Bem, Nação Corinthiana, é uma missão muito dura, é um abatimento, uma tristeza muito grande, mas como é dever de ofício e não podemos nos acovardar nesse momento, temos de vir aqui e tentar entender o por que dessa eliminação, e buscando ter uma leitura sóbria, como Cronista Esportivo mesmo, fica um pouco mais "fácil" de entender, faltou mesmo o talento, sempre foi motivo de orgulho a qualidade coletiva do Corinthians, mas essa individualidade, um drible, uma grande jogada que pudesse abrir o ferrolho adversário, foi o elemento que faltou para que ao menos levássemos o jogo para os penais.


Na escalação inicial o time veio com Malcom ao invés de Mendoza, como o Corinthians precisava de agressividade (não a que vimos depois), entendia que não foi a melhor opção, mas Malcom é um pouco melhor em termos de fundamentos e talvez pudesse funcionar. O time parecia afoito no começo, e por isso acabou entregando a bem armada defesa adversária algumas bolas, com o passar dos minutos o toque de bola acabou ficando mais preciso e o time se instalou no campo de ataque, porém sem efetividade, rondava a área, o gol adversário, mas não tinha jogada de penetração, criou em bolas alçadas é verdade, Guerrero desperdiçou uma grande oportunidade, na cara do gol, aliás, Paolo teve uma jornada muito infeliz, errou grande parte do que tentou, quanto mais o tempo passava maior era a tensão, quem estava em casa sentia-se impotente, a torcida vivia um misto de apoio e tensão ao extremo.

Na volta do intervalo Tite fez o que tinha de fazer, recuou Ralf para a zaga colocando Danilo, e sacou Malcom que muito ciscou e pouco fez, para a entrada do Colombiano, este que errou quase tudo que tentou, é esforçado coitado, mas tem muita sorte de ter caído num time como o Corinthians. O talento de Danilo é inegável, mas ele pouco pode fazer pois sua especialidade é o passe, a finalização certeira, ele não vai abrir uma defesa com uma jogada espetacular, não é a dele. Tite ainda tinha uma mexida, talvez a entrada do limitadíssimo Romero, que ao menos é esforçado e poderia tentar em sua velocidade romper a intransponível barreira adversária, mas um jogador que eu sempre defendi jogou tudo pro alto, Fábio Santos, do alto de sua experiência cometeu um ato de burrice, uma entrada fortíssima que dava a mostra de seu nervosismo, e a expulsão correta do árbitro, ali a coisa já degringolava, o Corinthians seguiu com maior volume de jogo, mas não incomodava goleiro adversário, não ultrapassava o fortíssimo sistema defensivo Paraguaio, Jadson era outro que queria ir embora, o triste é que ele ao lado de Renato e dentro do que é a sua especialidade (que não é o drible) fazia uma boa partida sim, raramente errava passes, conseguia as fintas necessárias para não perder a posse da bola (o que Mendoza não conseguiu) mas entrou duro no adversário, poderia ali mesmo ter sido expulso, e pouco depois cumpriu o seu objetivo e foi corretamente expulso, isso é Jadson, eu jamais neguei o seu talento, mas é um jogador que precisa do time girando em função dele, e que se acovarda em momentos culminantes como esse, o Corinthians tinha ali 9 não ficou com 8 por pena do juiz, Gil poderia ter sido expulso no carrinho em que tomou amarelo pois o adversário progredia pro gol, Tite colocou Bruno Henrique que deu muito mais dinâmica do que o escondido Elias, o time mesmo com 9 seguia no campo de ataque, seguia com o domínio territorial, com a luta, mas não havia mais o que fazer, até o golpe final, o gol adversário nos acréscimos. Corinthians 0 x 1 Guarani, essa coisa da luta eu não digo que faltou não, faltou talento individual, e venceu o time que construiu uma vantagem com facilidade em erros do Corinthians e não individualizando não, não sou disso, o erro coletivo de jogar mal, de não impôr a melhor qualidade como fez na Arena, se tivesse feito isso, o Guarani não teria estabelecido tal vantagem e não teria vindo de forma tão confortável para o Brasil, para aplicar essa blitz defensiva, que na realidade impediu o Corinthians de criar, a trave e o goleiro não trabalharam, a prova de que a nossa eliminação lamentavelmente é justa aí esta.


Enfim, trocando em miúdos, faltou romper a defesa adversária, e acho que nesse aspecto Sheik fez falta, não é também genial nesse aspecto, mas no grupo é o que mais tem capacidade de fazer isso, e vejamos se ele fica ou não, há quem vote contra, há quem vote á favor, eu creio que o mercado não é favorável, não temos dinheiro, e Malcom e Mendoza ainda não podem ser titulares num time com as pretensões do Corinthians. Pretensões essas que são sim boas, sei que é difícil e é preciso ser muito sóbrio para tal, mas vamos analisar com frieza, o volume de jogo do Corinthians foi sim grande, as trocas de passes em sua maioria foram corretas, há que dar o mérito ao adversário, se esse espírito, de buscar o ataque, de controle do jogo for mantido, não encontraremos aqui no Brasil, sistemas de defesa tão bem armados quanto o Paraguaio, por isso, acho que não devemos crucificar Tite, o trabalho deve seguir, e o Corinthians segue ao lado do Internacional e do rival, sendo um dos principais times do Brasil e candidato nas competições que disputar, perdemos sim, mas perde também a Libertadores, uma grande atração e um de seus principais, senão o principal favorito, é o futebol, onde o inexplicável acontece, mas isso não muda o que o Corinthians plantou, é seguir em frente, punir atletas experientes que em definitivo jogaram o time no mato, e seguir em frente, para como sempre dar a volta por cima.


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Foto: GazetaPress


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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