Foto: AFP

Amigos! No final acabou "dando tudo certo", ao menos para os resultadistas. Para muitos, o placar de 3 x 1 ante a República Tcheca (que nesta mesma data-FIFA tomou de CINCO da Inglaterra) vai mascarar toda a desorganização que vimos no selecionado Brasileiro, sobretudo na etapa inicial. Para outros, que tem rusga pessoal com o treinador por questões clubísticas, nada vai prestar até que ele caia. Nós aqui, procuramos analisar a atuação como um todo. Assusta a desorganização, que nem combina com Tite, mas os meninos deram esperança para a sequência da jornada.


Foi uma etapa inicial horrenda, como dito inicialmente, tanto de onde ele veio, como agora na Seleção, Tite sempre primou pela organização do time. Ante os tchecos isso caiu por terra. O time parecia (e efetivamente era) um bando em campo, o meio campo totalmente desorganizado, fazia com que as bolas estourassem na entrada da área Brasileira, dando trabalho para a zaga e para Alisson. Eles eram melhores e mereceram sair na frente.

Em uma infelicidade de Allan, a bola sobrou para Pavelka abrir o placar para os tchecos aos 36 minutos. Só o susto do gol sofrido não foi suficiente para o time reagir (ainda que tenha sim tentado) e retomar o controle da partida. Antes do intervalo o time adversário seguiu chegando perigosamente. Felizmente veio o intervalo e com a cabeça a prêmio, Tite tirou Paquetá que assim como todo o time estava mal e colocou Everton Cebolinha. As coisas passaram a funcionar na etapa final.


Everton fez nada menos do que faz no Grêmio, foi o cara do drible, da jogada individual, da quebra de marcação tão importante que faltou ante o Panamá (clique) e na etapa inicial, ainda que sequer jogadas ofensivas interessantes tenham havido. Na segunda chegada da equipe, aos quatro minutos passe longo de Danilo, o defensor adversário Selassie falhou feio e Firmino tomou a frente e saiu na cara do gol para guardar.

Depois disso o time se soltou, ganhou confiança e as mudanças efetuadas por Tite, ainda que aparentemente nenhuma grande orientação tática tenha sido dada, surtiram efeito e vimos um Brasil dominante, ainda que contra um adversário que não vive um momento nada fácil.

Ainda que após o empate a seleção tenha exercido, mesmo que sem brilho e sem organização, o controle do jogo na etapa final, a virada só veio após as demais principais mudanças no time. Neres e Arthur entraram muito bem e com dois comandantes de ataque flutuando, com a entrada de Jesus o time envolveu a frágil defesa tcheca e virou o jogo.

Aos 37 minutos, jogada de Neres pela ponta e cruzamento para Jesus definir. Aos 44 foi de Allan a jogada, para a conclusão do ex-Palmeiras. Foram os meninos que salvaram uma exibição ruim do Brasil e pelo menos a princípio, deram um fôlego ao ex-amado Tite.



Sim, foi muito legal ver como Neres entrou e como Arthur recuperou o meio-campo do time, Everton supriu a ausência de Neymar, coisa que não se tinha conseguido no jogo passado, enfim, foi legal ver os garotos, a grande questão é que não se acha onde foi a contribuição tática de Tite para que eles funcionassem melhor. Tendo em vista este aspecto, é assustador tanto para nós comentaristas, quanto sobretudo para o próprio Tite ver o tamanho da desorganização tática da equipe na etapa inicial deste jogo, o que não aconteceu ante o Panamá, que aqui comentamos. O Brasil dominou o Panamá, o que não teve foi movimentação, jogada individual, penetração. Neste jogo, o meio-campo foi totalmente dominado no primeiro tempo pelo adversário, algo inconcebível em se tratando de Tite e de Seleção Brasileira, ante um adversário em crise como a República Tcheca.

Diante de todo esse contexto periculoso para Tite, soma-se o fato de que ele quando foi chamado pra trabalhar na Seleção era o escudo da CBF, que superou até mesmo o anticorintianismo para ser amado pelo povo, baluarte da ética, clamado pelo povo até para ser o candidato à Presidência e por fim, garoto-propaganda ideal. Passada a derrota ante a Bélgica e a dificuldade na reconstrução da equipe, culminando com duas atuações fracas na última data-FIFA antes da Copa América. Tite muda drasticamente de cenário, de escudo a vidraça. Isso parece ter bagunçado a cabeça do técnico, que já tem até nome no imaginário popular para substituí-lo, Renato Portaluppi, o popularmente conhecido como Gaúcho, de futebol vistoso e vencedor no Grêmio.

Vejam, a minha capacidade crítica está acima do fato de que sou um grande fã de Tite, por isso todas as as observações que vocês tem lido aqui. Independente das críticas e do respeito a Tite, bem como também de ser fã de Portaluppi, penso que o técnico gremista precisa ainda galgar alguns degraus para estar pronto para ser técnico da Seleção Brasileira, precisa AMADURECER mais. Porém, dependendo do desempenho na Copa América, essa etapa pode ser queimada. Ou a CBF só muda o nome e mantém a metodologia de trabalho, chamando Fábio Carille. E vocês, acham mesmo que Portaluppi está pronto para assumir a Seleção? 





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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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