Foto: Rebeca Reis/AGIF
Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional! Vamos repercutir a vitória maiúscula do Palmeiras ante o Goiás por 5x1, em jogo disputado no estádio Brinco de Ouro da Princesa em Campinas. Jogo que marcou o primeiro pós o corte de gasttos (se é que me entendem) e de Mano Menezes. Para isso, o Palmeiras foi a campo com o treinador interino Andrey Lopes. Mas tivemos despedida e estreia profissional! Vamos ao jogo.

Palmeiras foi a campo com Weverton, Marcos Rocha, Luan, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Matheus Fernandes, Bruno Henrique, Raphael Veiga, Lucas Lima, Zé Rafael e Dudu. A torcida não estava muito animada no começo ao ver Dudu escalado como atacante teoricamente isolado. Ficaram mais desanimados ainda quando o Goiás chegou a fazer o gol que anularam logo em seguida. Contudo, parece que foi o que o Palmeiras precisou para dar uma acordada. Lucas Lima deu aquele passe que em 2 anos de Palmeiras não tinha dado ainda e deixou Zé Rafael na cara do gol para fazer 1x0. Minutos mais tarde, Diogo Barbosa fez falta FORA da área e o juiz deu pênalti (nem VAR foi chamar). Rafael Moura empatou para 1x1. Ainda no final do primeiro tempo, Palmeiras promoveu uma boa troca de passes que terminou em um voleio "espirrado" de Dudu que desempatou a partida.

A segunda etapa tem que ser olhada com certo carinho. Aos 11 minutos, Andrey fez a primeira troca: sai Zé Rafael, entra Gabriel Veron. Melhor jogador do mundial sub-17. Uma joia da base jogando. Com nome de Gabriel ainda! (Boas lembranças, torcedor? E não estou falando daquele torcedor que o Oswaldo de Oliveira criticou na coletiva!). Aos 23 minutos, Veiga deu espaço para Jean. E veio de Jean o passe para o terceiro gol que deixou Veron na cara do gol aberto para ampliar o marcador. 3x1. Se estava bom, faltava uma assistência. Veron caiu pelo lado esquerdo do ataque em jogada individual e serviu Dudu que ampliou. E faltava mais um gol: adivinha de quem? Gabriel Veron castigou as redes do Goiás mais uma vez. Belíssima estreia, fim de papo.

Andrey armou um esquema sem centroavante fixo, mais leve no ataque. A princípio funcionou. A primeira etapa foi mais apertada, pois o árbitro se equivocou ao marcar a infração de Diogo Barbosa - por mais que seja alvo de algumas críticas do blog, ontem não teve culpa. Dudu de "centroavante" gerou uma certa dúvida, já que a equipe só vinha jogando na base de chuveirinho na área, mas foi visto algo diferente ontem à noite. Jogadas pelo chão, Lucas Lima se apresentando ao jogo, meio de campo mais leve e ataque também. Motivos para empolgar? NÃO! Vale lembrar que após a demissão do Felipão, o Palmeiras até que apresentou um bom futebol nos três primeiros jogos de Mano Menezes. Depois, ficou em um marasmo sem fim. Resta saber qual Palmeiras podemos esperar para 2020: o do marasmo ou o mais leve? Será que dependeremos tanto assim do treinador? É preciso pensar a respeito no começo. Sem grandes alardes, mas com trabalho. Com presidente mandando no clube com decisões corretas, orientando bem a comissão técnica e nada de patrocinadora mandar. Uma boa despedida em casa do Palmeiras.

Edu "say goodbye" Veron "say hello"

Edu Dracena (esq.) Gabriel Veron (dir.) - Mauro Beting
Agora vamos falar da despedida de ontem. Edu Dracena deu coletiva na quarta feira (4) se despedindo do futebol. Edu iniciou no Guarani de Campinas e quis o destino que encerrasse a sua carreira em um estádio que foi a sua casa por muito tempo. Dracena que sempre foi um bom capitão, serviu bem nas campanhas vitoriosas do Palmeiras nas conquistas do enea e decacampeonatos brasileiros. Edu que sempre se comprometeu com o clube, nunca faltou com respeito à entidade e sempre trabalhou, mesmo quando não era escalado de titular.

Não à toa que Edu Dracena pertence a um grupo de jogadores que no jargão popular pode-se dizer que "fede a títulos". Ganhou tudo por onde passou, mas no Palmeiras em quatro anos conquistou 2 títulos Brasileiros. Toda a sorte para Edu no pós-chuteiras. Tem o carinho e o respeito da torcida, pode ter certeza disso.

Agora vamos à estreia com pé direito. Gabriel Veron mostrou as caras e deu realmente outro dinamismo para a partida. A pergunta que fica é: nossos problemas estão resolvidos dentro de campo? Não. Esse é o pensamento que o torcedor tem que ter para não depositar o PIANO de carga que o Palmeiras tem, nas costas de um menino recém promovido da base e que vem celebrando cada conquista própria em suas categorias. Digo isso, pois é normal do palmeirense pegar o primeiro jogo abaixo da média do jogador e execrar (quantas vezes não vi Gabriel Jesus sendo xingado?). Então é ter calma.

Ontem estreou bem, fez dois gols, moral lá em cima, mas o torcedor tem que ter cuidado. Não dá para ele marcar dois gols todo jogo. Não é todo jogo que ele vai deixar dois zagueiros comendo grama. Não será TODO CLÁSSICO que ele irá decidir. O menino tem que amadurecer, tem que evoluir. Para falar a verdade, não só ele, mas a base do Palmeiras TEM QUE SER APROVEITADA no time profissional. Não pode mais ficar contratando à rodo, aleatoriamente - olha aí uma amostra da nossa base! Toda sorte do mundo para você, Gabriel! Mas se você continuar marcando dois gols por jogo, todo jogo, teremos um torcedor sempre pedindo seu nome no campo e a reação do treinador será igual a essa da imagem abaixo: 




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Leonardo Paioli Carrazza

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