Estamos em um momento em que repúdio ao racismo vem se tornando cada vez mais comum, as pessoas estão tendo consciência de que o racismo torna a sociedade estagnada em uma visão preconceituosa e antiquada. Como Djavan diz em sua música Solitude: "uma sociedade louca, evolui aos poucos, pela contramão". Nesses dias em que o racismo vem sendo criticado com o povo nas ruas pedindo pela igualdade racial, algumas personalidades do governo federal, a exemplo o presidente da Fundação Palmares, vem sendo criticado e acusado de ter feito comentários racistas, os quais ele fez e não acha que se trata de racismo. Em um período de total reflexão sobre a causa, o presidente Bolsonaro que também já fez comentários racistas, referentes até mesmo a um deputado da sua base, Hélio Bolsonaro, que segundo o presidente teria dado uma "queimadinha" no "forno" (útero) da mãe.

 
O racismo estrutural está presente no governo como também em nossa sociedade. Quando digo nossa sociedade não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, como nos Estados Unidos (EUA), onde George Floyd, um homem negro, foi morto sem nem ao menos apresentar perigo ou qualquer reação a policiais, que diziam que o mesmo era um criminoso, e por fim asfixiaram o homem até sua morte. E o povo está nas ruas protestando pelo ato que é "comum" dentro da policia americana, que já ceifaram outras vidas por conta da cor da pele. Isso não acontece apenas nas policias americanas, mas, infelizmente, em todo o mundo é presente tais atos. São vidas como a do Miguel, que morreu caindo do 9 andar, procurando sua mãe, que teria saído com os cachorros da patroa, e tinha deixado o menino na responsabilidade da mesma.


Não são apenas números, mas vidas, pessoas, humanos, que são mortos e discriminados apenas por conta da cor da pele. Mas não é de agora, nosso racismo é estrutural, desde o Brasil colônia, onde se eram escravizados negros e índios, principalmente negros, que segundo jesuítas eram amaldiçoados. Mas as populações indígenas que também eram impactadas com a influência preconceituosa de grupos que se achavam superiores, por serem brancos. O Brasil foi o último país a abolir a escravatura, em 1888, por apenas uma articulação política frustrada da princesa Isabel, que libertou os negros, mas não deu qualidade de vida para os mesmos. Nosso racismo é mais uma má herança dos nossos antepassados.

Desde 1888, poucos projetos para colocar o negro ocupando suas verdadeiras funções dentro da sociedade, não sendo diferido por conta da sua cor da pele e também tendo oportunidades de ocupar todas as funções de forma iguala os brancos. Projetos de presidentes da república velha, que trouxeram os imigrantes asiáticos e europeus para "branquializar" a população brasileira tiraram as oportunidades de emprego. Todo racismo é uma herança, que devemos combater.


Não podemos dizer que o racismo é comum e nem deve ser tratado como se fosse uma coisa comum. Esse artigo é um manisfesto contra o racismo estrutural da nossa sociedade e contra todas as formas de preconceito presente em nossa sociedade. E lembre-se que o racismo mata, George Floyd é apenas mais um caso entre outros, e isso não pode ser comum. Diga não ao racismo e à atos de racismo que convivemos.

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Antonio Cardoso

Sou escritor e poeta maranhense. Nasci na cidade de São Luís-MA, onde moro. Sou nordestino, com muito orgulho.

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