Bem amigos, a Alemanha parecia fadada a não ter o próprio destino nas suas mãos. Empatava por 1 a 1 com a Suécia, que segurava um empate dramático com os campeões do mundo até os 49 minutos do segundo tempo. Só que os alemães arrancaram a vitória no último lance do jogo, em um gol de falta de Kroos. A comemoração alemã foi explosiva, com o estádio em Sochi vibrando muito. Uma vitória que faz a Alemanha estar mais viva que nunca, podendo até mesmo brigar pelo primeiro lugar do grupo. Decidirá tudo contra a Coreia do Sul, já eliminada.
Alemanha com quatro mudanças
Depois da péssima estreia, ao técnico Joachim Löw decidiu fazer muitas mudanças. Mats Hummels, que não estava fisicamente bem, foi sacado para a entrada de Antonio Rüdiger, já que força física seria um componente importante do jogo, segundo Löw. Recuperado de lesão, o lateral Jonas Hector, habitual titular, voltou no lugar de Marvin Plattenhardt. No meio-campo, saiu Sami Khedira e entrou Sebastian Rudy. Por fim, saiu Mesut Özil, apagado como tem sido constante, e entrou Marco Reus. Tudo para tornar a Alemanha melhor.
Suécia perigosa nos contra-ataques
Aos 12 minutos, um contra-ataque que quase foi mortal para a Suécia. Berg foi lançado com muito campo para correr nas costas da defesa alemã, avançou com a bola e acabou chutando em cima de Neuer. O atacante sueco reclamou de pênalti de Boateng, que o empurrou no lance. Nada foi marcado. E não houve revisar do lance com o árbitro assistente de vídeo.
Aos 32 minutos, porém, um contra-ataque nascido de um erro de passe de Toni Kroos acabou sendo mortal. Marcus Berg interceptou o passe de Kroos, tocou para Claesson, que lançou pelo alto para Toivonen. O atacante recebeu dentro da área, chutou e a bola desviou em Boateng, encobrindo Neuer: 1 a 0.
Blitzkrieg
Na volta do intervalo, Löw colocou em campo Mario Gomez e tirou Julian Draxler. Deslocou o atacante Timo Werner mais para o lado esquerdo e deu liberdade a Reus pelo meio. E voltou determinada a empatar rapidamente o jogo. Conseguiu.
Logo a três minutos, Werner, pela ponta esquerda, fez a jogada de linha de fundo, cruzou rasteiro, Gomez tentou alcançar a bola, não conseguiu, e Reus chegou para completar, de joelho, e empatar o jogo. E não foi o único lance. A Alemanha seguiu pressionando, criando chances com Kroos, em chute de fora da área, Reus, em finalização que furou de dentro da área, e mais bolas rondando a área sueca com cruzamentos e chutes. Em cinco minutos, a Alemanha já tinha criado o suficiente para virar o jogo.
O gol e a pressão alemã assustaram a Suécia, que errou mais vezes na saída de bola e viu a Alemanha perder gols feitos, como um com Mario Gomez, que recebeu um ótimo lançamento dentro da área, mas pareceu se assustar com a bola e tocou para fora. Foram 25 minutos de uma Alemanha muito melhor no jogo, empilhando chances para marcar gols.
Cansaço
Além da postura alemã ser diferente no segundo tempo, a Suécia pareceu sentir muito o cansaço. Um time muito físico, a Suécia teve que fazer alterações no segundo tempo para conseguir manter o ritmo de marcação e, especialmente, para buscar retomar os contra-ataques que assustaram a Alemanha no primeiro tempo. No segundo tempo, sem ter a mesma condição física, os suecos se fecharam na defesa, como se acostumaram a fazer, mas erraram mais.
Pressão total
O zagueiro Boateng acabou expulso aos 37 minutos, depois de receber o segundo cartão amarelo, mas a Alemanha não sentiu a sua falta. Com a Suécia toda no campo de defesa, a Alemanha partiu para cima com tudo que tinha.
Sabendo que a água estava no pescoço, Löw arriscou mais. Tirou o lateral esquerdo Hector e colocou em campo o meia Julian Brandt. Foi com tudo que tem para cima dos suecos. E a pressão nos minutos finais foi bastante intensa. Em um cruzamento da esquerda de Kroos, Mario Gomez cabeceou com muito, muito perigo. O goleiro Olson defendeu.
O time seguiu no campo de ataque, tocando a bola e buscando os espaços. Julian Brandt recebeu a bola, fora da área, e chutou de canhota. A bola explodiu na trave, bateu em Timo Werner e foi para fora. O atacante alemão estava impedido. A Alemanha cruzou muitas bolas na área e estava tentando já no modo abafa.
Tudo que a Alemanha precisava era uma falta perto da área. Foi justamente o que Durmaz fez, já nos acréscimos. Na cobrança, Toni Kroos, com uma categoria imensa, marcou um golaço e saiu comemorando. A torcida alemã em Sochi fez um imenso barulho e a vibração foi muito grande. A Alemanha venceu, de forma absolutamente cardíaca. Mantém-se viva na Copa e, claro, é sempre muito forte no seguir da competição.
Contra a Coreia do Sul, a Alemanha sabe que precisará vencer e, de preferência, com um bom saldo de gols para ficar em vantagem em relação a México ou Suécia, que se enfrentam. Se antes a Alemanha estava ameaçada de eliminação, agora isso só acontece se não vencer a Coreia do Sul.



Curta nossa página: Jovens Cronistas! (Clique)



Compartilhe:

Gustavo Araujo

Deixe seu comentário:

0 comments so far,add yours