Ontem na Vila Belmiro disputamos o "clássico da saudade", que fez 100 anos, e assim como no primeiro de todos, vencemos. Um 2x1 que não refletiu o jogo, merecíamos um resultado mais largo, pelo que apresentamos, mas o que vale são os 3 pontos. Ao longo do texto, além do jogo, comentarei sobre três pontos: A desconfiança do começo da temporada e o belo início de campeonato, a estranha demissão de Enderson e a manutenção de Marcelo Fernandes no comando da equipe. Vamos ao jogo:
  Como de costume nos jogos do Peixe, foi um jogo de ótima qualidade técnica, com duas equipes indo pra cima e buscando o gol. E quem conseguiu foi o Palmeiras, que começou muito bem a partida, com Vitor Hugo, de cabeça, após falha na marcação. A partir dai o domínio do Santos foi nítido. Com muita velocidade, movimentação, passes rápidos e marcação sobre pressão, o Santos dominou o adversário tecnicamente e taticamente. E isso só poderia resultar em uma coisa. Gol. Victor Ferraz (que mais uma vez foi bem) acionou Ricardo Oliveira (um abraço pro Damião) que cruzou rasteiro pra Renatinho apenas escorar, tirando de Prass e empatar a partida. E só não viramos a partida, porque nosso craque teve azar. Robinho, que mais uma vez teve uma grande atuação, bateu colocado, consciente, mas a bola parou na trave. E assim foi a primeira etapa.
 E o segundo tempo começou como acabou o primeiro: Pressão do Santos. E mais uma vez, nossos líderes técnicos e de grupo apareceram. Robinho mostrou grande visão de jogo e lançou Ricardo Oliveira, que contou com a sorte, "dominar" e dar um toque de cobertura, coisa de matador, artilheiro nato, e marcar um golaço para virar o placar. Marcelo Fernandes então mostrou inteligencia, colocou Elano e Gabriel para ajudar na marcação, e puxar contra-ataques, e ainda contou com Robinho, que fez o seu papel de forma brilhante, segurando a bola la na frente. Se no primeiro tempo houve domínio, no segundo foi um verdadeiro massacre, apesar de recuar após o segundo gol, o Santos controlou as ações, o Palmeiras simplesmente não conseguia criar nada. Vale ressaltar que foi a volta de Arouca a Vila, a recepção não foi das melhores, como era de se imaginar, mas Arouca estava nervoso e digo mais, foi desleal com seus antigos companheiros. Grande vitória, para se manter na liderança geral, invicto e confiante.
   Muito se falou no desmanche da equipe, nas dívidas, se cogitou até que seriamos rebaixados. Não vê quem não quer, nossa equipe é qualificada e tem sim condições de brigar por grandes coisas. Podem falar "mas pô, é o campeonato paulista", sei muito bem disso, mas esse "paulistinha" é o melhor estadual do Brasil, vencemos bem os menores, e nos dois clássicos jogamos muito melhor que o adversário. Não vencemos o São Paulo porque o Rogério foi genial. O grupo está unido,tem qualidade, a torcida pode e deve esperar grandes coisas.

Sobre a demissão de Enderson, as coisas não ficaram muito claras, pelo que parece ambas partes queriam acabar com esse ciclo. A justificativa foi uma certa "rixa" entre Enderson e os garotos da base, principalmente Gabriel. Mas após a sua saída, os garotos continuaram no banco, o que deixa tudo ainda mais confuso. Parece que os problemas eram maiores, nem os mais experientes aguentavam Enderson. Decisão acertada de Modesto, apesar da demora, isso devia ter sido feito durante a pré-temporada, já que Enderson tinha aproveitamento pífio. Para o seu lugar, foram cogitados Abel Braga e Mano Menezes, logo descartados por conta dos salários, e também Dorival Jr. e Vagner Mancini (que me agrada), mas mais uma vez Modesto foi bem. Ele resolveu efetivar Marcelo Fernandes, que foi bem nos dois jogos, agrada ao grupo e tem o apoio da torcida. Nos resta torcer, confiança está em alta. Voltamos a jogar sábado, contra o Marília, fora de casa pelo Paulistão.
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Leonardo Luiz

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