Meus amigos, a largada das eleições 2014 já foi dada, já está dada na verdade há muito tempo, com as provocações de parte á parte, e as negociações escusas e "improváveis" de alianças, mas agora é oficial, estão definidos os candidatos, as alianças, o tempo de TV, as pesquisas já surgem aos montes, e nossa cobertura se inicia oficialmente com esse texto, que tem a intenção de trazer ao eleitor (que infelizmente não é eleitor por livre arbítrio) alguns conceitos importantes para a\ definição do voto.

Já há algum tempo temos visto as mais diversas classes de trabalhadores, religiosas e sociais representadas nas eleições, mas a pergunta que se deve fazer é; Será que essas representações tem efeito prático? Será que o sujeito que se candidata alegando representar um setor, faz mesmo isso caso eleito? O que temos visto no nosso pleito em todas as legendas é o uso de pessoas humildes, de comunidades, ou que alegam representar categorias, que conseguem lá seus 500 votos, e acabam pelo sistema eleitoral atual alavancando a legenda, e proporcionando a eleição de parlamentares"peixes grandes" nos quais não se votaria. O sistema eleitoral Brasileiro está completamente errado no âmbito parlamentar, o voto Distrital é sim uma alternativa interessante, mas acho que só acabar com a proporcionalidade e fazer a quantidade de votos válidos valer de fato para a eleição, os primeiros colocados fazerem valer cada cadeira já seria uma solução que iria mais de acordo com o interesse da população.

Isso de certo geraria uma pergunta; Mas isso não favoreceria partidos que não tem proposta política nenhuma, à lançarem alguém de igual condição e angariarem votos? Sim, mas dos males o menor, seria aquela pessoa popular (não sei se isso funciona mais, espero que não) e somente ela, a quantidade de votos dela não traria junto uma bancada inteira duvidosa, como ocorreu com a eleição de Tiririca, uma boa pessoa, mas que foi instrumento para a eleição de pessoas não tão boas assim, vocês me entenderam, não é?

Outra coisa que me incomoda no "voto de alcunha" é que estão tentando levar Religião para a questão eleitoral, nós temos no mundo todo, conflitos que mostram o que ocorre quando se mistura política e "religião", e é com felicidade que digo que uma das poucas coisas onde somos evoluídos é nesse aspecto, não acho que seja necessário "intervir em favor da família", nós temos que fazer leis que possam atender ao interesse coletivo da população, em todas as suas vertentes religiosas, e também aos não-Religiosos, o Estado deve se manter laico. Eu não sou contra a representação de qualquer linha religiosa que seja no parlamento, mas sou contra o argumento de que farão leis que "defendam a moral e o interesse da família", pois como medir por leis religiosas o interesse de todos? Há os que não creem, e os que creem em outras doutrinas, não é correto fazer isso, aliás, isso foi um pouco longe na minha visão. Por que Everaldo, não se coloca como simplesmente Everaldo? Ele nasceu Pastor? Acho que isso não contribui em nada ao processo eleitoral, muito pelo contrário, a coisa do "trabalharei pela família" entra na mesma questão da falta de proposta concreta do "vou investir em saúde, educação e segurança", onde se brada isso, e não se apresenta uma proposta concreta, entra na onda do velho lenga-lenga e o pior, ainda jogando cidadãos uns contra os outros, sou totalmente contra esse tipo de coisa.

Por fim, voltando à falar da questão parlamentar, e ai já falando sobre um problema que envolve o executivo. A gente vê as pessoas falando sobre segurança pública, não adianta aumentar o efetivo, não adianta investir em inteligência, o trabalho é sempre de enxugar gelo. A polícia prende os marginais, após grande esforça, após operações que colocam em risco a vida de seus homens. E vai lá um juiz e solta, se baseando em brechas de lei e na falta de senso crítico (tu pode vir falar quem sou eu para falar do senso de um juiz, mas é o que penso) do magistrado que solta, e dai o sujeito foge, ou comete mais crimes, as leis são muito brandas, a pessoa comete crimes terríveis e três anos depois está solta para voltar à cometer barbaridades, é um estado absolutamente calamitoso que vivemos. É preciso pensar bastante no voto parlamentar, Deputados e Senadores, pois são eles que podem mudar as nossas brandas leis e talvez iniciar uma mudança nessa guerra civil que vivemos, enquanto a Reforma Política inteligente não vem, resta votar consciente, e conscientizar o máximo de pessoas possível á também fazê-lo, à não jogarem seu voto fora como costumeiramente tem feito.

Nossa cobertura de eleições prosseguirá com a análise dos Debates promovidos pela BAND, das Eleições na esfera Estadual, na próxima semana.


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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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