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Salve, palestrinos, torcedores do maior campeão nacional, vamos repercutir a vitória do Palmeiras ante o Paraná neste domingo (29) por 3x0 em jogo realizado no Allianz Parque às 11 horas da manhã. Jogo que foi marcado por ser o primeiro sem o comando de Roger Machado - apesar de que a palavra comando ultimamente não é vista no Palmeiras - e tivemos a direção técnica do interino Wesley Carvalho. Paraná é um time fraco tecnicamente, mas o Palmeiras não tem nada a ver com isso e fez a sua parte. Vamos ao jogo. Depois, confiram uma palavrinha sobre o novo velho comandante alviverde, Luiz Felipe Scolari.

Palmeiras foi a campo com Weverton, Mayke, Thiago Martins, Antônio Carlos, Diogo Barbosa, Moisés, Bruno Henrique, Gustavo Scarpa, Artur, Dudu e Willian. A proposta das duas equipes era clara e escancarada: Palmeiras saindo para o campo de ataque e o Paraná tentando segurar o jogo para pressionar o verdão. Sem um volante fixo de marcação, o Palmeiras era um time mais leve e conseguiu sofrer pouco com a marcação do tricolor paranaense. Agradável surpresa na equipe titular, Artur fazia a famosa "rabiscada" pelos cantos e exigia boas intervenções do goleiro Thiago. Mas o iluminado do Palmeiras pós-copa atende por Bruno Henrique (ou "De Bruyne" Henrique como dizem alguns palestrinos). Após jogada com Dudu na esquerda, Willian ajeitou para Bruno que fuzilou no canto do goleiro. Fazendo um gol estava bom? Claro! Mas os dois melhores nomes do verdão na primeira etapa precisavam aparecer de novo: Artur fez boa jogada na ponta direita, bateu, Thiago deu rebote e quem estava lá para empurrar para as redes? Ele de novo! Bruno Henrique: 2x0.

Segunda etapa com muita tranquilidade. O Paraná tentou se soltar na partida para buscar e até os 15 minutos da segunda etapa apresentou um certo volume de jogo. Porém, nada que assustasse o goleiro Weverton, salvo uma bola na trave em cobrança de falta de Silvinho. Wesley mexeu no time sacando Scarpa para a entrada de Hyoran que, minutos mais tarde, por pouco não anotou o terceiro gol do Palmeiras. Artur então saiu para a entrada de Lucas Lima. E o camisa 20 fez mais um belo gol: cobrança de escanteio com Dudu, Thiago sai, mas Lucas Lima acerta um lindo chute no rebote para fazer o 3x0. Golaço. Mas depois desse gol, nada mais de importante aconteceu na partida, portanto fica aqui o fim de papo.

Lucas Lima comemora seu belo gol (FolhaPress)
Boa atuação mas a pergunta que fica é: confiável? Quantas vezes no ano o Palmeiras teve boas atuações e simplesmente apagou nos jogos seguintes? Caso mantenham uma regularidade, fica um pouco claro que estavam fazendo pouco caso com o que Roger Machado pedia. Um exemplo disso foi um Dudu bem mais participativo do que nos últimos 3 jogos. Sinceramente? Parece e muito que "esqueceu" a não ida para a China! O único que talvez tenha mantido uma certa regularidade comparando com a "Era Roger" foi Bruno Henrique que, mais uma vez, foi letal no ataque e bem na marcação. Falando do interino Wesley, armou bem a equipe para fazer pressão. Bacana ver o Artur entrando bem de titular, deve pegar confiança com esse jogo e, quem sabe, receber mais oportunidades. Hyoran veio do banco entrando bem também e Lucas Lima pareceu outro. Cuidado com as "picuinhas" hein! O próximo treinador é maior que todos vocês do elenco juntos! Engraçado que depois de fazer o 1x0, o Palmeiras continuou em cima sem o treinador pedir! Na "Era Roger", mesmo ele pedindo o time todo recuava e tocava a bola de lado. Estranho! Muito estranho! Cuidado para não enganarem nenhum torcedor.

Próximo compromisso do Palmeiras será contra o Bahia no meio de semana pela Copa do Brasil. Wesley Carvalho deve ser o comandante do time ainda, visto que Luiz Felipe Scolari deve chegar apenas na sexta feira para apresentação e assinatura de contrato.

Felipão está de volta! De 1999 ou de 2012?

Palmeirasonline
É, palestrinos. Se o cronista é palmeirense se deve a dois técnicos: Luxemburgo por futebol "bonito" e Felipão pelo futebol vencedor. Felipão ficou muito marcado no fim da década de 90, metade dos anos 2000 por ser um técnico "paizão" e copeiro. Unia elencos, a famosa "Família Scolari" e ganhava torneios importantes como Copa do Brasil, Libertadores e Copa do Mundo (além de um quarto lugar com a seleção de Portugal). 

Mas pegando o que ele fez no Brasil nos últimos anos, não é nada animador. Conhecido e criticado por "estar ultrapassado", para alguns palmeirenses "abandonou o barco" na queda em 2012, mesmo com a taça da Copa do Brasil com time limitadíssimo, além de ter sido o comandante do 7x1 na Copa do Mundo de 2014. Depois que o Brasil sofreu esse vexame, teve uma passagem relâmpago pelo Grêmio-RS onde saiu sem deixar saudades. Foi para a China em que conseguiu recuperar seu status de vencedor, mas convenhamos, China não é parâmetro para muita coisa, a não ser fazer uma boa poupança.

A intenção da vinda do Felipão é clara: unir um elenco "estrelado". Estrelas que ganharam pouquíssimas coisas com o Palmeiras, mas parece que se colocam em um patamar acima do clube. Muitos dizem "se em 2012, com time limitado foi campeão, em 2018, com "camarão" no time, vai dar certo." Felipão não gosta de conversa mole e pouco caso de jogador. Se realmente deixarem ele trabalhar, neste ponto, tem jogador que pode acabar perdendo vaga para menino da base (olha o Artur aí, por exemplo).

A grande dúvida é na questão tática. Será que Felipão está enquadrado nos padrões táticos hoje, digo... atuais? Ninguém questiona o histórico vencedor, mas sim a atualidade. Será que vai conseguir escalar jogadores à sua vontade? Será que vai ter paciência para aguentar as "cúpulas" verdes dando palpites nas escalações e fazer o que lhe é correto? Se a resposta for SIM a essas perguntas, teremos o Felipão de 1999. Se a resposta for NÃO, teremos o de 2012. Mas isso só o tempo dirá. Boa sorte, Felipão. E os jogadores que abram o olho!

Foto de Cesar Greco Ag. Palmeiras



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Leonardo Paioli Carrazza

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