Amigos, revelada nesta Segunda (3) a controversa formula do Paulistão 2015, reacendeu nos veículos de mídia, e até mesmo naquela discussão do Bar, a necessidade dos campeonatos Estaduais. Particularmente, me agrada muito o que foi feito nas regiões Nordeste/Centro-Oeste e Norte, com Copa do Nordeste e Copa Verde, penso que seria um modelo á ser adotado em todo o país, confrontos das equipes qualificadas através dos Estaduais para a competição regional, menos datas, algo que não acabaria com os estaduais, pois as equipes grandes entrariam na fase final da competição, uma fase de Quartas de Final, e teríamos uma fase com as equipes de menor expressão, ou que não se qualificaram para o Regional, com tranquilidade, o que daria tempo para a preparação das equipes com maior investimento, das equipes efetivamente grandes, ao mesmo tempo em que teríamos grandes clássicos Brasileiros, já no 1º semestre, aos finais de semana.

A discussão começa a engrossar, quando o argumento para a defesa de um Estadual desde sua fase inicial das equipes de maior investimento, se dá sob o seguinte argumento: "Sem as equipes grandes, não teremos público, as equipes pequenas morrem". Oras, por que as tradicionais equipes do interior, falando especificamente nos casos de SP, RJ e RS não seriam capazes de atrair seus torcedores, duelando entre si, á preços populares? Será mesmo que as tradicionais equipes do interior, neste novo milênio estão fadadas á servir apenas de balcão de negócios para empresários da bola? Estes que a FIFA planeja (ou ao menos prega isso) extinguir? Eu sinceramente quero crer que o futebol do interior pode caminhar com suas próprias pernas, e chegar na fase final com quatro equipes, enfrentando grandes que jogaram competições regionais, como as já citadas, o modelo é bom, se funciona nessas regiões, funcionaria ainda melhor, com o maior poder econômico do Sul/Sudeste.

O grande fato é que as equipes são escravas das Federações e da TV, graças aos erros administrativos, são obrigadas a antecipar cotas, e com isso ficar nas mãos dessas pessoas, os dirigentes acabam assinando contratos dos quais discordam, por que estão com o rabo preso, com quem elabora essas regras. Vamos raciocinar, que clube em sã consciência assinaria num estadual, uma competição de Pré-Temporada, um regulamento que limita a 25, o número de atletas de linha inscritos? O estadual serve muito para testes, para testar atletas da base, contratações, eventuais testes finais de dispensa, ou renovação de contratos, enfim. A fase inicial dos Estaduais ainda faz parte da preparação, a limitação de atletas, para talvez atender caprichos da detentora dos direitos televisivos, não tem sentido técnico algum. Outra grave questão é colocar preço mínimo nos ingressos á exorbitantes 40 Reais, quem pagará isso para ver XV de Piracicaba x Capivariano, (sem querer desrespeitar as torcidas e a população local, por favor) isso é um acinte, é um desrespeito, o campeonato será esvaziado certamente, é isso que incorrerá no enfraquecimento dessas equipes, e não uma eventual ausência das principais equipes na fase inicial, além de ferir a autoridade dos clubes perante o espetáculo, eles são os mandantes, eles são os protagonistas, eles é que tem de determinar o valor do espetáculo que produzem.

Para finalizar, há ainda os que são contra os Estaduais, sob o argumento de que devemos ter competições nacionais em níveis menores, substituindo-os. Nesse aspecto eu discordo frontalmente, nós vemos quantas dificuldades existem no Brasil para que seja organizada uma Série D, que dirá para que se formem divisões inferiores. Quem patrocinará? Quem transmitirá? Em que condições se dariam essas Ligas? Qual o atrativo ao torcedor de ver seu clube disputando uma 5ª, 6ª Divisão do futebol nacional?. Eu tenho a postura de sempre respeitar a contrariedade, mas acho isso absolutamente inviável.


E você, o que pensa, Regionais? Estaduais? O fim disso e somente Divisões Nacionais? As equipes menores ainda são celeiros de craques? Dê a sua opinião.


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Foto: Mowa Press



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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