Caros amigos, na noite desta terça-feira, tivemos o Estudiantes saindo na frente contra o Santa Fé e a definição do primeiro classificado às quartas de final. Vamos aos jogos:

Estudiantes de La Plata 2 x 1 Independiente Santa Fé

Em partida equilibrada, o Estudiantes venceu por 2 a 1 o Independiente no Estádio Ciudad de La Plata, no confronto de ida das oitavas de final.

O Estudiantes, treinado por Gabriel Milito (ex-jogador que atuou pelo Barcelona, apesar de não ser um bom zagueiro), jogou no 4-3-2-1. O Santa Fé, de Gustavo Costas, jogou no 4-3-1-2.

O time de La Plata tratou de colocar a bola no chão – após começo travado no meio-campo, cultura típica de competição sul-americana. Acabou premiado. Álvaro Pereira, ex-São Paulo, se esforçou na linha de fundo para cruzar a bola no 2º pau. Auzqui subiu, às costas da zaga, e testou no contrapé de Castellanos. Belo gol dos Leones, 1 a 0 aos 20 minutos.


A marcação colombiana estava vulnerável pelos lados do campo. Tanto que, seis minutos depois, Acosta quase encontrou o canto direito, em chute da entrada da área, para ampliar o placar.

Aos 29, no entanto, o domínio territorial do Estudiantes resultou em bola na rede.

Escanteio cobrado na marca penal, Desábato escorou de cabeça e Carrillo – com oportunismo – cutucou para o gol diante do goleiro, na pequena área. 2 a 0.

O atacante camisa 9 se tornou artilheiro da competição, ao lado de Gustavo Bou, do Racing, com 7 gols.

A inoperância ofensiva dos cafeteros no 1º tempo se explica, em partes, pela condição física de Omar Pérez. O camisa 10 não estava 100%.

No segundo tempo, a postura do Santa Fé mudou. A começar pela aproximação dos laterais e dos meio-campistas em Pérez. O jogo passou a fluir naturalmente.

Os argentinos foram prensados contra a própria área. Com a lesão de Auzqui, aos 16 minutos, os contra-ataques – poucos, é verdade – desapareceram.

Por isso, a pressão do Expresso Rojo – de branco na partida – colocou a defesa de La Plata em apuros, ainda mais com Desábato e Sebá Domingues (aquele ex-Corinthians) na dupla central.

Aos 17, Navarro interveio com uma defesa incrível. Anchico cruzou da direita, Paez testou para baixo – à queima-roupa – e o goleiro defendeu em dois tempos.

A bola rondava o gol argentino. Para você, leitor, com boa memória, é a mesma meta que Elano, Fred e André Santos isolaram as cobranças de pênalti contra o Paraguai, na última Copa América, em 2011. Enfim...

Aos 35, após tanto insistir, o Independiente conseguiu o que tanto queria. Omar Pérez cruzou na entrada da pequena área, Morelo – acho que em posição de impedimento – se jogou na direção da bola, escorando-a para o canto esquerdo. Gol fora valioso demais para os cafeteros. 2 a 1.

Acabou assim, sob os olhares atentos do atual presidente (e de um excelente jogador) Juán Sebástian Verón, os Leones têm vantagem apertada para decidir na Colômbia, na próxima terça-feira.

Tigres 1 x 1 Universitário de Sucre

O Tigres confirmou o favoritismo e avançou às quartas de final da Copa Bridgestone Libertadores. No Estádio Universitário de Sán Nicolás, os mandantes empataram com o Universitário por 1 a 1.

Contudo, quem esperou um jogo fácil para os mexicanos, acabou decepcionado.

Da mesma forma que aconteceu na ida, os Rojos marcaram na primeira volta do ponteiro. Castro saiu da área e acionou De La Cuesta, que entrou em diagonal para chutar cruzado, encontrando o canto direito de Guzmán. A bola ainda beijou a trave antes de entrar, caprichosamente. 1 a 0 Sucre.

O time da casa parecia apático – ao invés de tigre, o símbolo da equipe deveria ser um gatinho domesticado. Os jogadores, postados no 4-3-3, estiveram em uma jornada abaixo da média.

Com postura interessante – ora no 3-5-2, ora no 5-3-2 – os bolivianos ofereceram resistência, sobretudo na etapa inicial.


Apesar do gol relâmpago, as chances foram escassas. A mais perigosa, aos 30, surgiu de um escanteio cobrado por De La Cuesta. Por pouco, Castro não marcou o segundo do time de Sucre, em cabeçada antecipando a marcação.

Na volta do intervalo, o Tigres esboçou uma reação, ainda longe das reais condições da equipe.

A entrada de Guerrón abriu espaços pela direita, dessa forma, Rafael Sóbis e Álvares melhoraram.

Enquanto as chances do Universitário se resumiam em bolas alçadas na área.

Aos 28 minutos, o gol de empate. Álvarez, em bela jogada, invadiu a área pela direita deixando defensores pelo caminho. Quando driblou Silvestre, foi derrubado de forma patética pelo camisa 14. Pênalti! Na cobrança, Rafael Sóbis bateu de chapa, no canto direito e converteu.

Festa da torcida mexicana, sempre ávida por futebol. Comemoração do Tigres, que segue invicto e aprende algo importante para os postulantes ao título da Libertadores: às vezes, jogar pelo resultado é melhor do que jogar bem.

*Imagens: Goal.com

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