.
 
O lance capital a meu ver veio na metade do primeiro tempo em que João Schmidt recebe levantamento e cabeceia para o gol, mas o bandeira assinalou impedimento. Vendo a imagem pela linha da bola, parece que o jogador estava em posição legal, aí teríamos que utilizar do recurso eletrônico que a FIFA quer implantar. Lance difícil para definir qual tronco de jogador está na frente de qual.
 
O lance anterior foi capital porque a partir dali o Palmeiras começou a se soltar na partida. Alberto Valentim havia armado o verdão no tradicional 4-4-2 feijão com arroz mesmo e parece que o time se encontraria na partida. Boas chegadas por jogadas tramadas entre Dudu e Alecsandro, além de bom chute de Allione. Arouca e o Alecsandro ainda se atrapalharam na ansiedade de fazer o gol.
 
Veio a segunda etapa e o jogo seguia equilibrado. Deu tempo ainda de Edu Dracena raspar de cabeça na bola e quase anotar gol contra a própria meta. Mas Alecsandro ganhou NA VELOCIDADE do setor defensivo do São Paulo e passou na medida para Dudu (que são-paulinos tanto ironizavam pelo tal "chapéu") fuzilar a meta defendida por Dênis. 1x0 para o verdão.
 
O São Paulo tentou ir para cima ainda na tentativa do gol de empate, mas confesso que vi um pouco do Palmeiras do Marcelo Oliveira no adversário: time meio abatido depois do gol e partindo muito desesperado para o ataque. Uma baixa emocional enorme no time tricolor.
 
O Palmeiras subiu ao ataque e o algoz tricolor Robinho guardou um golaço no ângulo esquerdo de Dênis para terminar a festa palestrina.
 

Dudu e Robinho: dois algozes de hoje (fonte: yahoo.com)
Palmeiras jogou hoje um futebol feijão com arroz, com poucas invenções. Verdade que tomou um sufoco do São Paulo devido às suas limitações em colocações no sistema defensivo, mas querendo ou não a equipe foi feliz. Gosto do Valentim como treinador, mas na hora que ele precisar fechar o pulso para jogador, acredito que irão fritá-lo também. Esquema 4-4-2, Robinho e Allione pelo meio, Arouca e Matheus Salles de volantes; bons na marcação e bons na saída de bola.
 
Algumas inversões de função na partida como o Alecsandro abrindo pelo lado para oferecer assistência para Dudu, além de subidas dos volantes para o ataque. Edu Dracena precisa de ritmo de jogo para ser o bom zagueiro, apesar da idade. Allione titular, etc. Alberto foi feliz na escalação inicial e as substituições foram 6 por meia dúzia, mas ao contrário do Marcelo, não as fez no intervalo. Gabriel Jesus entrou no lugar de Dudu, Thiago Martins no lugar de Edu e João Pedro no lugar do Lucas.
 
Belo resultado para o verdão mesmo. Fica claro que quando o time QUER jogar, tem qualidade para isso e pode ser cirúrgico no ataque. Porém, time da Sociedade Esportiva Palmeiras, o torcedor pode confiar em vocês? Ou vão jogar apenas quando quiserem? Fazer o quê: em 2016, esse questionamento é o mais válido até agora.


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Leonardo Paioli Carrazza

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