Amigos e Nação Corinthiana! O Corinthians manteve o tabu ante o São Paulo, num jogo onde dentro das limitações seríssimas que tem a equipe, a exibição até que foi boa, com muita luta, com o time buscando a vitória até o final. Porém, pegando carona na sandice dita por um futuro ministro do próximo governo, o "inimigo externo" que é a CBF mais uma vez agiu, através da arbitragem, o que propiciou o empate em 1 x 1, mas o mais grave é o inimigo interno, que hoje tem a caneta na mão.


O jogo começou muito disputado, muito travado no meio, até pela limitação técnica de ambas as equipes, mas o que se via era um Corinthians melhor em campo, chegando mais ao ataque e na bola parada veio aos 34 minutos o lance capital do jogo. Falta lateral que Jadson alçou na área, ela foi ao segundo pau e desviada sobrou na pequena área para Danilo que mandou pro gol, Jean fez a defesa dentro do gol, a TV mostrou claramente que a bola entrou muito, um metro praticamente, mas o adicional atrás do gol "não viu" e o time foi prejudicado mais uma vez no campeonato.

Outro lance capital foi aos 42 minutos, quando Danilo recebeu no bico esquerdo e cruzou, infantilmente, Bruno Alves atropelou Romero, mas novamente nada foi marcado. O juiz vinha em um expediente de tentar controlar o jogo com cartões, o primeiro cartão que Araos recebeu foi tolo, aos 22 minutos. Nos acréscimos o chileno acertou o rosto de Reinaldo, o árbitro esqueceu que havia lhe dado amarelo e aplicou outro, só veio a expulsão quando alertado pelos adversários. Será que se ele não tivesse dado o primeiro cartão de forma descabida, daria o segundo? Pressionado, o atrapalhado Rodolpho Toski Marques teve de confirmar a expulsão.


Com um a menos, Ventura optou por sacar Danilo no intervalo e colocou o meia Thiaguinho revelado pelo Nacional. Mesmo com a alteração ofensiva de Aguirre, com a entrada de Everton, o Corinthians seguia melhor na etapa final e mais uma vez o árbitro auxiliar de fundo se omitiu, quando Arboleda intencionalmente ajeitou a bola na mão aos 15 minutos dentro da área. O time seguiu em cima e dez minutos depois enfim abriu o placar, jogada bem trabalhada, com a participação do menino Thiaguinho e bola ajeitada para Ralf bater firme, rasteiro da entrada da área para enfim, abrir o placar. Porém, mesmo com o Corinthians dominante, o rival chegou ao empate dez minutos depois com Brenner, que desviou a finalização de Nenê. Nos minutos finais o SPFC ensaiou uma pressão, mas logo o Corinthians conseguiu retomar o controle do jogo, porém de forma insuficiente para a busca da vitória.


Vejam, mesmo com sérias limitações, o time foi empurrado pela torcida, jogou melhor e criou (fez gol que "não foi visto" inclusive) o suficiente pra vencer mais este clássico. Claro, o adversário sentiu a Arena como sempre, não vive um momento fácil. Mas o trabalho em campo, dentro das graves limitações está sendo feito, o treinador está fazendo o que pode com o pouco que tem, sacou do time o Avelar, que infelizmente sentiu o peso da camisa e não deu certo. Fez o que tanto pediam, usar Araos como segundo volante e ele mais uma vez (palhaçada do árbitro a parte) agiu como um moleque sendo expulso. Não colocou Vital que não agrega em absolutamente nada, testou Thiaguinho, que aproveitou bem a chance. Foi um time que jogou pra cima, enfim, por isso que sem pregar que deva ficar pra 2019, contrariando os luxistas eu insisto que com o que tem, Ventura faz o que pode, tenta de tudo, a questão é que o inimigo interno não o dá condições de trabalho, não o deu um time qualificado, o time foi depenado.

Mas antes de falar do inimigo interno, o externo, que tem sido a CBF, as arbitragens lastimáveis. Nós vivemos no país um momento onde se deseja exterminar as oposições, em diversos níveis. Há sim uma clara retaliação ao Corinthians por conta do não-apoio do atual presidente a esta cúpula que vai se eternizando no poder. Vários erros prejudicam o clube ao longo do campeonato, evidentemente isso não isenta a ingerência diretiva e erros técnicos e táticos, mas se fosse acontecer o tal do rebaixamento (não vai), isso teria sim de ser fortemente analisado. Como o nosso papel é comentar e não reportar, não me cabe fazer levantamento de erros, foram vários, eles estão aí e a piada do "troco" que fazem os adversários, só mostra o quão baixa é a discussão de futebol no país, lamentavelmente.

Pra encerrar esse tópico falando sobre erros de arbitragem, sobre o inimigo externo, um alerta que faço até mesmo ao meu colega representante do Inter, Mario Magalhães, bem como a todo público. CLUBE NENHUM vetou VAR, quem vetou VAR foi a CBF querendo passar custo astronômico e SUPERFATURADO para os clubes, querendo tornar o VAR outro instrumento de seu SOBRELUCRO. A briga é com a CBF, que deveria ter instituído o recurso (recurso que é operado por humanos e por isso também há erros e pesos de interesses e camisas sobre ele) subtraído o investimento de seu astronômico lucro. Temos de parar enquanto torcidas, de nos jogar uns contra os outros. Por isso rechaço essa conversa de que Ricardo Rocha ficou dez minutos trancadinho com juiz, ele ficou meia hora conversando com o próprio Sánchez. Isso é jogar pra galera e se esconder das responsabilidades.

Por fim, tenho que falar do inimigo interno, que é Andrés Navarro Sánchez, ele mesmo, o presidente. Eu apesar de fazer uma ferrenha oposição como jornalista, como torcedor (não tenho qualquer influência política, ou ligação com os Garcia ricos) não sou hipócrita e tenho de reconhecer que na primeira gestão houve um trabalho exitoso de reconstrução do clube, que culminou com a conquista do Mundial, com a formação de grandes elencos, um modelo de futebol único e vencedor, enfim, houve a parte exitosa de seu projeto e até mesmo eu já me peguei o colocando como "o maior presidente da história do clube", não sou melhor do que ninguém, mas assumo o que digo, mesmo no momento de desdizer, como agora.

O grande problema é que o poder envaidece e na ideia de se eternizar no poder, Sánchez tomou diversas atitudes que acabaram afundando o clube nesta crise financeira terrível. Se aliou a empresários, que apenas sugam o clube com sua participação em jogadores e altas comissões, fez contratos como se o dinheiro fosse infinito e nunca é e fez um estádio absolutamente acima do valor que deveria (pra não dizer outra coisa) o que fez com que a dívida se tornasse impagável, mesmo com a Arena cheia todo jogo. Isso para não falar da ânsia por descumprir contratos, que gerou inúmeros processos e agora a bola da vez, em relação a faculdade UniSantAnna, que para atingir o clube, solicitou a penhora da taça do mundial, claro, o valor físico dela é mínimo, a questão é atingir o clube. O clube não se administra sozinho, o Corinthians em si não dá calote em ninguém, não ganhou estádio nenhum, enfim, o Corinthians não é o monstro que os adversários pintam, não é caloteiro. O clube está no fundo do poço e quando se livrar destes que julgam ser maiores que o clube e não querem de maneira nenhuma largar o osso, a conta vai ficar pra quem assumir isso.

Quem tolamente achou que Gobbi e Andrade eram os grandes responsáveis pela crise no clube e que Andrés iria voltar pra resolver todos os problemas descobriu da pior forma o que há muito tempo colocávamos aqui, Andrés jamais deixou o comando do clube, quem estava lá apenas eram seus postes e Duílio pode ser mais um. Independente de quem seja, é preciso aparecer alguém que possa romper com esse nefasto modelo de gestão, que de Renovação e Transparência não tem nada. Essas pessoas vão passar e o Corinthians vai sobreviver, mas que passem logo, pois as feridas, as FACADAS que o clube está levando, quanto mais passar o tempo e as gestões, mais sequelas deixarão.



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Foto: GazetaPress (Djalma Vassão) 



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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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