Caros amigos, pela terceira vez nessa semana, vamos apresentar os destaques da mais recente rodada da Liga BBVA, a 31ª. Em razão da Champions League, os principais times jogaram no sábado. O Real é quem pode comemorar o "saldo" do fim de semana; Atleti e Barça tropeçaram.


Real Madrid 3 x 0 Eibar

O Real Madrid chega com o moral elevado para disputar o mata-mata da Liga dos Campeões. No Santiago Bernabéu, o time merengue conseguiu além da vitória tranquila sobre o Eibar por 3 a 0, a diminuição da vantagem do Barcelona na liderança – para dois pontos.

Seis titulares não estiveram em campo, entre eles Casillas, Pepe e Kroos. Ainda assim, o Real teve uma formação de respeito, no 4-3-3.

O Eibar esforçou-se para conseguir deter o ímpeto adversário, distribuído no 4-4-2. Contudo minguou nas próprias deficiências.

Por conta do entrosamento, a engrenagem de Carlo Ancelotti demorou 18 minutos para aquecer. Momento no qual Isco acertou as duas traves – em lance impressionante. O gol não saiu por capricho.

Dois minutos depois, a bola balançou as redes bascas. Falta frontal na intermediária, Cristiano Ronaldo chutou – da forma que lhe é peculiar – e o arqueiro Irureta aceitou. 39º gol do português pela Liga.

O segundo gol era questão de tempo. 

Tanto que, aos 30, Chicharito Hernández aproveitou o cruzamento de Arbeloa, pela direita, e testou no contrapé do goleiro. 

Os merengues forçaram, “pero no mucho”.

No segundo tempo, ficou evidente a preocupação de administrar o resultado, que era importante de fato, para se poupar.

À medida que o tempo passava, os Armeros se lançavam ao ataque em busca de um gol fortuito que pudesse trazer a equipe para a partida. Sem sucesso.

Restou a Jesé, aos 37 minutos da etapa complementar, concluir a jogada – em chute cruzado – e o placar.

Real Madrid 3 a 0, sem transpirar. 

Málaga 2 x 2 Atlético de Madrid

Em La Rosaleda, na Capital do Sol, um empate foi justo. No entanto, é um daqueles jogos que Málaga e Atlético de Madrid mereciam os três pontos, pelo que apresentaram.


No 4-2-3-1, o Málaga impôs um estilo de jogo que o Atlético está acostumado a fazer: marcar pressão, sobretudo nas laterais, e forçar o erro adversário. 

O Atleti, no 4-4-2, também faz isso, por característica. 

Assim, o 1º tempo foi intenso. E faltou espaço para organizar chances de gol, por consequência. 

Não à toa, os tentos inaugurais da partida foram frutos de falhas individuais. Aos 25 minutos, em arremesso lateral cobrado por Jesus Gámez na área, o goleiro Kameni errou o tempo de bola e Griezmann cutucou para a baliza, livre. 1 a 0 atleticano.

Em seguida, os Boquerones partiram para o empate. Aos 36, em escanteio cobrado fechado por Recio, El Niño Torres testou contra a meta de Oblak. O camisa 13 sofreu o primeiro gol desde que substituiu Moyá, na partida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Bayer Leverkusen, há cinco jogos.

Essas duas oportunidades foram as únicas passíveis de perigo, e que se concretizaram efetivamente.

A qualidade do espetáculo melhorou no segundo tempo, quando os treinadores desataram os nós, sobretudo nos respectivos setores de meio de campo.

Não havia distinção entre atacantes e defensores. Todos se projetavam, em bloco, para atacar e defender.

Os jogadores cerebrais apareceram para movimentar o resultado de novo. Pelos andaluzes, Amrabat, em jogada de videogame, fez um giro sobre a marcação. Lançou Samuel, que, com um toque de cobertura, tirou Oblak da fotografia e virou o placar. O relógio marcava 26 minutos do segundo tempo.

Sete minutos adiante, Raúl Jiménez ajeitou, com a cabeça, cruzamento da esquerda. Griezmann, em posição duvidosa, fuzilou cruzado e igualou para os madrilenhos.

Oblak e Kameni apareceram com boas intervenções nos minutos finais. Destaque para o chute cruzado de Amrabat, da entrada da área, que deu trabalho para o goleiro colchonero.

Era tarde de empate, por mais que os times não deixassem de se doar.

Sevilla 2 x 2 Barcelona

A atmosfera no Ramón Sanchez Pizjuán estava sensacional. A invencibilidade do Sevilla, de um ano e dois meses – mantida desde fevereiro de 2014, quando sofreu uma goleada por 4 a 1 do próprio Barça – era destaque. E a chancela de “partida da rodada” se confirmou.

A expectativa quanto ao scratch rojiblanco foi espetacular. Aos 10 segundos de partida, a bola já estava na área de Bravo, embora o arremate tenha sido pífio.

Os sevillistas foram a campo no 4-2-3-1, porém, apesar do começo, recuaram em demasia. Os culés, no 4-3-3, trocaram passes para diminuir a pressão das arquibancadas.

A maturidade da equipe foi tamanha que, até os 30 minutos, parecia o time de Pep Guardiola em campo. Linhas adiantadas no campo do oponente, com os dois alas - Daniel Alves e Alba - posicionados como pontas, três atacantes sem posição fixa e volume de jogo.

Nesse período, os gols aconteceram naturalmente. 

Aos 13, Neymar inverteu o lance, Messi dominou e bateu de chapa, na parede da rede pela direita, inapelável para Rico.

Aos 30, a dupla voltaria a aparecer. Agora, candidatos a uma cobrança de falta na entrada da área. Neymar bateu com categoria, por cima da barreira e encontrou o ângulo direito do goleiro, estático no outro lado.

O Sevilla sequer parecia mandar a partida em seu caldeirão.

Todavia, tal era o controle que os culés resolveram diminuir o ritmo. Os contra-ataques estavam à disposição de Neymar, de Messi e de Suárez (sem participação efetiva nos lances ofensivos, é verdade, mas com qualidade para concluir os possíveis lances que pudessem surgir). 

Gradualmente, Unai Emery foi alocando seus jogadores de meio-campo para diluir a posse de bola do Barça. E os lances de ataque contra a meta de Bravo apareceram. Aos 33, Krychowiak deu um passe para Bacca que fez o corta-luz e Iborra chutou por cima.

Quatro minutos depois, Banega arriscou da intermediária, Bravo contribuiu e o Sevilla voltava à peleja. 

Com os 2 a 1, os blaugranas mantiveram a postura de administrar o resultado e o fôlego, tendo em vista o jogo contra o PSG. Não que isso tenha influído, mas o time de José Enrique foi engolido após o intervalo.

Aos 28 do segundo tempo, Xavi entrou no lugar de Neymar para reter, mais ainda, a bola no setor cerebral da equipe. O brasileiro, destaque culé até então, mostrou seu descontentamento por meio de gestos. 

O Sevilla voltou a ter um território hostil para seu adversário, principalmente nos 15 minutos derradeiros do confronto. 

Mesmo assim, Bravo não foi bombardeado com arremates. O artilheiro Carlos Bacca, inclusive, foi substituído.

Os quatro jogadores na meia catalã não adiantaram de muita coisa. Aos 38 minutos em contra-ataque, Aleix Vidal foi lançado por Reyes à direita. Ele cruzou no 2º pau e o francês Gameiro, que acabara de entrar, cutucou para o gol aberto.

Pelo que foi apresentado, o resultado não foi ruim para o Barça. 

Mas, levando em conta o volume de jogo em um terço da partida e o fato do Real ter vencido, o empate foi péssimo, ainda que tenha sido "conquistado" no Ramón Sánchez Pizjuán.

Melhor para os sevillistas que seguem com a invencibilidade intacta.

Destaques: Gols. Muitos gols. Placares movimentados no final de semana, com média de mais de três gols por jogo. Com uma partida a ser disputada ainda.

Cinco meses fora é o tempo estimado para a volta de Musacchio do Villarreal. O zagueiro fraturou  
o perônio (ou fíbula) na partida contra o Getafe no Coliseum Alfonso Pérez.

E a estrela da rodada é... Santi Mina! O meia direita do Celta de Vigo fez um pôker (quatro gols) no Balaídos, no sábado. Sua equipe venceu por impressionantes 6 a 1 o Rayo Vallecano.

A rodada reserva o Dérbi da Comunidade Valenciana para esta segunda-feira. A classificação, por ora, está assim:

Resultados 31ª rodada

Real Madrid 3 x 0 Eibar (Sábado)
Málaga 2 x 2 Atlético de Madrid
Sevilla 2 x 2 Barcelona
Almería 3 x 0 Granada
Celta 6 x 1 Rayo Vallecano

Getafe 1 x 1 Villarreal (Domingo)
Espanyol 1 x 0 Athletic Bilbao
Real Sociedad 2 x 2 Deportivo La Coruña
Córdoba 0 x 2 Elche

Valencia 3 x 0 Levante – Clássico da Comunidade Valenciana (Segunda-Feira)



*Imagens: Mundo Deportivo e Liga BBVA

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