Olá fãs da velocidade! Voltamos em mais um domingo para comentar mais uma corrida do campeonato mundial de fórmula 1. E a bola da vez é o GP da Emilia Romagna, realizado no histórico traçado do Autodromo Enzo e Dino Ferrari, em Imola, Itália. Lembrada por sediar tantas e tantas vezes o GP de San Marino, a travada pista italiana retornou ao calendário depois de 14 anos, trazendo uma corrida que floresceu nas voltas finais, reservando resultados interessantes especialmente no pelotão intermediário. Maximizando oportunidades, Daniel Ricciardo foi um dos vencedores do dia, levando sua Renault a terceira posição (segundo pódio dos franceses nos últimos 3 GPs). Daniel terminou atrás apenas da dupla da Mercedes: Valtteri Bottas ficou com o segundo lugar, mesmo tendo danos consideráveis em seu carro após coletar detritos ainda na primeira volta. À frente do finlandês, Lewis Hamilton conduziu o time alemão a mais uma dobradinha. Mesmo com um início de prova aquém do normal, Hamilton contou com a sorte para retomar a liderança da corrida, e a partir de então foi competente para disparar na ponta e não dar chance ao azar. O triunfo desse fim de semana teve um gostinho ainda mais especial, já que as flechas de prata garantiram o sétimo título seguido no campeonato de construtores, tornando-se assim a hegemonia mais longeva em toda a história do esporte. Confira conosco a análise do fim de semana a partir de agora. 

Foto: Getty Images


O principal destaque pré corrida em Imola é naturalmente o novo formato do fim de semana de GP, testado pela primeira vez nesta ocasião. A ideia da Liberty Media é diminuir a duração de todo o evento enxugando as sessões de treinos livres, e dessa forma deixar o fim de semana mais curto. Só assim as equipes aceitariam uma expansão do calendário, algo que é desejo da empresa  norte-americana. 

O GP da Emilia Romagna de 2020 teve apenas uma sessão de treinos livres (ao invés das 3 habituais), totalizando 90 minutos para as equipes testarem na pista (versus os tradicionais 240 minutos). O que se viu no sábado foi uma sessão muito mais movimentada do que de costume, com muita ação na pista em praticamente todos os momentos. Ainda que os tempos não fossem fator lá muito representativo, a expectativa era que houvesse uma variabilidade maior na estratégia, já que não houve tempo hábil para testar todas as possibilidades dos carros. 

No qualify, uma pequena surpresa deu seu ar da graça. Valtteri Bottas conseguiu recuperar terreno durante a própria sessão, marcando a pole position. O finlandês até vinha ficando próximo de Hamilton nos últimos treinos, porém dava a impressão de ir perdendo momentum à medida que o fim de semana ia transcorrendo. Traçando o caminho inverso nesse sábado, Valtteri alinhava na ponta com boas expectativas para a prova, sabendo que a tentativa de ultrapassagem era difícil e que a largada seria um ponto crucial para toda a corrida. 

Curiosamente, a largada para o GP de hoje teve um cenário bem diferente do resultado final. Entre os primeiros foi Lewis Hamilton quem teve a pior partida, sendo relegado à terceira posição, sofrendo inclusive ameaças de Pierre Gasly e Daniel Ricciardo. Apesar de segurar a Renault e a AlphaTauri, Lewis não pode conter o avanço de Max Verstappen, que pulou para assumir a segunda posição na classificação. 

Rapidamente o top-3 se desprendeu do restante do pelotão. Na liderança da corrida, Bottas parecia em excelente posição para abrir algum terreno sobre os demais, tendo um carro aparentemente inferior em sua perseguição e vendo seu companheiro ter que lidar com a forte turbulência no traçado italiano. Logo atrás na classificação (mas bem longe em distância na pista), Daniel Ricciardo colocava sua Renault novamente na posição de melhor do resto. O australiano se aproveitou da largada para ultrapassar Pierre Gasly, este que foi espremido por Hamilton e precisou aliviar o pé, cedendo espaço à Renault #3. Ainda assim, Gasly seguia seu fim de semana de maneira positiva, se distanciando de Charles Leclerc (sexto colocado) e mantendo razoável pressão sobre o oponente australiano. Foi então que o fim de semana terminou de maneira abrupta: em torno da volta 5, Pierre foi obrigado a abandonar por um problema de resfriamento no carro. Mesmo sem perder rendimento, a falha foi detectada pela equipe como fatal, e dessa forma a AlphaTauri #10 rumou para os boxes pela última vez no dia. 

Na semana em que Gasly foi confirmado na AlphaTauri para 2021, vale a pena focar um pouco mais em sua situação, especialmente para o futuro. Nesse fim de semana o francês deu novamente o seu show: veloz durante todos os treinos, classificou o carro na quarta posição (algo que não acontecia com a equipe italiana desde 2008) e fez o que pode na curta corrida. Ficar na AlphaTauri não era o maior desejo de Gasly, bem como não parece a opção das mais promissoras. Porém ao mesmo tempo não é o fim do mundo. A equipe fez muito bem para Pierre, que recuperou seus melhores dias desde o retorno a Faenza na metade de 2019, e isso pode ser a base para que Gasly siga com seu bom trabalho ano que vem. Em contrapartida, será difícil manter a curva de crescimento, afinal 2020 já está bem além das expectativas. Com a próxima temporada sendo mais normal, a maior dificuldade de Gasly pode estar em justamente perder os holofotes que conseguiu nesse ano, sendo dessa forma uma opção de menos valor em uma possível negociação ao final de 2021. Mas é claro, se Pierre conseguir demonstrar que é mesmo diferenciado, todas essas conjecturas cairão por terra, e nesse ambiente propício em que está inserido poderá construir mais uma vez corridas de destaque. 

Primeiro terço de corrida completado, e era hora dos boxes começarem a se agitar. No pelotão de frente, Max Verstappen foi o primeiro a fazer as honras, trocando para os pneus duros. Prevenindo-se do undercut, a Mercedes chamou Bottas imediatamente no giro seguinte, deixando Lewis Hamilton na pista por mais tempo. A tendência era que o inglês começasse a perder tempo a medida que os pneus duros da dupla de perseguidores ganhasse temperatura. Porém, foi nesse momento que um dos fatores de sorte começou a ajudar Hamilton. Por meio de uma mensagem do seu engenheiro via rádio, Bottas foi informado que seu carro tinha danos no assoalho, resultantes de um incidente no início da corrida. Valtteri acabou passando por cima de detritos que estavam na pista, sendo que estes ficaram presos em seu bólido. Essa situação gerou uma grande perda de eficiência aerodinâmica na Mercedes #77, que começou a perder terreno frente a Hamilton. Na segunda posição, o finlandês passou a sofrer pressão de Verstappen, que vinha logo atrás. 

Ainda que fosse mais rápido, Max não era capaz de ultrapassar Bottas. tanto a turbulência como a falta de velocidade de reta da Red Bull podem explicar esse fator, que acabaria beneficiando Hamilton. Abrindo cada vez mais de seus adversários, Lewis estava a ponto de conseguir o delta necessário para fazer seu pit stop e voltar ainda na primeira posição. Foi quando novamente o destino manifestou-se a seu favor. No meio do setor 2, a Renault de Esteban Ocon parou ao lado da pista, relatando problemas de câmbio. O francês foi obrigado a abandonar, e a direção de prova precisou acionar um VSC para completar a remoção do carro amarelo. 

Foto: Motorsport.com


Com a velocidade limitada em pista, Lewis aproveitou que estava próximo aos pits para realizar sua parada, voltando ainda com mais de 10 segundos de vantagem para a dupla Bottas-Verstappen. Com pneus mais novos e a liderança em suas mãos, Hamilton estava agora na posição que mais gosta, com todas as ferramentas necessárias para conquistar uma vitória tranquila. 

Com as coisas mais encaminhadas na frente, hora de darmos espaço para as brigas e destaques do meio do pelotão. E aqui a mesma questão que impediu a manobra de Verstappen em Bottas também teve um papel determinante para a maneira como os resultados se sucederam. Como um grupo de pilotos parou primeiro do que outro, alguns encontros entre carros com ritmos diferentes entre si acabaram acontecendo. o mais evidente deles foi o de Kevin Magnussen, que fez um primeiro stint muito longo, de modo que Daniel Ricciardo alcançou-o em pista mesmo após fazer sua primeira parada. Com uma Renault notoriamente mais rápida, Daniel acabou tendo dificuldades para ultrapassar K-Mag, o que ajudou os pilotos da frente a abrirem um pouco de vantagem, dentre eles o mexicano Sergio Pérez. 

Com um carro muito competitivo em mãos, Checo fez aquilo que sabe de melhor: cuidou como um anjo de seus pneus macios, extraindo o melhor rendimento deles pelo máximo de tempo possível. Com o pelotão que tinha Ricciardo, Leclerc e Albon sendo segurado por Magnussen, Pérez conseguiu construir uma boa distância para os concorrentes, e quando a janela se abriu checo não hesitou, foi para os boxes mudando para seu composto duro. A vantagem foi suficiente para Pérez voltar logo à frente de Ricciardo, assumindo aquela que era virtualmente a quarta posição do grid. 

A boa forma de Pérez nas últimas corridas é notória, inclusive os resultados são positivos durante todo o ano. Pérez ainda não completou nenhuma corrida fora da zona de pontuação, tendo sido claramente prejudicado pelas duas provas que perdeu devido ao diagnóstico da Covid-19. Ainda assim, Checo parece ter reencontrado seu melhor ritmo, voltando a rondar as posições do pódio e liderando a equipe Racing Point em termos de resultados. Qual será o seu futuro para a próxima temporada? 

As opções são cada vez mais escassas para o já experiente piloto latino. Ainda que hajam rumores, a Williams mantém sua palavra de acerto com Russell e Latifi, enquanto a Alfa Romeo já confirmou Giovinazzi e Räikkönen para o ano que vem. Múltiplas fontes afirmam que Mazepin e Schumacher irão preencher as vagas da Haas, deixando um único assento livre na... Red Bull! A vaga é postulada especialmente por Alex Albon e Nico Hülkenberg, este último que é o principal nome nos rumores que circulam pela imprensa. 

É uma situação difícil para Checo, que certamente tem talento e habilidade para estar na categoria. Porém, como já vimos no passado, a dança das cadeiras da F1 engloba muitos outros fatores além do puro merecimento, e por isso não se pode descartar que o mexicano fique mesmo a pé. Vamos esperar pelos próximos desdobramentos, ainda que a essa altura literalmente tudo seja possível. 

Enquanto Pérez subia ao terceiro lugar, a situação de Bottas ficava enfim insustentável. Com uma perda de rendimento que parecia cada vez maior, Valtteri brigava com o carro a cada curva, e via Verstappen volta após volta mais perto da ultrapassagem. Depois de um erro na última curva, Max conseguiu colocar de lado na zona de DRS, e dessa forma completou a ultrapassagem na aproximação da Tamburello. Rapidamente, a Red Bull #33 sumiu no horizonte, deixando claro que Bottas estava completamente indefeso na corrida. Uma pena, já que essa situação minou de vez as chances do piloto #77 brigar pela vitória. 

Dessa forma, a corrida seguiu sem maiores alterações. Entrando no último terço da prova, tudo parecia que iria terminar assim mesmo. Só que o destino tinha novamente mais surpresas a caminho. Na chamada terra de ninguém Verstappen já tinha uma vantagem grande para Bottas, ao passo que não parecia com chances de incomodar Hamilton, estando a caminho de mais um pódio na temporada. Porém, o holandês não contava com o que viria a seguir. Um pneu furado na aproximação para a Tamburello, que o levou a rodar e ficar estacionado na caixa de brita! Fim de prova para Max, que ainda por cima trouxe um safety-car para as últimas voltas da corrida. 

Alguns pilotos optaram pela troca para um novo jogo de pneus macios, enquanto outros preferiram manter a posição de pista. Andando naquele momento no terceiro lugar, Pérez foi chamado pelo time para os boxes, porém a Racing Point não contava com a jogada de Ferrari, Renault e Red Bull, que deixaram seus pilotos na pista. Com isso, Checo deixou o terceiro lugar caindo para o sexto, precisando de 3 ultrapassagens em menos de 10 voltas, numa pista notoriamente travada. Decisão que se mostrou muito ruim para as ambições do time cor-de-rosa. 

Ambas as Mercedes pararam e voltaram à frente de Ricciardo, que era agora o terceiro colocado. O australiano era "protegido por Leclerc e Albon, que tinham feito a mesma estratégia e mantido os pneus duros usados para as voltas finais. Logo atrás, Pérez e Kvyat estavam de pneus macios, tentando ganhar algum terreno antes da bandeira quadriculada. 

Foto: Motorsport.com


Tudo pronto para a relargada, era hora de recomeçar... Mas espera aí, um carro bateu sozinho, e atrás do safety car!! Sim, a cena bizarra que ficou conhecida com Grosjean em Baku tornou a acontecer, e dessa vez com um piloto com muito mais mídia! George Russell, apadrinhado pela Mercedes e que defende a Williams, perdeu o controle do carro e foi de bico no muro enquanto aquecia os pneus. DNF pra ele, que estava em décimo na horado acidente, na iminência de marcar os primeiros pontos de sua carreira (e também da Williams em todo 2020)! 

É claro que, por causa de um acidente isolado, não se pode rotular um atleta. Da mesma forma, ficou claríssimo como a própria sociedade escolhe seus bodes expiatórios, afinal o lance com Grosjean é motivo de piada entre fãs, jornalistas e até mesmo outros pilotos até hoje, enquanto Russell recebeu o apoio da maior parte dos fãs e dos colegas, como Lewis Hamilton e o próprio Grosjean. 

Com um desempenho irretocável nos sábados, superando seus companheiros de equipe em todas as sessões até aqui, Russell demonstrou nos últimos dois anos que tem potencial para ser um piloto de primeiro calibre assim que conseguir um carro para tal. E George também teve sorte: o erro de hoje foi tão bizarro como o de Grosjean, e poderia significar uma perda muito dolorida para a equipe em questão ou até mesmo para o piloto, caso ele estivesse em uma equipe mais competitiva. Como a Williams terá mesmo de se contentar com a lanterna dos construtores, o erro ainda tem seu peso, mas de certa forma não muda os rumos de qualquer campeonato. Com isso, George tem seu tempo para deixar a decepção passar, aprender com ela e retornar mais forte, sem que isso afete tanto o seu psicológico. Vale lembrar que Russell é piloto da academia Mercedes, sendo um dos mais cotados para a vaga de Lewis Hamilton assim que o mesmo decidir sair da F1. Decisão essa que não parece muito longe de ser tomada... 

Passada a surpresa com o choque de Russell, restavam ainda oito voltas no relógio! A relargada foi tranquila para o pelotão de frente, exatamente o oposto do que aconteceu nas posições intermediárias. Pérez, que tentava recuperar o terreno perdido pela estratégia errônea, acabou surpreendido por Kvyat, que conseguiu fazer um bom trabalho em aquecer seus pneus macios. O russo, que demonstrou um bom rendimento durante todo o fim de semana (ainda que inferior ao do companheiro Pierre Gasly) não parou por aí, e rapidamente ultrapassou Charles Leclerc, pulando para um incrível quarto lugar! A melhor posição de Dany desde o pódio em Hockenheim-2019 poderia ficar ainda melhor, mas o outro Dany do grid (Ricciardo) não estava disposto a ceder. O australiano se manteve firme nas últimas voltas, o suficiente para manter uma distância segura e evitar qualquer manobra do oponente. P3 de novo, dessa vez não tanto pelo rendimento em si, mas sim pela capacidade de aproveitar as oportunidades, de estar no lugar certo na hora certa e fazer acontecer. Maximizar resultados é importante na F1, e Ricciardo seguiu hoje a cartilha do sucesso quanto a isso. Bom para ele e para a Renault, com ambos somando pontos decisivos para os campeonatos mundiais. 

Kvyat também conseguiu um bom salto, praticamente dobrando sua pontuação em 2020. O russo ultrapassou Sebastian Vettel no mundial de pilotos, este que até fez uma boa corrida, mas acabou prejudicado por um pit-stop lento. Quem não teve motivos para comemorar (mais uma vez) foi Alex Albon. O tailandês da Red Bull ficou preso no tráfego o temmpo inteiro, o que por si só não seria lá uma grande tragédia, já que essa foi uma questão recorrente em toda a prova. Porém, enquanto lutava por posição nas voltas finais, rodou sozinho na pista, e acabou terminando entre os últimos colocados - mais uma vez zerado. 

Por fim, a coroação da equipe Mercedes. Com a segunda dobradinha consecutiva e a quinta no ano, os alemães confirmaram o sétimo título mundial de construtores, tornando-se os donos da maior hegemonia da história da Fórmula 1. Mais uma prova do quão histórico é o período que podemos presenciar. E as marcas devem seguir como motivo de muita atenção para a próxima semana: com 85 pontos de vantagem sobre Bottas, Hamilton tem boas chances de conffirmar o heptacampeonato já na próxima corrida, o GP da Turquia. Já sendo o recordista de vitórias, o inglês tem ainda a possibilidade de alcançar a marca de 100 poles na carreira até o fim do ano, quando o principal enigma da temporada tomará lugar. Hamilton foi adiando a renovação de seu contrato, que ainda não foi efetivada! Em entrevista nesse fim de semana, Lewis disse que não sabe se estará no paddock da F1 ano que vem, ao mesmo tempo em que rumores afirmam que Toto Wolff pode estar deixando o cargo de chefe de equipe das flechas de prata. 

Por enquanto, tudo não passa de especulação. Porém é muito possível de imaginar Hamilton dando um adeus precoce a categoria. Com várias outras ocupações e ideais de vida, Hamilton é daqueles que não tem a necessidade de estarem no ambiente da Fórmula 1 até seus último suspiro, e principalmente, parece ter a sede de procurar novos caminhos, explorar novos horizontes em seus dias aqui na Terra. Como diz o velho clichê, nunca se sabe o dia de amanhã. Por isso, aproveitemos o hoje. Quem sabe o fim dessa era esteja mais próximo do que qualquer um de nós, fãs da Fórmula 1, poderíamos imaginar. 

Confira o resultado do GP da Emilia Romagna: 


Por hoje é só pessoal! uma semana de descanso pro redator e voltamos dia 15 de novembro, com o GP da Turquia. Abraço a todos e até lá! 



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Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

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