Quem acompanha minhas redes sociais sobre minha carreira como escritor sabe que sempre defendo a literatura nacional. Busco consumir obras do nosso país, porém é inegável que obras estrangeiras tem uma imensa vantagem sobre nós, se pegarmos os mais vendidos dos últimos anos em diferentes categorias veremos como obras de fora são populares entre os leitores. É ainda mais desigual quando se comparam mídias como cinema e séries. Obras estrangeiras estão sempre em um alto fluxo entre seus consumidores, somos colonizados por uma cultura estrangeira que nos aprisiona sobre um ideal que não é o nosso.


Eu não vou ser hipócrita e falar que não sou influenciado pelo que vem de fora, sou e muitas vezes entendo que não tem como apagar isso do que somos. Vivemos em um mundo globalizado, o exemplo disso é o twitter que na semana das eleições dos EUA, teve esse assunto predominante entre as pessoas. Eles são a maioria, são deles os filmes mais vistos, os livros mais comentados e as músicas mais escutadas, são eles que moldam costumes e dizem qual série está na moda ou que tipo de assunto devemos abordar. Porém, caro leitor ou leitora, aqui também tem produção.

Não ouso apontar nomes para você, escritores nacionais são diversos e seria leviano da minha parte citar A ou B, muitos são amigos e não quero cometer injustiças em relação aos apontamentos. Vale citar que em qualquer página ou grupo de escrita vemos um número grande de pessoas que ou já estão no mercado ou querem se inserir. Onde estão esses leitores? São muitos os querem produzir e poucos os que querem consumir. Não chegaremos a lugar nenhum achando que nossa competição é entre nós, o maior competidor e o que mais ganha é o de fora, temos contra nós o filme baseado em livro que tem um marketing enorme entre redes socais e críticos. Qual autor brasileiro tem tamanho espaço? Mesmo se citar alguém mais badalado qual é a proporção entre nós e eles?

É muito mais fácil para alguém que tem todo um apoio midiático do que aqueles que não tem. Entretanto agora podemos combater isso, temos voz também, devemos estar presente no cotidiano das pessoas, da mesma forma que defendo uma Museologia no dia-a-dia da população, a escrita de autores nacionais também devem estar. Não podemos apenas lançar nossos livros e ficar parado esperando a venda, devemos ser agressivos na divulgação, ir aonde o leitor está, onde a população em grande maioria está, nas redes socais.

Eu tenho uma programação de post que faço de forma diária, meu foco são as duas redes socais com maiores públicos, o Instagram e o Facebook, nas duas tenho quase três mil pessoas que consomem memes e divulgação sobre minha carreira, tudo fruto de muito estudo da área de marketing, vão desde uma linguagem mais precisa e direta até para o uso de figuras para prender a atenção. É uma tática que funciona para mim, porém tenho alguns colegas que tem canais no Youtube ou Podcast que fazem um trabalho excelente na divulgação. No fim temos espaço para isso, mesmo sendo difícil bater de frente com o que vem de fora, temos conteúdo e força para tal.

Qual livro nacional é o seu favorito? Fonte: Google

A colonização cultural deve ser combatida, não que seja errado ver o que vem de fora, mas apenas consumir ou investir no que vem de lá é, pelo menos na minha visão. Aqui temos histórias próximas da nossa realidade e feita por pessoas que se esforçam dia após dia para isso, somos tão bons quanto do lado de lá, muitos aqui são melhores. Então leitor ou leitora, queria te convidar para conhecer as obras daqui. Deixe nos comentários alguma obra brasileira que você admira. 

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Sobre a Coluna


A coluna O Mundo é um Museu é publicada sempre às sextas-feiras.
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Pablo Barbosa de Oliveira

Sou Museólogo e Escritor. Escrevo sobre cultura na Revista Pauta e no Portal Jovens Cronistas. Criador do Museu de Instagram do IAPI. Fã de Fantasia e Sci-fi.

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