Olá a todos e todas!
A grande notícia do dia é que, mais rápida do que a elaboração da vacina contra a Covid19, a economia brasileira saiu da recessão para o regozijar de todos os envolvidos. Porém e sempre tem um porém...devemos ser atentos aos detalhes pois, como eu sempre digo, o diabo mora nos detalhes.
Durante o auge da pandemia, ou naquele período que determinou-se como sendo seu auge, entre os meses de abril e junho as previsões das autoridades internacionais previam que mesmo países como China e Estados Unidos teriam ao final do ano um crescimento econômico ínfimo e países como o Brasil teriam resultados na faixa de -5,5%.
Vamos fazer uma recapitulação rápida. O PIB brasileiro fechou o primeiro trimestre de 2020, portanto antes de sentir os efeitos da pandemia, em -1,5%. Em seguida, no segundo trimestre com todo o reforço dos efeitos da crise sanitária o tombo foi recorde: -9,6%.
O que se anuncia agora, com certa timidez é verdade, é que a economia fechou terceiro trimestre em 7,7%. A comemoração do resultado soa pálida pelo detalhe que os comentaristas não estão destacando que este valor robusto se dá cenário negativo acumulado de 11,1% e, com isso, o valor real é de -3,4%. Se -3,4% não significa recessão, eu não sei o que pode significar... basta pesquisar o número de desempregados que não para de crescer, a perda do poder aquisitivo das pessoas, a concentração de renda, o empobrecimento da classe média.
Para entenderem os valores reais da economia neste ano, considerando-se claro os efeitos da pandemia e não esquecendo que, em grande parte, este valor positivo deve-se ao auxílio emergencial e o fato que ninguém usou 600 reais para enriquecer mas para, até onde fosse possível, consumir e com isso, como dizem os estudiosos, "fazer a economia girar", acessem este site:
https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
A imagem é clara e a informação é oficial. O resultado que temos é de -3,4% até setembro. Resta saber qual foi o resultado no último trimestre deste ano que provavelmente será anunciado no início de 2021 até para não estragar as já combalidas festas de fim de ano. Outra pergunta que fica, a ser respondida pelo ministro Paulo Guedes ou mesmo pelo Presidente Jair Bolsonaro, é se o auxílio emergencial será mantido?
A pergunta é pertinente uma vez que ps economistas que analisam estes índice de 7,7% do terceiro trimestre afirmam que deve-se em muito ao auxílio de 600 reais.
Abraços a todos e todas!
Boa Semana,
Ulisses Santos.
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