Aranha retornava a Arena do Grêmio após o incidente de racismo na última partida entre Santos x Grêmio e sabia a reação que viria da torcida adversária assim que pisasse no gramado: Vaias e provocações. A recepção foi hostil, mas absolutamente normal, sem ofensas raciais ou algo do tipo. Mesmo assim Aranha não se abalou (apesar de parecer meio chateado nas entrevistas) e fez grande partida e segurou o empate.

          O resultado não foi ruim, mas considerando as pretensões do Santos no campeonato não chegou nem perto de ser bom. O jogo foi tecnicamente horrível, com muitos erros de passe, domínio e de finalização, mas sobrou vontade para ambos lados durante os 90 minutos. Enderson escolheu o 4-3-3 ,já que não podia contar com Alisson suspenso, e o Santos tomou a iniciativa nos minutos iniciais, mas sempre errando o último passe. Robinho e Gabriel pouco apareciam e Leandro Damião estava preso na forte marcação gremista. Lucas Lima ficou sobrecarregado na armação, já que Arouca estava muito recuado e Souza fazia péssima partida. Por outro lado, a marcação estava muito eficiente, conseguindo segurar Dudu e Biteco, os principais armadores do tricolor gaúcho. Porém essa eficiência não durou muito tempo, no fim do primeiro tempo, o vaiado Aranha, fez duas grandes defesas, contando com a sorte na segunda já que a bola ainda bateu na trave.
     


    Na segunda etapa o Santos voltou da mesma forma, buscando contra-atacar e errando no último passe. Enderson tentou mudar as coisas tirando um apagado (pra variar) Damião e apostando em Geuvânio, que busca recuperar o futebol do começo do ano. Mas a mudança não trouxe resultado, os erros seguiam acontecendo, Lucas Lima era o que mais tentava, mas, assim como o resto do time, estava muito abaixo do que pode render. Stéfano Yuri e Alan Santos ainda entraram, mas a essa altura o Santos se preocupava em segurar o resultado e rodava a bola.

    O Santos volta a jogar domingo, contra o Figueirense na Vila Belmiro com obrigação de vencer, e de apresentar um futebol convincente, porque convenhamos, Enderson já teve  tempo o suficiente para impor sua filosofia e fazer o time jogar do seu jeito. 
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Leonardo Luiz

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