Ufa amigos, que dia, o primeiro dia cheio da Copa do Mundo e já tivemos a história sendo feita, com o massacre da Holanda de Robben e Van Persie pra cima da Espanha, que parece ter estacionado no tempo, e os razoáveis jogos que marcaram as vitórias de México e Chile, vamos então sem mais delongas trazer a análise dessas partidas.


Holanda 5 x 1 Espanha


Meus amigos, que jogo de Robben e de Van Persie, na equilibrada primeira etapa onde após um pênalti estupido cometido por De Vrij no injustamente vaiado Diego Costa, a Espanha até saiu na frente, mas o jogo agradava mais do que a fase da equipes sugeria, um jogo de trocação franca, aberto, equilibrado, mas o recado veio de forma emblemática próximo do fim da etapa inicial, Cillesen fez lá atrás grande defesa após jogada de David Silva, e na sequência do lance, RVP recebeu um lançamento magistral, e de forma fenomenal mergulhou para fazer um dos mais belos gols da história das Copas, encobrindo o atônito Iker Casillas, que na segunda etapa viria á perecer "nos pés" da Laranja Mecânica, versão 2014. 

Logo aos 7 da segunda etapa, Blind, o mesmo que lançou para o golaço de RVP, lançou mais uma bola magistral rumo ao ataque, e o craque espetacular Robben dançou diante da zaga Espanhola para virar a partida. Ali começaram os olhares de desespero, sobretudo de Casillas, que lembraram aqueles momentos de fracasso do Real (muitos deles contra o próprio Barça), ou mesmo da Seleção Espanhola, o desespero característico dele e de seus companheiros nos momentos de fracasso, desenhava-se ali mais um momento que ficará marcado na história das Copas, o momento em que a atual campeã do Mundo, cairia de joelhos diante de quem havia derrotado quatro anos antes.

Para muitos o terceiro gol de De Vrij, aconteceu por falha de Casillas (novamente, vide decisão da Champions), o que importa é que não parou por aí, ele recebeu na fogueira e perdeu a bola para Van Persie, que coroou sua grande exibição mandando o quarto gol para a rede. E Robben completou seu show, mandando marcando o quinto gol, após mais uma espetacular arrancada. A humilhação inclusive poderia ter sido maior, não fossem boas defesas de Casillas no fim, como em duas pancadas da entrada da área, que ele espalmou.

Enfim amigos, o primeiro tempo foi mais realista, a Espanha vive um momento ruim, jogadores em má fase, jogadores na sua última Copa, dando o "gás final" pela seleção, mas jamais era time para tomar de 5, mesmo de uma Holanda que teve em Robben e Van Persie uma tarde incrível, o abalo Espanhol foi emocional, sua linha falhou, a Holanda estava fisicamente muito mais disposta. O baque foi sentido, resta saber se eles vão se recuperar, se conseguirão voltar seu foco novamente para uma visão positiva e vencedora, a analisar pela atuação Chilena diante da Austrália, a segunda vaga é plenamente possível, para encarar o algoz Brasil, nas quartas. Está quase tudo perdido para a Espanha, quase.

Chile 3 x 1 Austrália

Pro gasto "e olhe lá", é assim que qualifico a exibição Chilena na estréia da Copa, pelo fôlego inicial parecia que o time faria jus á magnífica festa proporcionada pela sua torcida na Arena Pantanal, mas após Sanchez e Valdívia abrirem dois gols de vantagem, os Chilenos parecem ter se esquecido da dificuldade do grupo e da importância de fazer saldo, amoleceram e começaram á permitir com que a Austrália se soltasse mais, Cahill, jogando agora no ataque Australiano diminuiu em cabeçada potente, jogada característica da Austrália e ponto fraco Chileno. O fator físico ia cada vez pesando mais, isso ficou nítido na etapa final, o time Chileno parecia morto, a Austrália ganhava campo e passava á levar perigo ao gol Chileno, Bravo teve de fazer boas intervenções para evitar o empate, o jogo estava perigoso, mas á exemplo do Brasil em sua estréia, Beausejour que havia entrado na vaga de Valdívia marcou perto do fim, trazendo alívio á torcida Chilena, um empate aquela altura seria um desastre.

A avaliação desse jogo não é tão positiva para o Chile, ok o time pode ter "se poupado", mas poderia ter mantido o ritmo, visto que um gol pode fazer toda a diferença num grupo como esse, e ainda mais agora que a atual campeã do mundo está em apuros e vai tentar lavar sua honra com a classificação para as Oitavas, provavelmente reeditando a final da Copa das Confederações, resta saber se a Espanha vai deixar de lado a postura derrotista que teve contra a Holanda, e se o Chile terá á partir de agora a consciência de que não há mais espaço para "se poupar".

Rapidamente sobre a Austrália, um jogo bem honesto deles, é talvez a pior geração Australiana que já disputou uma Copa, Cahill e Bresciano são os remanescentes de uma geração até interessante, mas no mais o fraco time soube tentar fazer o possível com suas jogadas que conhecemos pelas pontas, sua troca simples de passe e se impôr pela parte física, jogo bom e honesto, renderam o máximo que puderam.

México 1 x 0 Camarões

Mesmo com dois gols mal anulados e futebol nada empolgante, o México fez sua parte na luta pela segunda vaga do grupo A, derrotando pelo placar mínimo a equipe de Camarões, o México dominou mais as ações do jogo, Eto'o ficou isolado na frente e não fazia questão de buscar a aproximação dos pontas, os bons volantes de Camarões Song e M'Bia não funcionaram tão bem, sobrecarregando Assou-Ekotto e permitindo espaço ao México pelo seu lado.

Vejam, ao menos na minha visão, a exibição Mexicana não agradou, o adversário não impôs a resistência que tradicionalmente vemos, e aliando isso á grande partida da equipe Croata frente á Seleção Brasileira. Porém esse cenário ainda pode se reverter na próxima rodada, sobretudo se o México impôr dificuldades ao Brasil na Terça ás 16:00 no lindo Castelão. Caso isso não ocorra, na "Arena tinta verde", quer dizer Manaus, ás 19:00 do dia seguinte, a seleção Croata terá a faca e o queijo na mão para encaminhar sua classificação rumo ao confronto contra a Holanda nas oitavas.


É isso meus amigos, esse foi a análise do 2º dia de Copa, amanhã voltamos com a análise de Colômbia x Grécia, e dos jogos do grupo D, com destaque para Inglaterra x Itália, até lá amigos.


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Fotos: Reuters, AFP e GazetaPress
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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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