Já estou preparado para ver os jogos da Copa. Assistirei de casa, acompanhado de amigos, familiares, algumas cervejas, pipocas, e muito verde e amarelo. Farei aquela farra, gritarei quando acontecer o gol brasileiro, xingarei e crucificarei os árbitros quando cometerem erros (que serão muitos) e darei boas gargalhadas da FIFA, como sempre fiz em todas as copas, até porque aqui ela não manda, espero!.

Mas nem sempre foi assim. Principalmente eu, um apaixonado pelo esporte, incluindo o futebol, sempre sonhei um dia poder ver uma copa do mundo no Brasil ao vivo, ali, “tete a tete”, próximo às grandes estrelas, justamente para um dia estar entre os milhares de torcedores, vibrando, colorindo as arenas, fazendo “ola”, gritando o nome dos jogadores da nossa seleção e também de outras, porque não?

Isso passa um filme, relembrando todas as copas que assisti aqui de casa. Aquelas, que vibrei e chorei com desfecho final por culpa da desclassificação, e também aquelas, que chorei de alegria pelo desfecho feliz. Vi pela imagem da telinha, as alegria de um povo pela conquista da copa de 70 com desfile de grandes estrelas imortais do futebol, como Pelé, Piazza, Jairzinho, Tostão e tantos outros, e também tristezas em todas as outras, até a chegada da copa de 94.

E, nesse ínterim, presenciei o confronto das “duas” Alemanhas (Alemanha Ocidental de um lado e a Alemanha Oriental do outro em época do muro separatista). Vi a garra e a união de uma União Soviética, que jamais ganhou uma copa, mas que sempre metia medo em um confronto. Fui testemunha do crescimento e participações das equipes Africanas, e que em cada copa nos surpreendia, com suas alegrias e jeito despojado de jogar. Conhecemos técnicas e táticas diferentes e inovadores, apresentada pela Holanda no seu famoso Carrossel Holandês. Vi grandes gentleman do futebol, como o grande jogador alemão Backembauer. Também vi surgir como um demônio enfurecido, o gênio Argentino (Diego Maradona), que durante vários jogos, fez tremer todos os estádios no qual deu show. Enfim, vi grandes mudanças.

 E pela TV (um aparelho que da época, ainda nem era tão potente e de alta tecnologia) acompanhei aquelas reportagens, onde os protagonistas eram os torcedores que se reuniam em determinados lugares, para torcer e vibrar por sua seleção. Fazendo-me lembrar dos torcedores alemães quando se reuniam nas praças em Berlin, para comemorar suas vitórias. Da fúria e alegria dos torcedores Italianos e as suas infinitas festas nas ruas de Milão, a euforia da torcida Espanhola, por se consagrar campeões, a felicidades do povo Africano e a frieza dos Britânicos junto com a indiferença dos Americanos.

Todas as manifestações de torcedores em mundiais são contagiantes. Trazem a beleza e a cultura de seu continente, de seu país. Tudo na verdade é uma grande festa, uma maneira de dizer para o mundo, que queremos apenas paz e a união dos povos, através do futebol.

Com certeza voltará acontecer desta vez aqui no Brasil, onde o acolhimento, aconchego e simpatia são os maiores e melhores de todo o mundo. Os torcedores brasileiros transformarão durante a copa do mundo, um ambiente único, onde o que mais se quer, é apenas vibrar, alegrar e torcer pelo país, não é?

E eu, cá estarei da minha sala (e não serei único), torcendo e fazendo parte desta grande torcida, daqui da minha TV, esperando ver a história escrever mais um capitulo do futebol mundial, e junto com eles, o surgimento de mais alguns ídolos, mais alguns gênios, para que possamos quem sabe, contar para a próxima copa. Prefiro assim, será mais seguro.

                   Que venham os jogos!

PUBLICADO POR ADINÃ F. LEME

Crônica publicada no dia 15/05/2014 - jornal “O Regional” - http://portal.oregional.net/ e no blog "Tom do Esporte" http://tomdoesporte.blogspot.com.br/
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André Luís de Freitas

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