Caros leitores, ontem à noite estive no Allianz Park para fazer uma matéria aqui de um jogo que foi visto ao vivo e a cores mesmo. Claro que eu esperava uma vitória e uma atuação mais convincente do Palmeiras envolvendo criação, domínio de jogo e objetividade. Daí que vem o título desta postagem: de novo o Palmeiras tem domínio de jogo, de novo o Palmeiras cria e de novo o Palmeiras com seu medo de finalizar, deixa escapar pontos importantes.
 
Os times entraram em campo com propostas diferentes. O Palmeiras no tradicional 4-2-3-1 do Oswaldo de Oliveira vinha com Dudu na posição que foi de Valdívia (do Palmeiras) no derby. O Internacional claramente viria para tentar segurar o Palmeiras dentro de seus domínios e contou com um posicionamento muito efetivo dentro de campo, comandado pelo Diego Aguirre.
 
Vamos ao jogo. Um primeiro tempo bem disputado, mas a única chance clara de gol foi de Rafael Marques que quase encobriu o goleiro Alisson do colorado, e só não foi gol porque o zagueiro tirou em cima da linha, no único espaço que dava. Mas a falta de objetividade começou a reinar no Allianz Park. O Palmeiras recuperava a bola e conseguia tocar, buscar jogadas pelos lados com Lucas e Egídio, mas faltava aquele toque final. Várias vezes havia o espaço para o arremate (Rafael Marques tentou ainda), mas o time pecava no excesso de preciosismo.
 
Intervalo de um resultado frustrante e a volta para o segundo tempo não foi diferente. O Inter tentou se soltar um pouco mais na partida, mas o Palmeiras continuava com aquele controle da posse de bola, mas nenhuma objetividade na finalização, isto é, rondava a área adversária no melhor estilo "urubu que ronda a carniça" e não dava o bote final. Mas no escanteio não tem jeito, bola para a área com Zé Roberto e gol de Vitor Hugo: caixa pro verdão!
Vitor Hugo comemora seu gol no Allianz Park (fonte: goal.com)

Aí o Palmeiras teria que fazer o que vinha fazendo. Controlar a bola e deixar o tempo passar que tudo estaria resolvido. Cleiton Xavier entrou na equipe no lugar do Kelvin (eu particularmente sacaria o Dudu que está sendo exigido demais em um esquema tático que não rende tanto) para dar mais posse de bola para o meio campo. Mas a equipe colorada mexeu também. Eles tem um camisa 9 que poderia entrar e quam sabe mudar o rumo da partida. E o colorado chegou algumas vezes, em uma delas, bola na área do Palmeiras, Fernando Prass se atrapalha com Rafael Moura e: caixa para o colorado!
Rafael Moura comemora o gol de empate no Allianz Park

Ah, o camisa 9! Como faz falta para o Palmeiras um camisa 9! Bastaram poucas chances criadas para o Inter conseguir seu tento de empate. Mas havia tempo pro verdão ainda, porém, não havia objetividade. Um preciosismo em excesso dos homens de frente alviverdes renderam mais uma perda de pontos bestas no Brasileirão 2015. Um time que vacila demais em casa e que poderia estar beirando o G4. No final, Fernando Prass ainda fez 2 ótimas defesas que poderia transformar uma noite bonita em uma noite trágica no Allianz Park.
 
Novamente o preciosismo e o excesso de toques na bola vêm prejudicando a equipe do Palmeiras. Particularmente não vejo isso como culpa do técnico Oswaldo de Oliveira, mas sim algumas maneiras de escalar a equipe (Dudu não rende de ponta e já está muito claro isso. Quer manter o 4-2-3-1? Não comece com o Dudu). Cleiton Xavier precisa mostrar a que veio ainda e cambada, por favor, vamos chutar a gol sem medo né? Vai ser muito pouco e muito vergonhoso para todo mundo o Palmeiras ficar nos décimos da vida. A torcida não aguenta mais pegar um jornal, site, etc., e ficar olhando só para a metade de baixo. O time pode render muito mais. Não pode ficar apenas sendo "viúvo de vitória em derby".
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Leonardo Paioli Carrazza

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