São Paulo tem 20 candidatos à sucessão de
Marta e Aloysio
A cada dois anos o eleitor brasileiro é convocado a escolher
seus representantes políticos em pleitos fragmentados: vota-se em um ano
eleitoral para os cargos da esfera municipal, com prefeitos e vereadores, e, passado doze meses, para as funções das esferas estaduais e federais – governador, deputado estadual
e federal, senador e presidente da República, respectivamente. O pleito marcado
para o próximo dia 7/10 será o primeiro turno de votação para os candidatos que buscam governos estaduais e a Presidência da República, e o dia para definir a nova composição geral das assembleias e câmara – no caso do DF – legislativas, da Câmara dos
Deputados e de dois terços do Senado Federal – o mesmo que 54 senadores. Caso necessário, o segundo turno está marcado para acontecer em 28/10.
No estado de São Paulo a disputa por uma das duas cadeiras
no Senado rendeu 20 chapas registradas no Tribunal
Regional Eleitoral – TRE. Cada candidatura é composta por um postulante a
senador ou senadora da República e ao menos um suplente. Diferente de outros
anos, exceção feita ao candidato e vereador paulistano licenciado Eduardo
Suplicy (PT), conhecido pela maioria do eleitorado, são poucas as “estrelas”. A
desistência do apresentador José Luiz Datena, que cogitou ser candidato pelo DEM, e a saída de
Marta Suplicy (MDB) da política, ainda que temporária, contribuíram para o alto número de candidatos
à sucessão da ex-petista e do tucano Aloysio Nunes (PSDB), eleitos em 2010 para
o mandato de oito anos. O movimento ocorreu na medida em que o apresentador, que
dividia a liderança das pesquisas com Suplicy e que chegou a anunciar sua
candidatura, abriu mão de concorrer pela legenda que apoia João Dória (PSDB) e
deu esperança às outras candidaturas.
Se por um lado Datena não quis abrir mão do alto salário da Bandeirantes, como também optou por não
deixar à mostra seu telhado de vidro, de posições polêmicas, Marta recorreu a
um período sabático com dois prazos de validade: 2020 ou 2022. Eleito em 2010,
ao lado de Marta, Aloysio Nunes (PSDB) não concorre à reeleição. José Serra
(PSDB), eleito em 2014, representa o estado de São Paulo no Senado até 2022.
Na urna, o eleitor paulista terá de escolher duas das 20
postulações, ou seja, votará duas vezes para senador(a) da República. De ex-atleta olímpica a major da Polícia
Militar a disputa pelo Senado traz algumas figuras conhecidas do grande público
e outras nem tanto. De acordo com as pesquisas de intenção de voto, divulgadas em
19 e 20 de setembro, respectivamente, pelos institutos IBOPE e Datafolha, uma
das cadeiras tende a ficar com o candidato Eduardo Suplicy (PT), da coligação “São Paulo do Trabalho e de Oportunidades”,
que lidera ambos os levantamentos com folga e varia entre 28% - no IBOPE – e 31% - no Datafolha -, e a outra deve ser disputada pelos candidatos Mara Gabrilli (PSDB), com 15% no IBOPE e 10% no último Datafolha, Major Olímpio (PSL), representante da coligação “São Paulo acima de tudo, Deus acima de
todos”, que aparece na terceira posição da pesquisa IBOPE e na quarta colocação do Datafolha,
com índice em 15% e 12% das intenções de votos, respectivamente, e Mário Covas (PODEMOS), da aliança “SP confia e avança”, que apresenta números na casa de 13% e 14%. Na quinta
posição estão empatados os candidatos Tripoli (PSDB) – 10% no IBOPE e 8% no Datafolha – e Maurren Maggi (PSB) – 9% no IBOPE e 10% no Datafolha
–.
Antônio Neto – PDT
Sorocabano e analista de sistemas, o presidente licenciado
da Central dos Sindicatos Brasileiros –
CSB Antonio Fernandes dos Santos Neto – Antonio Neto na urna – tem 65 anos
e é candidato à senador pelo Partido
Democrático Brasileiro – PDT. Antonio, que declarou ser dono de bens
avaliados em aproximadamente 2,4 milhões de reais, também preside o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento
de Dados de São Paulo – Sindpd e participa pela primeira vez de uma
eleição.
Foto: TRE-SP |
A advogada Augusta Raeffray Barbosa Gherardi é a única suplente
da chapa de Antonio Neto.
Cidinha – MDB
Com bens declarados na ordem de 1,8 milhão de reais, a
paulistana Maria Aparecida Pinto – Cidinha na urna -, é presidente licenciada
do MDB Afro de São Paulo e candidata ao Senado pelo partido Movimento Democrático Brasileiro – MDB.
Ela foi candidata à deputada estadual em 2014 pelo Partido Pátria Livre – PPL, oportunidade em que obteve apenas 352
votos, e é formada em Psicologia. Com pós-graduação em História da África e do
negro no Brasil, Cidinha tem 61 anos e guarda passagens pelas Comissões de
Igualdade Racial e Coordenadoria de Ação Social da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-SP.
O empresário Rodrigo Tadeu Rondina Mandalitti, natural de
Bauru, e a paulistana aposentada Maria Rita são os dois suplentes na chapa de
Cidinha.
Diogo da Luz – NOVO
Piloto de aviação comercial, navegador e mecânico de voo, e
paulistano, Diogo da Luz está na corrida por uma das duas cadeiras no Senado
Federal defendendo a cor laranja do Partido
Novo. Do alto de seus 61 anos, Diogo também fez carreira como empresário do
ramo do café e passou pelo extinto Partido
Liberal – PL entre os anos 1988 e 1992. Em 2016 ele participou do pleito
municipal como candidato a vereador, quando recebeu 6.062 votos.
O candidato declarou à justiça eleitoral ter 15,6 milhões de
reais em bens e definiu como seus dois suplentes o engenheiro paulistano
Rodrigo de Freitas Borges Fonseca e o advogado e Daniel Naum Sobral Kotez,
também nascido em São Paulo.
Dra. Eliana Ferreira
– PSTU
Nascida em São Bernardo do Campo, a advogada Eliana Lúcia
Ferreira – Dra. Eliana Ferreira na urna – representa o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU na corrida ao
Senado.
Com 50 anos de idade, a candidata declarou ao TSE ter aproximadamente 845 mil reais em
bens. Na condição de candidata a vice-governadora na chapa do PSTU no pleito de 2010, Eliana está na
briga por uma vaga no Senado ao lado da professora santista Veruska Oliveira
Tenório e do bancário e economiário Sérgio Koei Ikehara, como suplentes.
Eduardo Suplicy - PT
Vereador paulistano com vasta carreira política, Eduardo
Matarazzo Suplicy – Eduardo Suplicy na urna – tenta voltar ao Senado Federal,
onde esteve por 24 anos – de 1990 a 2014 –, pela coligação “São Paulo do Trabalho e de Oportunidades”, encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores – PT.
Com 77 anos de idade e aproximadamente 3,9 milhões de reais
em bens declarados, Suplicy é formado em Administração e mestre em Economia, e
foi deputado estadual representando o MDB,
entre 1979 e 1983, ano em que foi eleito deputado federal. Um dos fundadores do
PT, ele também foi eleito vereador da
capital em 1988.
Eleito em 2016, Suplicy abriu mão do mandato de vereador
para disputar mais uma eleição ao Senado Federal. Ao seu lado como suplentes:
Silvana Donati e Eduardo de Vasconcellos Correia, conhecido como “Chicão”,
ambos paulistanos.
Educador Daniel Cara
– PSOL
Candidato pela coligação “Sem
medo de mudar São Paulo”, liderada pelo Partido
Socialismo e Liberdade – PSOL, o paulistano Daniel Tojeira Cara – Educador
Daniel Cara na urna – tem 40 anos de idade, é formado em Ciências Sociais e
mestre em Ciência Política pela Universidade
de São Paulo – USP, e está concluindo doutorado em Educação.
Daniel é membro titular do Fórum Nacional de Educação (FNE)
desde 2010 e, para esta eleição, declarou ter pouco mais de 272 mil reais em
bens patrimoniais.
Para a suplência, Daniel tem ao seu lado o servidor público
Paulo Roberto Spina e a professora Luciene Cavalcante da Silva, ambos nascidos na
capital paulista.
Jair Andreoni – PRTB
Advogado nascido em São Paulo, Jair Andreoni – mesmo nome na
urna - tenta chegar ao Senado “contra tudo e contra todos”. Apesar de o TSE apresentá-lo como candidato da
coligação “São Paulo acima de tudo, Deus
acima de todos”, de PRTB e PSL, Andreoni sentiu-se “rifado” no
acordo fechado entre as legendas em âmbito nacional. O movimento que levou o general Hamilton Mourão, filiado ao PRTB, a ser vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) (clique!) condicionou, em um
primeiro momento, o apoio da sigla de Levy Fidelix ao candidato Major Olímpio (PSL) na corrida ao Senado a despeito da
postulação de Andreoni, que chegou a entrar com pedido de impugnação da aliança
e deu declarações de que estaria sendo “traído”.
Com a solicitação de registro junto ao TSE, Andreoni envia a mensagem de que o imbróglio fora resolvido e
que será candidato ao lado do vendedor paulistano Alfredo Farina Junior, seu
único suplente. A lista de bens de Jair não foi divulgada. Sua candidatura foi
indeferida pelo TRE-SP, com direito a
recurso.
Jilmar Tatto – PT
Professor de ensino médio e natural de Corbélia, na Paraná –
portanto corbeliano –, Jilmar Augustinho Tatto – Jilmar Tatto na urna – foi
eleito deputado estadual em 1998 e esteve na Câmara dos Deputados representando
o estado de São Paulo entre 2007 e 2015. Formado em História pela Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Moema, na capital, ele tem 53 anos e iniciou a
graduação em direito na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo – PUC-SP, mas não concluiu.
Jilmar, que declarou ter um patrimônio na ordem de pouco
mais de 1,37 milhão reais, esteve à frente das secretarias do Abastecimento, de
Implantação das Subprefeituras, de Governo e de Transportes durante as
administrações petistas de Marta Suplicy, 2000 a 2004, e Fernando Haddad, 2012
a 2016.
Postulante pela coligação “São Paulo do Trabalho e de Oportunidades”, Tatto encabeça uma
chapa com dois suplentes: o advogado Benedito Roberto Barbosa, natural de Sales
de Oliveira, município do interior, e a professora Marilandia Frazão de
Espinosa, nascida em Lavras do Sul, também no interior do estado.
Kaled – DC
Bacharel em Direito, pós-graduado em Gestão Pública e mestre
em Direito do Estado, Kaled Ali El Malat – Kaled na urna – é candidato a uma
das vagas no Senado Federal pelo partido Democracia
Cristã – DC. Kaled é natural do Guarujá, na baixada santista, tem 42 anos
de idade e te vida política marcada por três eleições: em 2008, como candidato
a vereador de Bertioga pelo Partido da
Mobilização Nacional – PMN, e postulante a prefeito do mesmo município em
2012 e 2016, pelo então Partido da Social
Democracia Cristã – PSDC (hoje apenas DC).
Kaled é diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos do
Município de Bertioga e não declarou bens à justiça eleitoral. Para esta
campanha, o candidato está acompanhado do advogado Antônio Alexandre Galdi
Delgado, nascido na capital, e do jornalista Armando Sergio Rosa Barreto,
natural de Lorena, como suplentes na chapa que teve o pedido de protocolamento
indeferido pelo TRE-SP, com recursos
a serem analisados.
Major Olímpio – PSL
Ingressante da Polícia Militar em 1978, Sérgio Olímpio Gomes
– Major Olímpio na urna – pleiteia saltar da Câmara dos Deputados, onde está
desde 2014, para o Senado Federal defendendo as cores e ideais do Partido Social Liberal – PSL. Do alto de
seus 56 anos, o candidato reuniu aproximadamente 595 mil reais em bens
declaráveis.
Nascido em Presidente Venceslau, no interior, Olímpio tem
bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, Jornalismo e Educação Física. O hoje
candidato ao Senado pela coligação “São
Paulo acima de tudo, Deus acima de todos” iniciou a trajetória política no PDT, como deputado estadual em São Paulo
por dois mandatos – de 2006 a 2014 –, legenda pela qual também se elegeu
deputado federal em 2014. Além de PDT, Olímpio tem passagem pelo Partido da Mulher Brasileira – PMB e Solidariedade, sigla na qual participou
das eleições municipais como candidato a prefeito de São Paulo (clique!). Em março deste
ano, filiou-se ao PSL.
Major Olímpio é autor do livro “Insegurança Pública e
Privada”, lançado em 2002, e leva como suplentes em sua chapa o empresário
paulistano Alexandre Luiz Giordano e o astronauta natural Marcos Pontes,
natural de Bauru, cidade do interior.
Mancha – PSTU
Luiz Carlos Prates, eleitoralmente conhecido por Mancha,
tenta chegar ao Senado Federal pelo Partido
Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, apesar das sucessivas
derrotas em pleitos. Metalúrgico e eletricista, Mancha está prestes a completar
63 anos – em 25/10 – e já figurou na urna eletrônica como candidato a prefeito
de São José dos Campos, em 2004; a senador, em 2006; a governador, em 2010; a
deputado estadual, em 2014; e vereador de São Paulo, em 2016. O candidato,
nascido em Pitangueiras – no interior –, sempre disputou como filiado do PSTU e tem no currículo passagem pela
presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Ao lado do professor Cesar Álvares Raya, de São Caetano do
Sul, e da bancária Raquel Eliana Polla, natural de São Francisco do Sul, em
Santa Catarina, como suplentes de sua chapa, Mancha declarou ter bens avaliados
em 213 mil reais.
Mara Gabrilli – PSDB
Primeira e única deputada federal tetraplégica, Mara
Cristina Gabrilli – Mara Gabrilli na urna – tem 50 anos de idade e disputa uma
vaga ao Senado pela coligação “AceleraSP”,
de PSDB, DEM, PSD, PRB, PP
e PTC. Consta de seu currículo: dois mandatos na
Câmara Municipal paulistana, entre 2004 e 2011, ano em que assumiu uma cadeira
na Câmara dos Deputados, onde ficou também por dois mandatos – 2010-2014 e
2014-2018. Mara, que sempre foi filiada do PSDB,
declarou ter pouco mais de 4,32 milhões de reais em patrimônio.
Formada em Publicidade e Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing –
ESPM e Psicologia pela Universidade
Paulista – UNIP, a candidata é paulistana, tem 11 títulos publicados e, no
início deste ano, foi a primeira brasileira eleita para um mandato no Comitê
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU.
Em sua chapa, Mara está acompanhada do engenheiro Alfredo
Cotait Neto e da empresária Ivani Perrone Boscolo, ambos paulistanos.
Marcelo Barbieri –
MDB
Nascido no município de Araraquara, Marcelo Fortes Barbieri
– Marcelo Barbieri na urna – tem 62 anos e, ao lado de Cidinha, integra a chapa
de candidatos do MDB na disputa pelas duas vagas no Senado. Ex-deputado federal, o
hoje candidato a senador é formado em Administração de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, com
pós-graduação em Administração de Empresas, Estratégia Global de Negócios, pela
Universidade de Araraquara – UNIARA,
e declarou ser dono de patrimônio avaliado em aproximadamente 1,38 milhões de
reais.
Além de deputado, o hoje candidato ao Senado Marcelo
Barbieri foi prefeito de sua cidade natal por dois mandatos, de 2008 a 2016, e
compôs o (des)governo Temer na função de secretário de Relações Institucionais
e subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo.
A candidatura de Barbieri tem como suplentes o advogado
Rodrigo Iglesias Arenas e o vereador paulistano George Vatutin Hato, naturais
da cidade de São Paulo.
Mario Covas Neto –
PODEMOS
Filho do ex-governador Mário Covas, Mário Covas Neto tem
vida marcada pela política, quase como se esta fosse condição inerente ao
sobrenome, e pleiteia, agora, uma das duas vagas no Senado pela coligação “São Paulo confia e avança”, de PSB, PSC,
PPS, PTB, PV, PR, PODE,
PMB , PHS, PPL, PRP, PATRI,
PROS, SOLIDARIEDADE e AVANTE.
Apesar do começo como membro das equipes de campanhas
políticas do pai, nas décadas de 1980 e 1990, Covas fez certa carreira como
piloto automotivo antes de enveredar pelo caminho político. O hoje candidato ao
Senado foi campeão de Kart, em 1975, e da Stock Car, em 1999, além de ter
presidido a Associação das Equipes e Pilotos da Stock Car.
Sempre na articulação de campanhas políticas, o candidato
esteve à frente das candidaturas de Tião Farias, a vereador em 2004, e de Bruno
Covas a deputado estadual, seu sobrinho, em 2006. Mesmo pertencendo a um clã
político, Mário Covas Neto só veio a ocupar um cargo público em 2010 quando
assumiu a Secretaria de Governo da Prefeitura de Caraguatatuba, onde ficou até
2011. Sempre filiado ao PSDB, em 2016
Covas tornou-se presidente da legenda na cidade de São Paulo. No mesmo ano, ele
ganhou a primeira eleição e assumiu uma cadeira na Câmara Municipal. Em março
deste ano, Covas deixou o PSDB – há
quem diga que por conta da presença de João Dória – para integrar o quadro
político do recém-fundado PODEMOS.
Santista e com 59 anos de idade, Mário Covas Neto declarou
ter pouco mais de 270 mil reais de patrimônio e tem ao seu lado, na chapa, o
administrador paulistano Raul Rothschild de Abreu e Ricardo Barbosa Calvat,
também natural de São Paulo capital.
Maurren Maggi – PSB
“Atleta profissional e técnica em desportos”. Essa é a
ocupação da saltadora, velocista e medalha de ouro no salto em distância dos
Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Maurren Higa Maggi – Maurren Maggi na urna
–, que, nesta eleição, disputa uma das vagas a que tem direito São Paulo no
Senado Federal. Acusada de doping, a atleta aposentada carrega em sua história
uma suspensão da Federação Internacional de Atletismo por dois anos, de 2003 a
2005, e, agora, concorre como candidata pelo Partido Socialista Brasileiro – PSB, na coligação “São Paulo confia e avança”.
Natural de São Carlos e com 42 anos de idade, a candidata
declarou ter aproximadamente 4,78 milhões de reais em bens patrimoniais e tem
encontrado dificuldade em protocolar sua chapa junto ao TRE-SP. A candidatura de Maurren teve dois suplentes, o auxiliar de
escritório Marco Aurélio de Souza e o advogado Paulo Alves Correa, impedidos
pela justiça eleitoral de concorrer, assim como sofreu revés no indeferimento
da terceira tentativa para a suplência, do paulistano José Brito de França, e
da própria chapa – cabe recurso quanto à decisão.
Moira Lázaro Mandato
Coletivo – REDE
Nascida em Catanduva, no interior do estado, e professora de
ensino fundamental, Moira Lázaro da Silva – Moira Mandato Coletivo na urna – é
candidata a senadora pela coligação “Mobilização
Sustentável por São Paulo”, REDE
SUSTENTABILIDADE e PMN. A candidata tem graduação em História,
pós-graduação em Sociologia Política e não declarou bens à justiça eleitoral.
Moira, de 38 anos, tem passagem pelo movimento estudantil e defende
a prática do mandato coletivo – quando o agente público, caso eleito, divide
sua candidatura com um grupo preestabelecido. Para tanto escolheu a ativista
social paulistana Nilza de Souza Camillo, da Frente Favela Brasil, e a
administradora santista Bruna Maria Lopes Araújo de Souza para compor sua
chapa.
Nivaldo Orlandi – PCO
Com patrimônio avaliado em 727 mil reais, o contador Nivaldo
Orlandi, de 63 anos de idade, é o único candidato ao Senado Federal do Partido da Causa Operária – PCO e
integra chapa ao lado dos professores de ensino médio Ulisses Mendes Coelho e
Angelina Dias, nascidos, respectivamente, em Assis – interior de São Paulo – e
Ladainhas, em Minas Gerais.
Paranaense, Nivaldo nasceu em Francisco Beltrão, mas fez
carreira política bem longe de sua cidade natal. O hoje candidato ao Senado foi
vereador de Embu das Artes, de 1977 a 1982, sendo eleito prefeito para o
mandato 1983-1988. Filiado ao MDB,
Orlandi protagonizou em 1984 aquilo que ficou conhecido como “passarinhada”,
quando a polícia civil o flagrou com amigos em um churrasco
com tico-ticos, rolinhas e outros pássaros no espeto.
Filiado ao PDT,
Nivaldo disputou uma das vagas na Câmara Municipal da cidade paulista nas eleições
municipais de 2004, e esteve na corrida pela prefeitura em 2016. Auto-intitulado
“brizolista”, Orlandi, assim como toda a candidatura do PCO, também teve o pedido de protocolamento junto à justiça
eleitoral indeferido e concorre sob o risco de ter os votos impugnados.
Pedro Henrique de
Cristo – REDE
Formado em Administração de Empresas, com mestrado em Havard,
o campinense Pedro Henrique Henriques Fernandes – Pedro Henrique de Cristo na
urna –, de 35 anos, é candidato ao Senado pela REDE SUSTENTABILIDADE, na coligação “Mobilização Sustentável por São Paulo”.
Fundador do “Cidade
Unida”, projeto com ações nas áreas de saúde, impacto social e saneamento
básico em comunidades do Rio de Janeiro, e presidente do “Instituto Brasil 21”, movimento de renovação política, Pedro
Henrique não declarou bens patrimoniais à justiça eleitoral e está na disputa
ao lado do empresário Marcus André da Cunha, natural de Rancharia – interior do
estado, e do comerciante paulistano Allen Ferraudo.
Professora Silvia
Ferraro – PSOL
Sem declaração de patrimônio no TRE-SP, a campineira Silvia
Andrea Ferraro – Professora Silvia Ferraro na urna –, de 49 anos de idade, é professora
na rede municipal da capital e candidata ao Senado pelo PSOL, na coligação “Sem Medo
de Mudar São Paulo”.
Formada em História pela Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP, Silvia esteve no PSTU, partido
pelo qual disputou – e perdeu – a Prefeitura de sua terra natal em 2012, e
encabeça a chapa ao lado dos também professores Jorge Leonardo Paz, nascido em
Biritiba Mirim, e Jucinaldo Souza Azevedo, de Riachão de Jaquipe, na Bahia.
Tripoli – PSDB
Do alto de seus 66 anos, o advogado e ambientalista José
Ricardo Alvarenga Tripoli – Tripoli na urna – está na corrida por uma das duas
vagas no Senado pela coligação “AceleraSP”,
de PSDB, DEM, PSD, PRB, PP
e PTC. O candidato é deputado federal
por São Paulo desde 2006 e foi deputado estadual em cinco oportunidades, de
1987 a 2007. Antes, ainda no início da década de 1980, Tripoli foi eleito
vereador na capital.
Ex-secretário estadual de Meio Ambiente no governo de Mário
Covas, Ricardo Tripoli declarou à justiça eleitoral ter 4,7 milhões de reais em
bens patrimoniais e compõe chapa com a baiana de Ibirataia Carlinda Maria
Araújo Tinoco e com o vereador tucano João Jorge de Souza, nascido em Jaborandi,
no interior do estado.
Por: Claudio Porto.
Para críticas, sugestões ou dúvidas, deixe sua opinião na seção "comentários" logo abaixo ou escreva para: cons.editorialjc@gmail.com
Por: Claudio Porto.
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