Eu adoro diferentes tipos de artes, sejam elas mais provocativas ou apenas contemplativas. Amo ser envolto em sentimentos de algo construído pelo outro. Arte para mim é sensação, seja boa ou ruim, questionadora ou afirmativa. Se uma obra tem o poder de mudar ou provocar pensamentos é arte. Não sou um grande conhecedor de pintura ou escultura, gosto muito de literatura, porém creio que isso seja fantástico no mundo das artes, a múltiplas possibilidades. Mas então, com todos os tipos de arte que conhecemos, eu pergunto qual é o seu limite?


Uma das maiores e talvez mais polêmicas ações são as censuras. No Brasil convivemos por muito tempo com censuras em diferentes tipos de artes. É um ato covarde dos que temem o que não entendem, uma música como "Cálice" de Chico Buarque é tão forte que nem mesmo a censura ditatorial conseguiu calar esse protesto. E isso é belo, além de ser uma das funções da arte, algo que faz refletir sobre a nossa realidade, pois mesmo aquelas obras que se passam no futuro expressam o presente, ou até mesmo, refletem sobre o passado. Um ato sujo como a censura não pode com a arte, pois assim como a água ela se molda e passa pelos seus obstáculos.

Contudo, eu entendo que certas atribuições artísticas são para públicos específicos. No caso o público infantil, onde assuntos muitas vezes não são tão bem compreendidos sem uma experiência prévia. Não entenda que não devam ser feitos, muito pelo contrário, deve ser feita toda a forma de arte, porém deve se ter a preocupação com qual público a expressão irá atingir e como vai fazer isso. É através de diferentes obras que se consegue refletir e expor temas polêmicos, mas deve se levar em consideração ter a forma como é expressado. Eu sou um grande entusiasta de quanto mais simples melhor, quanto mais pessoas puderem entrar em contato com uma reflexão ou protesto mais positivo será o resultado. Tudo é questão de contexto e, principalmente, de sensibilidade.

Fonte:http://www.emancipacaosocialista.org

A arte é um instrumento poderoso contra a ignorância, pois com músicas, filmes e livros podemos falar e expor sentimentos que no cotidiano são reprimidos. A música é um exemplo forte disso, eu como fã de RAP reconheço o poder de protesto que esse gênero tem, assim como o poder de relato puro e verdadeiro. A literatura também é um forte meio de expressão artística, como exemplo tem Graciliano Ramos com Vidas Secas, na obra o autor expôs a vida sertaneja por meio da arte literária, e é belo como isso é feito, expressando sentimentos e situações que revelam muito sobre diferentes realidades.

Eu sempre tive a arte presente em minha vida, seja com músicas ou filmes, sempre me encantei com elas. Na adolescência descobri o poder de expressão que elas têm. Hoje entendo que é com elas que consigo me expressar, seja com fotos ou textos. Como museólogo é minha missão levar arte às pessoas, mostrar que a vida é mais que apenas produção e resultados. Nenhum ser humano sobrevive sem arte, e é fundamental que ela tenha liberdade.

E agora eu pergunto para você que lê o texto, qual o seu estilo de arte favorito e qual o seu artista preferido? Deixe aqui nos comentários sua opinião!

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Sobre a Coluna

A coluna O Mundo é um Museu é publicada sempre às sextas-feiras.
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Pablo Barbosa de Oliveira

Sou Museólogo e Escritor. Escrevo sobre cultura na Revista Pauta e no Portal Jovens Cronistas. Criador do Museu de Instagram do IAPI. Fã de Fantasia e Sci-fi.

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