A Copa do Rei da Espanha tem seus dois finalistas. Barcelona e Athletic Bilbao disputam o título da competição, realizada todo ano em homenagem ao monarca que está no trono – Felipe VI de Bourbon ocupa o posto desde agosto do ano passado. A decisão ainda não tem lugar para acontecer no dia 30 de maio. Curioso é que os times os maiores campeões da Copa: os culés venceram 26 vezes; o Bilbao, 23.

Villarreal 1 x 3 Barcelona

O Barcelona viajou até Villarreal para enfrentar a equipe da casa no El Madrigal e venceu com o mesmo placar da ida, em Barcelona, 3 a 1.

O destaque do jogo foi Neymar, autor de dois gols: o que abriu e o que fechou a contagem – aos 3 do primeiro e aos 42 do segundo tempo; Suárez deixou sua marca também aos 38 da etapa final. Jonathan dos Santos fez o gol da honra do Submarino amarelo aos 39 do primeiro tempo.

Será a 39ª final catalã na Copa. São 26 títulos.

Espanyol 0 x 2 Athletic Bilbao

O Athletic visitou o Espanyol, na Catalunha e, apesar do resultado considerado ruim na ida – 1 a 1 no País Basco –, saiu do Cornellà El Prat com a vitória.

Aduriz em chute cruzado, aos 13, e Exteita de cabeça aos 42, após escanteio cobrado da direita, fizeram o placar de 2 a 0 ainda na primeira etapa, para a alegria dos torcedores bascos que marcaram presença no estádio.

O time de Bilbao disputará seu 37° caneco. São 23 taças levantadas – no entanto, o jejum dura desde 1984.

Destaques: Terceira vez em seis anos que as equipes se enfrentam para receber o troféu da mão do Rei. O Barça venceu as outras duas: em 2009, 4 a 1, e em 2012, 3 a 0.



A Final da Copa coloca o orgulho de duas regiões separatistas na Espanha frente a frente. O Barcelona e sua paixão à Catalunha. O Athletic e seu nacionalismo ao País Basco – região localizada entre o norte da Espanha e o Sul da França.

A intenção de ser independente tanto para catalães quanto para bascos se intensifica na ditadura franquista espanhola – que aconteceu entre 1939 e 1975 – pois impôs dificuldades às duas cidades.

À época, estava terminantemente proibido realizar qualquer manifestação que ferisse a soberania de Madri enquanto capital, além de ser obrigatório falar castelhano no país. Algo rejeitado pelos dois povos, que usaram seus times (sobretudo Barça e Athletic) para defender as respectivas culturas, entre elas a de usar o catalão e o euskara (língua basca) para se comunicarem no Camp Nou e na Catedral Sán Mamés – sendo que nos estádios era possível fazer isso sem qualquer retaliação.

Com este ar revolucionário, teremos uma grande decisão.

*Imagens: mundodeportivo.com e mundonets.com
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