Amigos, vamos juntos analisar os jogos que definira os finalistas da UEFA Europa League, com Ricardo Machado analisando o duelo entre Dnipro x Napoli, e Adriano Garcia comentando a classificação do Sevilla ante a Fiorentina, e ao final um breve parecer sobre a grande final que acontece já em menos de duas semanas em Varsóvia, na Polônia.


Dnipro 1 (2) x 0 (1) Napoli

 Torcedores do Dnipro invadem campo para comemorar vaga na final da Liga Europa (Foto: Genya Savilov/AFP)O primeiro tempo começou com o time napolitano mostrando suas armas. Bastante ofensivo, Rafa Benítez optou por elevar quase todo o time para a intermediária do Dnipro, tendo na retaguarda apenas a dupla de zaga, formada por Albiol e Britos. Higuaín foi quem teve a primeira grande oportunidade, mas parou no excelente goleiro Boyko, que fechou muito bem o ângulo. Apesar de ofensiva, a formação napolitana não era eficiente. A estratégia de manter vários jogadores no campo ofensivo para triangular passes e tentar abrir um espaço no time ucraniano não funcionava, graças a excelente postura tática do time da casa.

Depois dos 10 minutos da primeira metade, a chuva (que já existia desde o começo da partida) ficou mais forte. O campo molhado só dificultou ainda mais a troca de passes, e o jogo passou a se basear nas bolas lançadas. Em uma delas, novamente Higuaín, testou para o gol, mas Boyko mostrou bons reflexos e espalmou para a linha de fundo. O Dnipro, apesar de não aparecido muito no ataque até então, não limitava-se a defender. Marcava ao meio de campo e buscou sempre nas jogadas individuais de Konoplyanka um bom apoio para criar oportunidades. E foi em roubada de bola do craque que Seleznyov criou a primeira oportunidade dos ucranianos. cara a cara com o zagueiro, bateu ainda de muito longe, para grande defesa de Andújar.

Durante todo o primeiro tempo, o Napoli deu sinais de nervosismo. Algumas faltas bobas e erros de passes denunciavam a pouca calma do time, que não exitava em subir ao ataque, deixando muitos espaços para o adversário. A ineficiência dos italianos em aplicar o futebol capaz de ser apresentado pelo bom time de Benítez foi a chave do primeiro tempo. O Dnipro, que também não é bobo, fez o seu papel. Marcou bem, fechou os espaços e quando pôde, buscou o gol. Um jogo aberto e movimentado era o que se esperava para a segunda parte, ao final do primeiro tempo.

O início do segundo tempo não foi nada agradável para os fãs napolitanos.O time que precisava de um gol para evitar a eliminação seguia apático, e pior, dava brechas para os ataques adversários. Sempre perigoso, Konoplyanka achou Luchkevich livre, que bateu ao lado do gol de Andújar. Era o aviso de que não seria bom deixar espaços para o veterano ucraniano. Mas o time de Rafa Benítez não os ouviu... Pouco tempo depois, Konoplyanka caiu pelo lado direito, deixou o marcador na saudade e cruzou para a área, Seleznyov teve a experiência para fugir do zagueiro e encobrir Andújar para abrir o placar em Kiev. Era o resultado do bom começo de segundo tempo dos ucranianos. Atentos na defesa e contando com a habilidade e rapidez de Konoplyanka no ataque, a equipe teve também o faro de gol apurado do centroavante para sair na frente. Tudo aquilo que o Napoli não demonstrou em todo o jogo.

Apesar de prejudicar os italianos, o gol mudou pouco o cenário do jogo. O Napoli ainda precisava apenas de um gol, agora para levar a partida para a prorrogação. Bem, mas e a atitude do time? Precisando do tento, o Napoli não conseguia abrir espaços na defesa do Dnipro. Benítez colocou Hamsík e Mertens, tentando dar mais velocidade ao time e buscar um dos lampejos individuais para marcar, o que pouco surtiu efeito. Mesmo jogando fora de casa, não era o que a torcida esperava do time italiano. Com mais jogadores que podem desequilibrar, o time (que também foi prejudicado pela chuva incessante) não conseguiu desenvolver boas triangulações. Nas bolas aéreas, o único que levava perigo era Higuaín, que não pode sozinho ter todas as finalizações de um time.


Mertens foi mais participativo que Hamsík. Arriscou bastante de fora da área e deu trabalho para Boyko. Callejón também teve a chance, mas viu a zaga ucraniana salvar quase em cima da linha. A partida terminou como começou. O Napoli com quase todos os jogadores na área adversária e ainda assim, sem conseguir levar grandes perigos ao gol de Boyko; e o Dnipro, obediente na formação tática, tanto na defesa como no ataque, aproveitando as falhas adversárias e fazendo história, chegando pela primeira vez a uma final de Europa League. Uma vaga conquistada com merecimento, depois de uma partida vencida com disciplina e inteligência.


Fiorentina 0 x 2 (5) Sevilla

A missão do time da casa era ingrata, porém a torcida fez um lindo espetáculo antes e durante o jogo, empurrando a Viola em busca do improvável. Porém, o Sevilla foi quem assustou nos minutos iniciais, com as descidas de Aleix Vidal que atormentaram a defesa Italiana, aos poucos, com o apoio da fenomenal torcida, o time da casa foi crescendo e criando, chegou a fazer o goleiro Sergio Rico grande destaque da partida trabalhar, tendo mais volume de jogo que o time Espanhol. Porém, o Sevilla era muito mais efetivo quando descia para o ataque e assim como na ida, a defesa bobeou e o time de fora saiu na frente cedo, aos 21 minutos de jogo com o artilheiro Bacca que fez um gol típico de centroavante, ali morria o resquício de esperança que pudesse haver da torcida local, porém ainda assim lindamente, seguiram apoiando o time. Porém, a Fiorentina que tentava reagir sofreu duro golpe cinco minutos depois quando novamente em bola alçada na área, novamente o ataque Espanhol teve liberdade e com Daniel Carriço foi selado de vez o destino da eliminatória e do jogo.

Á partir de então a Fiorentina ainda atordoada buscava se assentar mais no campo de ataque, com o objetivo de assim como o Bayern na Champions, ao menos sair de forma honrosa e vitoriosa da competição, mas até o final da primeira etapa o Sevilla ainda era mais perigoso em seus contra-ataques sempre bem armados, uma transição muito rápida, do que o Sevilla em suas tentativas, que quando não iam pra fora encontravam um seguro goleiro pela frente.

Na etapa final, o Sevilla se recuou, ainda sendo mais efetivo quando tinha a bola, mas o time Italiano teve méritos de empurrar o adversário para trás, criou oportunidades, Salah já vinha bem no fim do 1º tempo, apareceu bastante no 2º, com belas jogadas, a Fiorentina teve volume e oportunidades para diminuir a desvantagem, mas parou no goleiro adversário. Teve a chance de diminuir em busca do empate, mas o bom atacante Ilicic, atacante definidor, mas com ótima movimentação, em jornada absolutamente infeliz isolou a cobrança de penalidade, corretamente marcado em entrada de Kolodziejczak sobre Pizarro, onde o nervoso atacante mandou na lua, mandou a bola na Sicília. Outras chances foram criadas, inclusive com o próprio atacante Esloveno, sem êxito, cravava com totais méritos a vaga na final o Sevilla, claramente mais time que a Fiorentina, apesar do time Italiano ter bons talentos, não acho que seria fator determinante para uma virada no confronto, mas Montella errou em abdicar de Mario Gomez para um jogo de tamanha responsabilidade, o Alemão não vive um grande momento, mas o correto seria que ele tivesse nos ombros a responsabilidade de dar sobrevida á Viola, e não o garoto, á parte disso a torcida apoiou o time até o último segundo, está de parabéns, bem como a própria Fiorentina, que em momento algum apelou, e sempre, mesmo já sabendo que estava eliminada, buscou o resultado e efetivamente criou oportunidades, o resultado da ida e as falhas defensivas, foram determinantes.




O feito do Dnipro foi espetacular, trata-se de um time perigoso do meio pra frente, e coeso em sua defesa, com um bom sistema defensivo e um excelente goleiro, que parou as investidas de um dos principais centroavantes do planeta, Higuaín. Mas o Sevilla é amplamente favorito para conquistas o "Bi-Tetra", é um time hoje com condições de encarar de frente os principais times do mundo, não tomou conhecimento praticamente de uma Fiorentina com muita qualidade sobretudo do meio pra frente, é um time muito consciente do que vai fazer, Unai Emery tem pleno controle do grupo que tem nas mãos, e será sem dúvida um grande duelo final, onde o Sevilla buscará provar que tem um leque de opções maior do que teve o Napoli para furar o bloqueio defensivo do adversário, e falhar menos defensivamente claro, não ter Britos na zaga já é um caminho para o time Espanhol.


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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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