Olá fãs da velocidade! Voltamos nesse domingo para falar de Fórmula 1, mais especificamente sobre o Grande Prêmio dos Estados Unidos, a prova desse fim de semana e que confirmou o sexto título mundial do inglês Lewis Hamilton! Depois de um sábado atípico, Hamilton mostrou-se combativo no domingo, dando trabalho para Valtteri Bottas até as últimas voltas. O finlandês se valeu de uma estratégia melhor, aliada a um bom ritmo de corrida para vencer pela quarta vez no ano, garantindo o vice-campeonato da temporada. Max Verstappen fez outra excelente corrida, sendo o único a se intrometer no passeio da Mercedes e garantindo um lugar no pódio. Confira conosco o que de melhor aconteceu no GP estadunidense à partir de agora:

Foto: Getty Images


Já na largada, a carruagem começou a desandar para a Scuderia Ferrari. Depois de um sábado promissor, que colocou Vettel na segunda posição e Leclerc em quarto, o time italiano viu Charles ser ultrapassado por Hamilton, enquanto Vettel jamais conseguiu sequer correr no Circuit of the Americas. Danos na suspensão traseira direita do alemão atrapalharam seu ritmo durante as primeiras voltas, até que, antes mesmo de completar 10 giros, a peça quebrou ao encontrar uma ondulação no lado de fora da pista, obrigando a Ferrari #5 a se retirar da corrida. Domingo desapontante para Seb, que vinha numa crescente na temporada e poderia se apresentar como uma das surpresas dessa etapa. Mais ainda para a Ferrari, que não conseguiu fazer absolutamente nada com Charles Leclerc, terminando quase 1 minuto atrás dos líderes da prova. Já que não há mais nada em jogo, a equipe pode aproveitar o momento para entender o que vem dando errado e consertar à tempo do início da próxima temporada. O certo, é que, com o ano se encerrando, o balanço dentro do time de Maranello é mais uma vez negativo, especialmente levando em conta todo o hype criado após os testes de pré-temporada em Barcelona. Mesmo que seja difícil, vamos esperar que a Ferrari consiga encontrar um rumo claro, e volte para brigar mais forte e consistente no ano que vem.

Com o desastre Ferrarista, Max Verstappen subiu para a segunda posição, enquanto Lewis Hamilton alçou-se ao terceiro lugar, ambos atrás e Valtteri Bottas, que seguia líder. O trio seguiu firme na mesma balada, se desgarrando de Leclerc, até que os pneus de Verstappen começaram a perder rendimento. Vendo a distância para Bottas aumentar e a vantagem para Hamilton cair, o holandês antecipou sua primeira parada, tentando um undercut sobre Valtteri. A Mercedes, atenta, decidiu chamar o piloto do #77, e foi graças à essa decisão rápida que Valtteri manteve a primeira posição em pista, essencial para que o piloto pudesse controlar a corrida.

Foto: Motorsport.com
Mais uma vez em uma situação de 2 contra 1, a equipe Mercedes decidiu dividir suas estratégias, colocando Lewis Hamilton num plano de apenas 1 parada. Dessa forma, o inglês teria posição de pista, e sairia favorecido em caso de safety car. Porém, se o carro de segurança não aparecesse, Lewis teria que defender a posição nas voltas finais com pneus já desgastados e sem aderência. Esse tipo de decisão, do ponto de vista da equipe, costuma ser sempre acertada. Dessa forma, a Mercedes competia em duas vertentes caso a estratégia principal do time não funcionasse, e além disso, poderia evitar discórdia entre os pilotos com relação a volta escolhida para o pit de cada um deles, caso tivessem uma estratégia semelhante. São detalhes que por vezes passam despercebidos, mas são imprescindíveis para que o time consiga capitalizar em qualquer situação, somando o maior número possível de pontos e aparecendo numa posição privilegiada no campeonato. É a definição de uma equipe bem liderada, e que por isso, obtém sucesso.

Enquanto Bottas e Verstappen perseguiam Hamilton, as batalhas no meio do pelotão rolavam soltas. À essa altura, Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen assumiam os holofotes. O finlandês largou das últimas filas após ser eliminado ainda no Q1, partindo para uma estratégia diferente, largando com pneus macios. E de início, o plano funcionou! Em poucas voltas Kimi alcançou a zona de pontuação, e mesmo após a primeira parada continuou no bolo, ainda lutando por pontos. Já Ricciardo teve um caminho mais "tranquilo", largando do top-10. O australiano porém teve uma excelente largada, e contou com o abandono de Vettel e o toque entre Albon e Sainz para assumir uma grande quinta posição, levando a Renault a um patamar equivalente à da concorrente McLaren. Grande trabalho de Daniel!

Foto: Motorsport.com
Voltando ao pelotão de frente, era chegada a hora do pit stop de Lewis Hamilton. Com o companheiro e principal adversário dessa prova na sua cola, Hamilton desobedeceu a ordem da equipe Mercedes, optando por adiar o pit em uma volta, tentando forçar Bottas a perder tempo durante a manobra. O plano porém não deu certo e Bottas passou com tranquilidade por Hamilton, reassumindo a liderança.

Com pneus mais novos, Lewis tirou a diferença gradativamente, até que a segunda rodada de pits tivesse início. Mais uma vez, Verstappen foi o primeiro a entrar, com Bottas o seguindo imediatamente uma volta depois. O bom ritmo do finlandês durante a prova ajudou a construir uma margem segura entre a Mercedes #77 e a Red Bull #33, e Valtteri voltou com tranquilidade à frente do holandês. A missão agora era apenas uma: descontar os 10 segundos sobre Hamilton nas últimas 20 voltas.

E o finlandês começou com estilo: uma volta voadora logo no retorno à pista e a diferença despencou para a casa dos 7 segundos! Dali pra frente, a impressão que ficou foi de que Valtteri tinha a corrida sob controle. Com a necessidade de manter os pneus bem conservados para tentar a manobra, Bottas não forçou, administrou bem o equipamento e jogou com o regulamento debaixo do braço, uma das maiores virtudes do piloto finlandês.
Já faltando menos de 10 giros para o fim, a diferença ficou finalmente no visual. Sistematicamente mais lento, a tendência era que Hamilton sequer conseguisse se defender, mas o inglês foi corajoso, dividiu a freada na saída da reta oposta e forçou Bottas a ir para a área de escape, sobrevivendo à primeira investida. A missão porém se tornaria impossível uma volta depois: já nos últimos suspiros do pneu, Hamilton não conseguiu evitar o uso do DRS por parte de Bottas, e novamente na enorme reta oposta do circuito, Valtteri abriu caminho para o que viria a ser sua quarta vitória na temporada.

Para Hamilton, o dia ainda não tinha acabado. Max Verstappen vinha na terceira posição, sedento para subir mais um degrau no pódio, e o inglês precisava tirar rendimento de onde não tinha para conseguir lutar pela posição. Mas, graças as suas voltas sem erros e ao abandono de Kevin Magnussen (que causou bandeira amarela no trecho da reta oposta, minando as chances de ultrapassagem naquele ponto) Hamilton manteve o segundo lugar, completando a nona dobradinha da equipe Mercedes na temporada! Max também deve ficar orgulhoso: uma corrida muito sólida, sendo o único intruso no domínio da Mercedes, e uma decisão sensata, ao não arriscar uma manobra ilegal sobre Hamilton nos momentos finais da corrida.

Ainda antes da bandeirada, deu tempo para Daniil Kvyat aprontar mais uma das suas. O russo tentou uma manobra suicida sobre Sergio Pérez, completando a ultrapassagem mas avariando completamente o carro do mexicano. O resultado foi uma punição para o piloto da STR, que acabou relegado ao 12o. lugar. Pérez, que fez excelente prova de recuperação, completou em décimo após largar do pit lane. Hülkenberg também merece elogios, se valendo de um ritmo muito forte no último stint para alcançar o nono lugar, mesma estratégia de Lando Norris, que voou no último terço de prova, alcançando um bom sétimo lugar geral. Daniel Ricciardo confirmou um exibição fantástica, levando a limitada Renault a sexta posição.
Foto: Motorsport.com

Fim de prova e todos os holofotes se voltam à Lewis Hamilton. A comemoração pelo sexto título mundial, tanto da equipe como do próprio piloto, nem foi das mais exageradas, afinal o campeonato já estava selado, e já fazia um bom tempo.
Completamente dominante na primeira metade da temporada, vencendo 8 das 12 corridas, Hamilton construiu uma enorme vantagem sobre o rival Valtteri Bottas, o único com carro e uma equipe de apoio boa o suficiente para incomodar na luta pelo hexa. Mas faltava o talento natural. E quando há o encontro entre o melhor piloto, um carro competitivo e a melhor equipe, eles se tornam praticamente imparáveis. Parabéns à Hamilton pela hexacampeonato mundial de pilotos, sem dúvida nenhuma um dos maiores nomes na história do automobilismo!

Hamilton confirma o título mundial alcançando 381 pontos contra 314 de Valtteri Bottas. O finlandês também garante o vice-campeonato, já que Charles Leclerc aparece em terceiro com apenas 249 pontos. Max Verstappen vem em quarto com 235, e Vettel é o quinto com 230.

Nos construtores, a Mercedes é absoluta com 695 pontos, seguida pela Ferrari com 479 e pela Red Bull com 366. A briga mais interessante segue sendo entre Racing Point e Toro Rosso. Na sexta posição, a equipe britânica tem 65 pontos ganhos, apenas um à frente do time júnior da Red Bull, com 64.

Confira o resultado do GP dos EUA:
Resultado final do GP dos Estados Unidos — Foto: Reprodução/FOM

Por hoje é só pessoal! Voltamos daqui a duas semanas cobrindo o GP do Brasil. Abraços e até lá!



Se inscreva em nosso canal no Youtube: TV Jovens Cronistas e confira nossos conteúdos esportivos, toda segunda tem "JC Esportes" com os destaques do Brasileirão, dê sua opinião que é fundamental, seu like e divulgue para os amigos! 

Curta nossa página no Facebook: Jovens Cronistas!, siga-nos no Insta: @jcronistas 

Compartilhe:

Ricardo Machado

Um sonhador, que anseia por deixar sua marca no mundo. Apaixonado por automobilismo, futebol, letras e pelas tardes frias e chuvosas de inverno.

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours