Foto: Thiago Bernardes/Estadão Conteúdo

Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir o título do Campeonato Paulista 2020, conquistado ante o arquirrival, com um gosto que parecia ser amargo, mas terminou doce. Um filme cujo enredo se repetiria, mas o final foi feliz (já que não foi preciso editar vídeo dessa vez). Este texto vai falar do jogo, da conquista, do menino com personalidade, mas também algo que realmente importa que é uma projeção sobre o Brasileirão. Vamos à matéria aqui!

O jogo

O Palmeiras foi a campo com Weverton, Marcos Rocha, Felipe Melo, Gomez, Viña, Gabriel Menino, Patrick de Paula, Zé Rafael, Ramires, William e Luiz Adriano. A princípio o jogo começou tenso como era de se esperar. Palmeiras jogando um pouco mais atrás da linha da bola, encurtando os espaços do Corinthians. O Verdão chegou a primeira vez, exigindo boa intervenção de Cássio. Depois, foi um jogo mais amarrado, vendo que Jô perdeu duas boas oportunidades, uma em falha de Weverton, e outra em gol bem anulado (impedimento). 

Começou a segunda etapa e era necessário mais do Palmeiras. Saiu Menino para a entrada de Bruno Henrique. O resultado veio de maneira quase que imediata, visto que logo aos três minutos, Viña acertou mais cruzamentos que Diogo Barbosa em todo o campeonato, dando bela assistência a uma bela cabeçada de Luiz Adriano: 1x0. O Corinthians atordoou com o gol e o Palmeiras teve duas boas chances: uma em contragolpe puxado por Rony que entrou no lugar de Ramires e outra com William que quase aproveitou boa jogada do mesmo Rony.

Então, Vanderlei Luxemburgo começou a entrar em ação e testar o coração alviverde alheio. Fez simplesmente algumas trocas que não dá para entender. Tira William e Luiz Adriano para as entradas de Raphael Veiga e Scarpa que, se você que está lendo esse texto já leu outras crônicas, já sabe meu posicionamento em relação a ambos que entraram. Fato que o verdão perdeu as referências no ataque e qualquer chance de prender o jogo. Com isso, se tornou um "show" de posse de bola do Corinthians com espaços para o contragolpe.

Infelizmente os contra ataques caíram nos pés de Gustavo Scarpa por duas vezes. Que poderia muito bem ter prendido a bola no ataque ou ao menos ter acertado o gol quando Cássio estava 20 metros adiantado. Mas ele perdeu a bola. Isso poderia ter custado muito a taça. Mas a torcida iria cair em cima de outro Gustavo: Gomez. último lance de jogo, pênalti claro - daqueles que não precisa nem de VAR, nem de quinto árbitro. Jô converteu e mandou a partida e decisão para as penalidades.

"Sãos" Weverton e de Paula

Foto: Flickr/Palmeiras Divulgação

Então, vieram as penalidades. O Palmeiras levemente abatido pelo gol no fim contra o Corinthians empolgado e motivado. Parecia que o filme iria se repetir. A mesma história, vantagem, decisão por pênaltis, em casa... mas não. Dessa vez, não. 

Weverton e Cássio brilharam nas primeiras cobranças. Mas Weverton se agigantou na batida de Cantillo para deixar o Palmeiras em vantagem. Scarpa trancou a torcida inteira ao cobrar o PIOR pênalti que já vi na vida (mas entrou). A bola decisiva estava nos pés de um menino. Patrick de Paula. 20 anos, jóia da base do Palmeiras, carregando um peso: 12 anos sem título paulista somado com a decisão perdida em 2018. O rapaz simplesmente ignorou a pressão e afundou as redes de Cássio. Weverton e de Paula: gigantes!

Palmeiras voltou a erguer a taça do Paulistão depois de 12 anos. Pela quinta vez consecutiva com Vanderlei Luxemburgo. Indiscutivelmente, ao lado de Luiz Felipe Scolari, é o maior treinador do verdão. Mas lembrem-se: maior não quer dizer melhor!

Foto: Wilian Oliveira/Estadão Conteúdo

Agora é Brasileirão

Pessoal, menção honrosa à grandeza de Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, que é indiscutível, seu desempenho como técnico vem sendo discutível e com razão. Pelos textos do blog, já não é de hoje que suas alterações estão um pouco esquisitas, para não dizer defasadas em relação aos dias atuais. Retirar dois homens do ataque para colocar dois meio campistas foi simplesmente chamar ainda mais o adversário para o campo de ataque.

Agora, em termos de pontuação, vamos refletir: o Palmeiras enfrentou times de série A cinco vezes nesse Campeonato Paulista: Santos e São Paulo, uma vez cada e Corinthians por três vezes. Foram quatro empates e uma derrota. O que intriga é que não foi nenhuma vitória, mesmo ante equipes em construção ou má fase. Três jogos contra o mesmo time e nenhuma vitória. 

Claro que muitos podem pensar que no brasileirão há times "piores" tecnicamente. Mas dói ver um time sem uma armação. Sem proximidade de jogadas. Sem chutes de fora da área. Os únicos responsáveis são os meninos da base do Palmeiras. 

Em uma visão fria, esquecendo a comemoração e o calor da mesma, o Palmeiras tem ainda muito a evoluir se quiser sonhar grande no Brasileiro. E me refiro à brigar por vaga na Libertadores.



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Leonardo Paioli Carrazza

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