Antes fosse o único problema do (des)governo Bolsonaro o fato de o seu ministro da Educação não saber escrever. Isso mesmo. Não sabe escrever, já que é notório que Abraham Weintraub não conhece as regras da ortografia e jamais se aventuraria a entender a complexidade de nossa escrita. O grupo político sob o comando do capitão ultrapassa todas as barreiras da racionalidade e permite-se, desde sua posse (ou antes, quando ainda se reunia para garantir o apoio dos setores hoje beneficiados), a moldar sua atuação como presidente privilegiando estratos específicos da sociedade em detrimento da maioria da população, que nunca legitimou seu trato à frente do Planalto, e, certa medida, daqueles que, ainda hoje, não escondem terem sido seus eleitores e são seus apoiadores de primeira ordem.
Jair Bolsonaro engana a plateia, nesta fase do game majoritariamente composta por aqueles que o apoiam (os opositores já entenderam a dinâmica bolsonarista de confundir e estabelecer cortinas de fumaça para encobrir desmandos), enquanto sua entourage corta mais de um milhão de beneficiários do Bolsa Família ao mesmo tempo que estuda maneiras de beneficiar grandes igrejas evangélicas (só as maiores); não propõe saídas à inflação galopante dos últimos meses, sobretudo no consumo de alimentos e bebidas, além do setor de aluguéis, e aprova aumento do salário mínimo sem ganho real; e faz que não ver a fila de milhões de brasileiros desempregados e comemora o ascensão de tantos outros o grupo de trabalhadores informais.
Nesta edição do Redação JC, os cronistas Adriano Garcia, Claudio Porto e Pedro Araujo comentam o que foi notícia na última semana, com a participação especial de Matheus Bandeira e Ulisses Santos, ambos estreando no projeto JC.
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