Atualização em 14/09, às 12:03.
O candidato ao governo de São Paulo Edson Dorta, do Partido da Causa Operária – PCO, teve o pedido de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral – TRE-SP e deixou a disputa. O JC! questionou os apresentadores do webprograma “Resumo do Dia”, transmitido ao vivo pelo canal do PCO no Youtube, sobre as medidas que serão tomadas pela sigla dada a decisão da corte eleitoral. Aos 26:55min do vídeo abaixo, os porta-vozes do PCO afirmam que a candidatura será substituída sem prejuízo ao programa de governo, que será defendido pelo(a) eventual candidato(a).
Vídeo: Reprodução / Canal “CausaOperáriaTV” no Youtube
Atualização em 26/09, às 21:58.
O Partido da Causa Operária - PCO registrou a professora paulistana Lilian Miranda, de 40 anos de idade, como candidata da legenda na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. A agora candidata havia sido anunciada como vice na chapa de Dorta.
Lilian defende o mesmo programa apresentado por Edson Dorta e tem ao seu lado, na chapa, o baiano de Santa Maria da Vitória Márcio Roberto Oliveira.
O Partido da Causa Operária - PCO registrou a professora paulistana Lilian Miranda, de 40 anos de idade, como candidata da legenda na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. A agora candidata havia sido anunciada como vice na chapa de Dorta.
Lilian defende o mesmo programa apresentado por Edson Dorta e tem ao seu lado, na chapa, o baiano de Santa Maria da Vitória Márcio Roberto Oliveira.
Abaixo, o perfil de Edson Dorta publicado pelo JC! em 01/09.
Candidato tem história no movimento sindical e defende a liberdade para o comércio ambulante
Do alto de seus 47 anos, o campineiro Edson Dorta Silva é candidato ao governo do estado de São Paulo
pelo Partido da Causa Operária – PCO,
sigla à esquerda do espectro político. Sem coligação, Dorta representa a
ideologia marxista/leninista/trotskista/operária do partido de Rui Costa
Pimenta, candidato à Presidência da República em 2002, 2010 e 2014. A
paulistana e professora de ensino médio Lilian Cristina Miranda (PCO) é vice na
chapa.
Foto: Divulgação / Equipe de Edson Dorta |
Servidor público federal dos Correios desde 1994, Edson cursou, sem concluir, direito na Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCC e iniciou sua atuação política no grêmio estudantil do colégio Culto
a Ciência, de Campinas, e ao ser diretor do Diretório
Central dos Estudantes – DCE, em 1997. Como manda a cartilha de um bom
esquerdista ligado a partidos como PCO,
Dorta participou de movimentos contra o aumento de mensalidades, que chegaram a
ocupar a reitoria da PUCC, e marcou presença na luta sindical – no caso, como
diretor do sindicato que representa funcionários da empresa estatal, entre 1996
e 1999, e na Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares – Fentect,
onde exerceu a função de secretário-geral por duas oportunidades, em 2001 e
2012.
Filiado ao PCO
desde 2001, Edson Dorta tentou uma vaga na Câmara Federal em 2002 e, em 2010, foi
candidato à vice-presidente na chapa da sigla, encabeçada por Rui Costa Pimenta.
Mais recentemente, em 2016, ele perdeu a corrida pela Prefeitura de
Campinas.
Sem declarar bens, Edson Dorta defende o programa de governo
“Contra o golpe, em defesa da liberdade
de Lula e de sua candidatura à presidência”, com as diretrizes do partido em
âmbito nacional que, “diferentemente do
que ocorreu nas quatro últimas eleições presidenciais, nas quais lançamos
[PCO] nosso próprio candidato ao cargo,
entendemos [PCO] que a candidatura de
Lula no atual pleito expressa o enfrentamento das massas com os golpistas”.
Em linhas gerais, o PCO usa da
postulação de Dorta para expor o posicionamento da legenda sobre os recentes
acontecimentos políticos e participar das eleições “como representante da luta e das reivindicações da classe operária,
dos setores oprimidos da sociedade”.
Foto: Divulgação / Equipe de Edson Dorta |
No documento protocolado junto à sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral – TRE-SP,
Dorta, em nome do PCO, diz que os
candidatos que apresentam programas de governo “estão apenas saindo em defesa das reivindicações da classe
capitalista, que domina o Estado”. Como justificativa para a falta de
propostas estritamente administrativas de sua plataforma destaca que “não alimenta ilusões no regime atual, mas
apresenta um programa de luta com as reivindicações fundamentais da classe
trabalhadora e demais setores explorados”.
À base da luta de classes, que não é mera retórica, o
candidato Edson Dorta fala em um “salário mínimo vital”, que hoje não poderia
ser inferior a 4 mil reais; sob o lema “trabalhar
menos, trabalharmos todos”, invoca a redução da jornada de trabalho para 35
horas semanais como um dos mecanismos para a redução do desemprego; garante a “liberdade para o pequeno comércio ambulante”
e o “fim das restrições ao trabalho dos
perueiros”; e promete subsídios para “estudantes
poderem estudar sem terem que trabalhar”. Os pilares do documento se
estendem ainda a “Abaixo todas as ‘reformas
da Previdência’”, “Que os patrões
arquem com os custos da crise”, “Mulheres,
negros”, “Trabalho e Terra”, “Contra o imperialismo”, “Contra a política de seguidismo à burguesia
e ao seu governo: pela organização independente da classe operária e das massas
exploradas”, “Abaixo a ditadura
civil, pelos direitos democráticos dos trabalhadores e da população oprimida”
e “Contra os governos patronais e sua
política antioperária: lutar por um governo dos trabalhadores da cidade e do
campo”.
Para o eleitor que não é preconceituoso e que norteia seu
voto pela mudança do status quo, a candidatura de Edson Dorta está posta.
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É Claudio, espetacular a coragem dele e do PCO de apresentar tais propostas, claro que algumas ficam no âmbito nacional, mas só de defender os comerciantes ambulantes que sofrem com a repressão das guardas e da polícia, já é uma grande proposta.
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